Pobreza & Argentina:
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, o Indec, no segundo semestre de 2020 a pobreza subiu de 40,9% para 42%.
E desses 42%, 10,5% são considerados indigentes, isto é, pessoas que não conseguem se alimentar de forma regular diariamente.
O pano de fundo da crise é uma queda do PIB de 9,9% no ano passado, junto com uma inflação de 36,1% e um desemprego de 11%.
No distante 1974, a época na qual a Argentina era o “Paraíso da classe média na América do Sul”, a proporção de pobres era de 5%.
Mas as 8 graves crises que ocorreram nos 46 anos seguintes, tanto em governos militares e civis, peronistas como não-peronistas, elevaram a pobreza de forma persistente.
No governo do ex-presidente Carlos Menem a pobreza começou a ficar estrutural e com a crise de 2001-2002 ela chegou a 57% de pobres.
Engenheiros, professores, advogados, viraram favelados, catadores de papel, sem teto.
Em 2003 a pobreza começou a cair até 23,4% em 2006. Mas em 2007 voltou a crescer...e nunca mais parou.
Cristina Kirchner tentou camuflar a pobreza maquiando os índices, afirmando que o país tinha apenas 6% de pobres, “menos que a Alemanha”.
Depois, deixou de publicar os números. Seu então ministro da Economia, Axel Kicillof, afirmou que dar os dados seria “discrimar” os pobres.
Mas no mundo real finalizou seu mandato com 30,2% de pobres. Com Maurício Macri escalou para 36%. E agora, com esses tenebrosos 42%
Pobreza:
- 1974: 5%
- 1995: 25%
- 2001: 35%
- 2002: 57%
- 2003: 53%
- 2007: 23,4%
- 2011: 27%.
- 2015: 30,2%
- 2016: 30,3%
- 2017: 25,7%
- 2018: 32%
- 2019: 36%
- 2020: 42%
Gírias argentinas sobre as crises:
“Malaria”: Nada a ver com a doença tropical. Na Argentina é o período de vacas magras, tempos de pobreza.
O oposto seria “Tirar manteca al techo”,isto é, “Jogar manteiga no teto”. Expressão para indicar tal abundância que até se pode dar ao luxo excêntrico de arremessar manteiga no forro.
“Guita”: Dinheiro. Gaita.
“No tengo siquiera un peso partido al medio”: “Não tenho sequer um peso partido pela metade”. Expressão típica para indicar falta total de cash.
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