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Oct 25, 2021, 22 tweets

[𝐓𝐇𝐑𝐄𝐀𝐃]

Corinthians e mobilidade: uma união que combina com a cara do elenco.

O Timão apresentou uma boa dinâmica no segundo tempo contra o Internacional.

Quer saber como a equipe funcionou na etapa complementar?

Então segue o fio! 🧶

Foto: Agência Corinthians

Veja o desenho do Corinthians no primeiro tempo contra o Internacional:

Mudanças: Raul Gustavo herdou a vaga do suspenso João Victor. No entanto, Sylvinho teve de adaptar o sistema, colocando Gil no lado direito e o jovem da base na esquerda (jogando a pé natural). Além da troca na linha defensiva, Gabriel entrou na vaga de Cantillo.

Vitinho foi o “novo substituto” de Willian. A ideia era ter o meio-campista da base aberto pela esquerda e continuar com Róger Guedes como atacante de mobilidade.

Foto: Agência Corinthians

Logo nos primeiros minutos, foi possível observar uma situação. Fágner domina, temporiza, mas não encontra diálogos. O camisa 23 tem Gabriel Pereira como opção, mas totalmente fixado e marcado.

É a pura exemplificação da falta de mobilidade do time. Pouca construção e aproximação por dentro. Além disso, os pontas (que são as opções mais claras de passe) ficam fixados.

Depois de ficar atrás do placar, o Corinthians precisava apresentar soluções e agredir o Internacional. Neste exemplo, Renato tenta verticalizar o jogo com a condução. Porém, mais uma vez o time não apresenta associação e a jogada não consegue fluir.

O que isso significa?

Nos últimos jogos, Renato Augusto foi o mais propositivo. Em algumas ocasiões, o camisa 8 é o único que toma a bola para si e tenta “resolver”. No entanto, essas ações estão se repetindo. E há um motivo claro: a fixação e a rigidez do meio para frente.

Contra o Internacional, o Corinthians sentiu falta de um “5” que tivesse uma saída mais limpa. A dinâmica do ataque muda com a entrada de Gabriel no lugar de Cantillo.

Vitinho também foi um fator interessante no jogo. Formado como um meio-campista interior (como um “camisa 8”), o jogador teve de exercer uma função distinta. O camisa 43 foi escalado inicialmente como um extremo pelo lado esquerdo.

Porém, é válido destacar que o meio-campista chegou a atuar como extremo na base. Entretanto, o processo de readaptação para o profissional não é tão simples.

O exemplo abaixo nos mostra bem isso. A bola gira entre os zagueiros e chega até Raul. O defensor busca o passe longo, mas Vitinho não domina. Podemos perceber as distâncias no meio-campo e a falta de linhas de passes.

Todos esses movimentos se repetiram. Diversas vezes. O Corinthians não finalizou no gol no primeiro tempo e também não criou nenhuma grande chance.

No início do segundo tempo, a equipe não apresentou evoluções. Porém, Sylvinho fez duas mudanças que impactaram positivamente. Du Queiroz e Mosquito entraram nos lugares de Gabriel e Vitinho. As alterações deram outra cara e MOBILIDADE para o Corinthians.

Desenho tático do Corinthians com as trocas no início do segundo tempo:

Com GP centralizado, o Corinthians aumentou a produtividade. Renato Augusto passou a flutuar, RG acentuava e se associava com o camisa 8 na passagem e Du ritmava muito bem as subidas e construções. O resultado foi imediato.

Por dentro, o Corinthians soube atrair o adversário, variar os corredores, além de ter melhorado a progressão e as dinâmicas em proximidade. Aliás, a presença de GP com liberdade por dentro, sem estar fixado às costas do lateral, foi fundamental.

O segundo gol é mais um bom exemplo da mudança na dinâmica, nas aproximações e no papel de Du Queiroz na construção ofensiva como médio defensivo.

Construir por dentro e ter as ultrapassagens dos laterais também pode ser um fator positivo para o Corinthians nos próximos jogos. Aliás, essas ações poderiam ser mais exploradas pelo técnico Sylvinho.

O elenco do Corinthians “pede” associações, jogo móvel e flexibilidade. Essas dinâmicas podem potencializar ainda mais os jogadores criativos e técnicos como Renato Augusto, Giuliano, Gabriel Pereira, Adson e etc.

Foto: Agência Corinthians.

Sylvinho precisa analisar o plantel e pensar na melhor forma de extrair o máximo dos seus jogadores. E a maneira mais adequada para aumentar o poder ofensivo da equipe são com essas características.

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E também deixe a sua opinião. Será que depois dessa partida o time será mais móvel?

Texto: @Almeida_433
Videos: @Almeida_433
Direção: @_richardmilitao

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