#MOVI3: A tese da economia de recorrência
1. A Movida é a segunda maior companhia de locação de veículos do Brasil em tamanho de frota e receita. A Cia atua nos segmentos de locação de veículos (RAC), gestão e terceirização de frotas (GTF) e revenda de seminovos.
2. A Cia possui uma frota total de 213 mil carros e uma extensa rede de atendimento, com 315 pontos (RAC + Seminovos) localizados estrategicamente em todos os estados do Brasil.
3. A Movida mantém foco na renovação frequente da frota, com a desmobilização de seu ativo a partir de doze meses contados da respectiva aquisição. Dessa maneira, possui a frota de veículos mais nova do setor. A idade dos veículos é um importante diferencial competitivo.
4. Carros novos geram mais valor para o cliente, menores despesas com manutenção, melhor preço de venda e permite à Movida, em caso de necessidade, aguardar por melhores negociações para realizar a renovação da frota.
5. Recentemente vimos que a produção de veículos foi afetada pela falta de abastecimento de semicondutores. Numa situação de risco similar, locadoras com maior idade média dos veículos ficam mais expostas ao risco de envelhecimento da frota, diminuindo a qualidade dos serviços.
6. Um ponto importante aqui é que na visão da Movida, não vale a pena envelhecer a frota para penetrar no Uber. Ao invés disso, a Cia prefere mantê-la nova e gastar menos com manutenção.
7. No momento da compra a Movida se beneficia da sua elevada escala, impulsionada pelo grupo ao qual pertence (Simpar). A compra correta também é um fator crítico de sucesso para as locadoras, o que permite capturar economias de escala e maior rentabilidade sobre o ativo.
8. Vender o veículo no preço certo é tão importante quanto comprar no preço certo. Nesse aspecto a Movida se beneficia da sua própria rede de concessionárias, presente em mais de 89 pontos de venda distribuídos em 26 estados do país.
9. O mercado de Revenda de Seminovos está ganhando cada vez mais relevância no contexto nacional. Como mostra o gráfico, esse é um mercado que está crescendo acima do mercado de veículos novos.
10. Segundo estimativas da Movida, o mercado de Seminovos deverá apresentar leve queda no ano, passando de 1,3 milhões em 2021 para 1,2 milhões. No entanto, o mkt share da Movida em seminovos passou de 3,5% no fim de 2021 e deverá terminar o ano de 2022 em aproximadamente 6,4%.
11. O mercado de GTF também oferece boas perspectivas de crescimento, favorecido pela tendência crescente de terceirização de frotas devido à necessidade do cliente em focar no seu core business, além de redução de custos e da otimização na alocação de capital.
12. O mercado endereçável para o GTF é de 8 milhões de carros corporativos, com apenas 6% de penetração das locadoras, e 1 milhão de carros por ano para aluguel mensal de pessoas físicas.
13. Esta é uma importante avenida de crescimento, por ser facilmente escalável, uma vez que não exige o investimento em lojas físicas e aumento do quadro de funcionários para a expansão de sua abrangência.
14. De acordo com estudos da ABLA, o segmento de RAC contava com mais de 13 mil empresas em 2020, sendo as principais concorrentes da Movida: Localiza e Unidas. Atualmente o share da Movida é de 17%.
15. Destaca-se aqui a baixa penetração do RAC no Brasil (7%) se comparado a países como Canadá (9,7%) e EUA (12%). Se considerarmos a penetração dos EUA, o Brasil passaria dos atuais 545 mil veículos locados para aproximadamente 934 mil.
16. Ao longo dos últimos anos houve um aumento de concentração nesse mercado e com isso as vantagens competitivas das maiores concorrentes ficou cada vez mais evidente, entre elas escala de compra, capilaridade, força da marca, eficiência operacional, entre outras.
17. O mercado brasileiro caminha na direção de mais concentração como o americano. A concentração do mercado americano é ainda mais alta, com cinco das maiores marcas consolidadas em duas grandes holdings – a Enterprise e a Hertz, que junto à Avis, concentram 96% do mercado.
18. Outro fator estrutural para o setor é a mudança no comportamento de consumo. O consumidor está se adequando à chegada de novas tecnologias para mobilidade urbana. Assim como a valorização da posse está sendo substituída por tendências de uso compartilhado ou assinatura.
19. Esse mercado é chamado de mercado de recorrência, ou economia de recorrência. É um segmento formado por empresas que vendem o acesso ao invés da propriedade. Assim, os consumidores pagam pelo acesso de forma recorrente, em períodos que podem ser mensais, semanais ou anuais.
20. Pesquisa realizada pela Juniper Research, mostra que o mercado global de bens físicos por assinatura deve crescer de US$ 64 bilhões, em 2020, para US$ 263 bilhões, em 2025. Ou seja, assinaturas de streamings, carros, casas e outros ganharão cada vez mais novos usuários.
21. Nesse contexto a Movida vêm ofertando soluções diferenciadas, atuando como multiplicadoras do mindset de inovação. Destaca-se aqui o serviço de carro por assinatura (Zero KM Movida) e a locação mensal (Movida Mensal Flex).
22. Nos últimos anos a Movida fez diversos investimos e melhorias de processos, incluindo revitalização de lojas, digitalização de processos e melhorias de atendimento. Assim a empresa conseguiu alcançar elevado nível de NPS, evidenciando o valor percebido pelo cliente.
23. A Movida já fez capex suficiente para absorver crescimento da frota de veículos sem a necessidade de novos investimentos. A Atual estrutura é capaz de absorver um crescimento de 18% da frota, o que ajudará na diluição de despesas.
24. A Movida também já divulgou seu Guidance para 2025. O plano de crescimento projeta a frota em 260 – 340 mil carros até 2025, além da abertura de mais 100 novas lojas.
25. Mais recentemente a Movida anunciou a aquisição da Drive on Holidays (DOH), empresa de locação de veículos leves focada em RAC e sediada em Portugal.
26. A DOH possui 4 lojas no país, localizadas estrategicamente em cidades importantes para o turismo português, sendo elas: Porto, Lisboa, Faro e Ponta Delgada. A companhia possui frota de aproximadamente 3,3 mil veículos.
27. O mercado de RAC em Portugal é extremamente pulverizado, diferentemente do mercado Brasileiro e Americano. Por outro lado, também abre oportunidades de internacionalização no segmento de GTF, mercado muito mais maduro que o brasileiro.
28. Esse é um movimento considerado estratégico buscando diversificar a receita geograficamente. A estratégia será, no primeiro momento, capturar o mercado de turistas brasileiros na Europa, e no longo prazo consolidar o mercado de locação no país.
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