O dia é de lembrar tb que a violência não está apenas nas estatísticas. A violência contra a mulher também é discursiva e simbólica. O que se diz e como se diz, como qualificamos as mulheres, tem impacto nos outros modos de violência. #DiadaMulher
Parei o assunto pelo meio. Mas uma mudança no jeito como se fala das mulheres, por exemplo, sem reduzi-las a estereótipos ou adjetivos que são normalmente "femininos" como beleza, sensibilidade, maternidade, maquiagem e etc é um bom exemplo.
Pensem em tb em xingamentos. Na maioria deles, no Brasil hoje, xingamos a mãe ou a mulher de alguém de comportamento, digamos, indecoroso (PQP, FDP e etc.). Ou dizemos que um homem é afeminado, parecido com uma mulher.
Ou seja: não dá xingar homem de homem. Mas já vi por aí muita gente sendo xingada de "mulherzinha". Isso é discurso. Mostra o que, enquanto sociedade, pensamos que existe de pior. E é bastante significativo. Vale pensar sobre tudo isso hoje.
Vale pensar sobre como todos nós (mulheres inclusas, porque naturalizamos e repetimos esse discurso) falamos das mulheres. :) E acabar com apelidos e modos de dizer que reproduzem essas ideias. :))
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Fico com a impressão de que não se tem dados ou dados confiáveis sobre casos de Covid e contágio nas escolas, o que reforça a narrativa de que está tudo bem. Pais não testam as crianças, não comunicam à escola e tudo continua "normal". Escolas não reforçam as medidas.
E não falo do teatrinho do álcool gel e do termômetro na porta. Mas das medidas que a gente sabe que são as efetivas, como o USO CORRETO da máscara, VENTILAÇÃO CRUZADA, por exemplo.
Sabemos que é difícil. Mas se decidimos que as aulas são obrigatórias e 100% presenciais, é preciso assumir a responsabilidade de mitigar os danos para a saúde das crianças. Tem que fiscalizar.
Duas semanas de aula e começam a aparecer os casos de provável contágio de Covid dentro das escolas. Várias crianças positivando ao mesmo tempo e bastante sintomáticas. Acho q estamos errando em reduzir tão rápido as medidas de distanciamento.
E claramente, as escolas não estão conseguindo manter medidas básicas. Enquanto não conseguirmos vacinar todas as crianças, vai estar tenso.
E fico ainda mais preocupada com o fato de não sabermos direito que tipo de sequela essa variante, em particular, pode gerar.
Algumas coisas interessantes: (1) Queda na articulação geral nos últimos dias. (2) Grupos de extrema-direita utilizando automatização de contas para tentar inflamar as conversações sobre a manifestação ...
(3) Baixa articulação da esquerda; (4) A conversação não derrama, não engaja outros atores da sociedade civil, o que provavelmente indica apenas uma articulação de grupos politicamente filiados.
Uma coisa q acho bem importante salientar nessa conversa de polarização é o seguinte: Todos os nossos estudos, desde 2018, identificaram o q alguns autores chama de "polarização assimétrica". Isso significa q há uma polarização acentuada de um lado e não necessariamente do outro
Ou seja, há uma radicalização extremada de um lado da conversação, mas não necessariamente do outro.
Também no Brasil não conseguimos, em quase nenhum dos nossos estudos, identificar uma "esquerda" e "direita" nessa polarização. Ao contrário, chamamos sempre de pró e anti, pois é ESTA a polarização que vemos construída.
Mãe contando que meu tio (idoso, porém não tanto) não quer tomar vacina pra Covid-19, quanto tiver, pois leu "na Internet" que ela altera o DNA humano e que as consequências são catastróficas. Esse é o poder da desinformação.
Ficou sabendo também que a vacina chinesa vai implantar microchips de controle. Está preocupadíssimo.
Claro que nisso ele falou para todos os irmãos. E claro que outros também ficaram preocupados, afinal, ele é uma pessoa que estudou. E fortaleceu a crença de que não tem que tomar vacina.