#SimplificaFarah Profile picture
Área financeira. Formação: PUC, Coppead e Dom Cabral. Ex-subsecretário do Tesouro do Município RJ. Sócio proprietário do Flamengo. Link do canal do YouTube 👇

Apr 8, 2021, 10 tweets

Iniciei uma série de threads sobre o balanço 2020 do Flamengo. No link abaixo, falei sobre o resultado. Os próximos serão sobre receita e despesa. Porém, resolvi fazer um 🧵 prévio conceitual para os seguidores com pouca familiaridade com contabilidade.

Para melhor compreensão de quem não é contabilista ou afim, vou fazer um 🧵 explicando lançamentos de receita e despesa no regime de competência.
Aos que são da área, trata-se de uma grande simplificação, não considero contas patrimoniais ou o sequer o método de partida dobrada.

O resultado apurado em um balanço nada mais é do q a diferença entre receitas e despesas + custos. Porém, a apropriação dessas não é feita no momento em q o dinheiro entra ou que é gasto. Mas, no momento em que se faz jus a receita ou que a despesa é certa

Então, até por obrigação legal, os registros contábeis são feitos na ocorrência do fato gerador, isso é, por competência. Assim, existindo a receita ou a despesa, há o lançamento contábil, mesmo q neste momento não tenha entrada ou saída de dinheiro.
Seguem exemplos....

Situação hipotética 1
Venda para uma emissora de TV dos direitos de imagem de 5 campeonatos anuais por $100 unidades monetárias (u.m.), com recebimento do valor total no 1° ano.
A receita será lançada pelo valor correspondente a cada edição do campeonato ($20), conforme planilha:

Situação hipotética 2
Venda para uma emissora de TV dos direitos de imagem de um campeonato que tem um turno em um ano e o returno no ano seguinte por $20 u.m.
A receita será lançada pelo valor corresponde ao pedaço do campeonato daquele ano (cada turno ou $10). Segue planilha:

A despesa obedece a mesma lógica. Então, se o clube faz um contrato de aluguel de um estádio por 10 anos, será apropriado no balanço 1/10 do valor a cada ano, independente do momento em que se faz o pagamento.
Como é um contrato por tempo, é a passagem deste que gera a despesa

O mesmo acontecerá no caso de pagamento de luvas por direito de imagem a um jogador no momento de sua contratação.
O lançamento no balanço não será no momento que o dinheiro foi gasto e sim com o decorrer do tempo, afinal o clube usará essa imagem por um período temporal.

Caso eu tenha sido bem sucedido nesta explicação, ficará mais compreensível os próximos 🧵. Aguardem!
Repito que fiz uma grande simplificação aqui não me prendendo às contrapartidas, probabilidades de recebimento/pgmto ou diferença entre custo e despesa.

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