Em 1980, a cidade de São Rafael foi inundada para comportar a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
Na cultura local, tornou-se conhecida como a "Atlântida do Sertão".
Naquela época, o município tinha em torno de 8 mil habitantes, mas apenas 3 mil viviam na cidade.
Boa parte da população morava nas regiões adjacentes, trabalhando na pesca e da agricultura.
A cidade não possuía água encanada, rede de esgoto ou hospitais.
Para providenciar abastecimento de água no sertão do RN, o governo propôs a construção da represa Baixo-Açu.
Porém, a cidade de São Rafael ficava no meio do reservatório projetado.
Foi proposto a construção de uma nova cidade idêntica à São Rafael, com as mesmas casas, igreja e planejamento urbano.
Muitos habitantes inclusive exigiram morar ao lado dos mesmos vizinhos.
Porém, o processo de realocação das 30 famílias foi improvisado.
Muitos moradores contam que no dia que deixaram suas casas com seus utensílios, a água já batia em seus pés.
Outros que exigiram a indenização - não realocação - receberam o valor anos após ocorrido.
Hoje, a antiga cidade de São Rafael possuí algumas ruínas de sua igreja e um cemitério.
A torre da igreja inundada na foto de 2010 não existe mais: a estrutura sucumbiu em torno de 2013.
Por causa da seca da região, o reservatório frequentemente esvazia e torna visível algumas ruínas de São Rafael.
Nessas épocas, torna-se uma atração turística.
Infelizmente, há suspeitas que a região esteja contaminada por influência de uma mina de ferro próxima, a mina Jucurutu.
A nova cidade de São Rafael foi construída seguindo o mesmo traçado antigo, com uma igreja idêntica.
Fontes: bit.ly/3tOTY81 e bit.ly/3aBHzwW
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