Fiquei matutando se compartilho algo na TL, vou tomar o máximo cuidado para não chegar no doxxing, mas acho interessante mostrar com quem estamos lidando, e como muitas vezes dizemos que alguma @ “só fala no twitter e não lá fora”, e estamos enganados.
Quem me segue, sabe que trabalho numa instituição de ensino em SP. E sabe que regularmente temos palestras e eventos para alunos e convidados. Trazemos gente “do mercado”, os tais supra sumos em suas áreas, “exemplos de carreira e de vida”. Os alunos, ex-alunos, adoram.
A instituição se proclama apolítica. É fato que quem estuda aqui tem um viés MUITO pró-mercado. Pró-neoliberalismo e seus “fellow travelers”. Não somos uma FFLCH, mas...praticamente só inteligentinhos.
Uma vez comentei aqui sobre aquela palestra com pessoas de RH de multinacionais, de startups etc e como estão, as vezes silenciosamente e as vezes abertamente, contra quem é conservador.
Nesse dia descobri, que uma @ da turminha inteligentinha “business class” que volta e meia aparece em nossas TL’s (não falarei quem; vcs descobrirão) é ex-aluno da instituição.
Hoje, tivemos mais uma dessas palestras, com um painel de 4 ex-alunos, os tais “exemplos de sucesso”. Vendo de fora, parece propaganda de Ivy League ou da Benetton pra quem é da década de 90...Todo mundo novo (faixa dos 30) empregos altamente remunerados, gente qualificada...
Pois bem. Uma das panelistas começou dizendo que quem estava ali já era “melhor que 90% da população, que o afegão médio”, arrancando gargalhadas dos presentes. Outro disse que isso tinha um lado ruim, “concorrer só com seus pares, vocês não tão disputando subemprego”.
Nossa @ conhecida disse que a chave era “entregar o sangue e vender a alma em troca de sucesso profissional, de uma vida boa”, e que a alternativa seria vejam bem, “vidinha mediocre né, profissional classe média baixa, dona de casa”
Chegando a parte que nos interessa, os ex-alunos começaram a falar que essa “onda nacionalista aí...mais conservadora, é uma ameaça mas dá pra quem for esperto aproveitar as oportunidades”. Um dos panelistas disse que isso era “um atraso, e coisa de gente atrasada”.
Uma ex-aluna, advogada em um desses escritórios chiques disse que “as meninas tem que continuar correndo atrás, focar na carreira e em nada mais, não tamo na época de ser dona de casa, de ser dependente” e completou dizendo pra não ligarem pro que os outros dizem porque +
+ “esse negócio de ter que casar, ter familia, pra ser feliz é uma farsa, coisa da época da nossa vó”. Nossa @ conhecida riu e disse que “tem uma tigrada que prefere continuar viajando de econômica e contando moeda”.
No fim, foi um espetáculo que prova que tem gente que literalmente já morreu por dentro, viraram escravos do “sucesso”, da “carreira” e coisas ilusórias. Não escondem o desprezo pela choldra, pra usar um termo do @tcmpacheco.
E repito, pra mim são piores que os esquerdistas suarentos que vão queimar ônibus ou as gordas de cabelo azul que ficam mostrando os peitos em frente à igrejas. Porque vendem uma imagem que convenhamos, seduz. São, aparentemente, exemplos de “sucesso” mesmo. E +
+ não querem (aliás fazem questão disso) “chocar” ou escandalizar. É mais “fácil” vender aborto sob o disfarce de “ter filhos vai acabar com sua carreira” do que enfiar um crucifixo no cu na frente das câmeras de TV. E aí que mora o perigo.
Os inteligentinhos jamais vão gritar “Lula Livre”, mas não vão dar um pio contra o PT. Você não vai ver a menina “banker” bem sucedida defendendo a Venezuela; mas tb não a verá criticar a China. O consultor bem de vida nunca irá em protesto xingar padres, mas +
+ jamais vai admitir que existe perseguição contra os cristãos (que aliás acha “supersticiosos” ou “atrasados”).
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@tcmpacheco Não sei se ja falei aqui, e odeio fazer thread, mas vai ser necessário. Já falei que tanto eu quanto minha esposa trabalhamos em RH né?
@tcmpacheco Ultimamente tem se tornado bem comum entre essas empresas gigantes (que acabam contratando assessoria de RH) pedir o que eles chamam de “HRM”, sigla pra “Harrassment Risk Monitor”.
@tcmpacheco Eles tem sinalizado certos padrões de comportamento (basicamente a pessoa demonstrar, em redes sociais, que é conservadora) a serem monitorados - embora não eliminem automaticamente alguém, jogam pro fim da lista.