#SomosMaisQueNúmeros
50 mil vidas: Em pouco mais de três meses, foi esse o total de pessoas levadas pela Covid-19 no Brasil.
Elas deixaram amigos e familiares que precisaram lidar com o luto e restrições a enterros. Muitos se foram sem poder receber as homenagens que mereciam.
Reunimos histórias de 50 pais, mães, filhos e amigos que foram embora sem dizer adeus. Acompanhe na thread, que será atualizada ao longo dos próximos dias
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O porteiro aposentado Manoel Messias Freitas Filho, 62, foi o primeiro brasileiro vítima da Covid-19. Com doenças respiratórias, os pais e três irmãos não puderam participar de seu enterro.
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Manoel de Jesus Miranda da Cruz, 53, começou a namorar Joana em 10 de setembro de 1983 - naquele dia, dançaram “Anjo”, do Roupa Nova, em um baile na paróquia que frequentavam.
"Agora, ele vive sem mim", diz Joana.
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Com lágrimas nos olhos, Wesla Santos conta que a irmã Williane Maily Lins dos Santos, 30, esperou 24 horas por uma vaga na UTI, mas faleceu sem consegui-la.
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O vídeo feito em 2009 mostra Fláverton Félix Queiroz, 35, dos Santos entoando músicas para animar o trabalho de distribuição de alimentos do Corpo de Bombeiros do Ceará.
“Sempre bem humorado e brincalhão”, lembra o companheiro de farda Paiva Júnior.
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Lauane Gentil, 40, e Ricardo Almeida, 39, morreram com três dias de diferença. Eles se conheceram depois de Lauane vencer um câncer de mama.
O casal foi enterrado pela irmã dela, Zamira. “Às 4h da manhã, não tinha ninguém no cemitério, só eu e o caixão.”
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As notícias da covid-19 pareciam distantes quando a doença pegou Geraldo Sávio, 49. O pescador esportivo pensou estar resfriado após um evento com amigos em Nhamundá, no Amazonas, diz o amigo amigo Aldson Leão. Depois de quatro dias na UTI, não resistiu.
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"Meu filho não teve o velório que merecia", desabafa Elione Aciole da Costa, que perdeu o gastrólogo Matheus Aciole, 23, em Natal (RN). "O sorriso era a marca registrada dele."
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A saúde estava em ordem até Antônia Rodrigues, 75 anos, viajar a Curitiba para uma festa de família. Enquanto pôde, atendia as ligações da filha Gilda Cristina Rodrigues, de 51, mas, em 14 de abril, sucumbiu. Não houve cerimônia. "Isso machucou ainda mais."
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Nas 30 horas passadas desde a morte de Maria Portelo de Lima, 61, o que a família fez foi chorar, rezar e esperar até cansar. Foi o tempo que demorou até Maria encontrar a última morada.
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A jovem Nicole Lorrana Sussuarana Silva, de 19 anos, era apaixonada por esportes. Fazia balé desde criança, era atleta de voleibol em Porto Velho (RO) por incentivo da mãe. A morte deixou todos estarrecidos.
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