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MONITORAMENTO ACÚSTICO PASSIVO DE TRÊS PRIMATAS SIMPÁTRICOS EM UM FRAGMENTO DE MATA ATL NTICA NO NORDESTE DO BRASIL

@julac3rda
@Bruhtexeira
@AnaLuizaMatte
@BrunaBe25224618

Primatas utilizam a comunicação vocal para manutenção de suas atividades e sistema social. Vocalizações de longa distância são comuns nesses animais, os tornando um grupo potencial para monitoramentos acústicos passivos.

Aqui objetivamos investigar se seria possível detectar primatas vivendo em simpatria em um fragmento de Mata Atlântica de 1186 ha no Nordeste do Brasil

Usamos gravadores SM4 (Wildlife Acoustics) em 5 pontos do fragmento por 6 meses. Gravamos 3 dias/mês, sendo 15min/hora gravada. Usamos o software Kaleidoscope para inspecionar as gravações em busca de vocalizações das três espécies de primatas com distribuição conhecida na região

Nos baseamos em repertórios vocais já descritos para Callithrix jacchus, Sapajus flavius e Alouata belzebul. Todas as três espécies ocorrem no fragmento e produzem chamados de longa distância. Portanto, todas teriam chance de ser detectadas acusticamente.

Detectamos 1 O vocalizações de S flavius, 4 de C jacchus e O de A belzebul. Espécies de Alouatta tendem a vocalizar nas primeiras e últimas horas luminosas. Assim, a amostragem reduzida nesse período (i.e., 15 min/h) pode ter levado a não detecção de Alouatta belzebul.

Registramos vocalizações de S flavius e C jacchus ao longo do dia. Entretanto, só detectamos vocalizações em três pontos de coleta: matas secundárias reflorestas em 1989 e 1999 e na mata primária. Nos pontos reflorestados em 2009 e 2019 não detectamos vocalizações de primatas.

O estudo evidencia o potencial de monitoramento acústico passivo para 2 das 3 espécies-alvo, e a importância da qualidade do ambiente para a ocupação deste por primatas de médio e pequeno porte.