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Mar 16, 2022, 14 tweets

🗓️A HISTÓRIA DOS DEZ DIAS QUE NUNCA EXISTIRAM NO CALENDÁRIO

Cinco de outubro de 1582 nunca existiu. Nem o dia seis, nem o sete... Na verdade, dez dias sumiram do calendário. As pessoas foram dormir na quinta, 4, e acordaram na sexta, 15. Entenda o que aconteceu.🧶👇🏽

Provavelmente, você já ouviu falar do calendário maia (aquele que supostamente "previa" o fim do mundo em 2012), do calendário chinês, do judaico...

Ao longo dos séculos foram usados vários tipos de calendário para contar os dias em diferentes sociedades e culturas ao redor do mundo. Existem aproximadamente 40 calendários em uso ainda hoje.

De uma forma geral, esses “contadores de tempo” se baseiam na translação e rotação da Terra em torno do Sol ou nas fases da Lua, e podem ter três classificações: os solares, os lunares e os lunissolares.

O primeiro registro que se tem de um objeto manuseado para contagem do tempo é o "Osso de Lebombo", que foi encontrado na África do Sul por volta de 35.000 a.C.

Mas nem sempre o calendário teve 12 meses com 365 dias. A Grécia Antiga chegou a ter até um 13° mês. Já em Roma, o primeiro contador de tempo, datado de 753 a.C, possuía 10 meses.

Coube ao imperador Júlio César modificar o método de contagem de tempo por volta de 45 a.C., abolindo o calendário lunar e tornando-o solar, na tentativa de ficar em harmonia com as estações do ano. A partir de agora, o ano "normal" teria 365 dias.

O calendário juliano, que leva esse nome por causa de Júlio César, contava que a duração média de um ano era de 365 dias e 6 horas. Para cobrir as 6 horas "excedentes" no ano, os romanos ordenaram a utilização dos anos bissextos (aqueles que possuem 366 dias) a cada quatro anos.

Contudo, o ano dura exatamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Portanto, havia 11 minutos e 14 segundos a mais por ano. Esse descompasso já havia sido detectado desde a Roma antiga, mas era um erro considerado quase insignificante na época.

Porém, quinze séculos depois, a defasagem desse tempo que "sobrou" já era de dez dias e a contagem do tempo estava dessincronizada. Com o problema, uma estação prevista para começar em determinado dia do calendário oficial, por exemplo, só começava na prática dez dias depois.

Foi aí que o assessor astronômico do papa Gregório XIII, Cristóvão Clávio, fez os cálculos, identificou a falha do calendário e propôs modificações. Dentre elas, pular dez dias do calendário.

Pelo decreto do papa, o dia seguinte ao dia 4 de outubro de 1582 seria 15 de outubro do mesmo ano. Os ajustes de Gregório foram feitos para que as estações do ano começassem sempre no mesmo dia

E assim, a população viu dez dias sumirem do “dia para a noite”. Com essa medida, ocorreram alguns fatos curiosos, como o funeral de Santa Teresa de Jesus. A freira faleceu na noite do dia 4 para 5 de outubro de 1582, e foi enterrada no dia seguinte: 15 de outubro.

Ficou curioso? Confira a matéria completa.
opovo.com.br/noticias/curio…

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