Como um besouro contribuiu para a resolução de um caso de feminicídio em Brasília - DF
⚠️ possíveis gatilhos (imagens fortes)
No dia 31 de março de 2014, o corpo de Joana (nome fictício) de 57 anos de idade foi encontrado em uma rodovia próxima de uma área de cerrado no DF.
O corpo se encontrava em *avançado* nível de decomposição e com sinais de espancamentos e de carbonização após a morte.
Para reconstruir e entender em qual data o crime ocorreu um besouro foi utilizado.
A larva desse besouro foi encontrado no cadáver e foi levado para laboratório, para identificar sua espécie e entender em qual fase de vida estava.
O besouro pertence a espécie Oxelytrum discicolle, sendo uma espécie que chega logo após a morte para por seus ovos.
A larva encontrada correspondia ao 3 estágio larval, que possui 20 dias de vida no mínimo. Indicando que o corpo já estava morto desde o dia 12 de março.
Isso indicou aos investigadores que o crime ocorreu próximo do dia 12, indo de acordo com a última vez que ela foi vista no dia 09 de março com o namorado.
Luis Carlos Penna, o principal suspeito foi então preso e investigado para confirmar a autoria do crime.
A confirmação se veio após encontrar manchas de sangue da vítima no carro do criminoso. Luis Carlos já havia antecedentes de agressão a suas ex-mulheres
Contando este triste caso mas para mostrar como insetos podem contribuir para investigações criminais (Entomologia forense)
Esse foi o primeiro caso onde um >besouro< contribuiu com a investigação criminal no Brasil, moscas comumente são utilizadas.
O besouro não desvendou todo o mistério do caso, mas claro contribuiu para confirmar a data da provável morte (devido o estado avançado de decomposição do corpo).
Esse artigo tem autoria da minha orientadora e um colega de laboratório
scielo.br/scielo.php?pid…
@CrimesReais vem ver
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