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Aug 25, 2019 24 tweets 4 min read Read on X
Para quem me conheceu pela #BrazilJS19, eu fico super feliz! Fui palestrante no evento, não sou palestrante por profissão. Sou um desenvolvedor web que compartilha de vários medos e desafios profissionais bem similares ao de quem está assistindo.
Tenho muitas contas a pagar e algumas delas são as quando quero trazer algo de volta pra quem já me proporcionou oportunidades.
A #BrazilJS ao longo de seus 9 anos, foi aonde eu conheci o local que trabalho hoje, foi a ponte de onde conheci pelo menos outros 2 empregos anteriores. Isso soma uns 8 anos.
Eu não consegui nenhuma dessas oportunidades por causa de conteúdo técnico vindo de slides. Eu mal consigo prestar atenção em palestras quando tem centenas de pessoas para conhecer e conversar. Eu conheci pessoas que me contaram coisas incríveis que estavam fazendo no trabalho.
E identifiquei com quem eu queria trabalhar e quem eu me inspiraria a fazer trabalhos similares. Foram as pessoas que me inspiraram, sempre.
Pra quem não me conhecia antes, eu também nunca soube ficar calado e deixar algo tosco passar. Eu posso ter um estresse ferrado no final do dia, mas quebro tudo antes. Boto o dedo na cara de idiota mesmo. É a vida.
Vi muita gente que canta de herói e mostra só coisinha linda, mas na hora do vamos ver, tira o seu da reta e finge que não viu, ou que o assunto é um saco e não teria interesse. “Mas isso é uma tecnologia foda, olha que foda isso cara!” é a maior breguice de eventos tecnológicos.
Isso encanta as pessoas, mas não tem empatia, só um carisma deficiente. O belo “saia da zona de conforto, mas não me venha com confronto”. Ninguém dizia que pra sair da zona de conforto também é preciso sair da bolha de privilégio.
É preciso ter empatia.
Empatia serve para enxergar cada pessoa, aprender com a história de cada uma e saber se apaixonar pelo que você mesmo está fazendo.
Não é para “vestir a camisa da empresa”, afinal, qual empresa vai vestir a sua camisa? Vista-se de paixão pelo que faz.
A gente trabalha por sobrevivência, ou para pagar contas no final do mês, o luxo é um extra. Todo mundo quer alguma melhora nisso quando vai ao evento. As pessoas vêm para descobrir como melhorar. Eu acho que todos melhoram sempre com empatia, não tem limites.
Para melhorar via empatia, é preciso falar de pessoas, é preciso tocar na ferida sobre o que é relevante na sociedade, nos dias de hoje. Algo genérico não faz o mesmo efeito.
A tecnologia é o poder que temos para crescer, e a gente precisa mostrar um exemplo que mostre uma chance real de você crescer, de fazer algo realmente “foda” com uma tecnologia nova. Senão seria o mesmo que você ganhar 5 martelos quando você só tem parafuso pra colocar.
Trabalhar cansa, e muito. É bom ter preguiça. É ótimo querer otimizar o tempo para ter um trabalho mais suave. A gente precisa de motivação pra acordar cedo toda manhã e bater em um teclado todos os dias
Dinheiro no final do mês é lindo, mas isso já vem do seu suor. Quando a gente faz algo a mais, a gente sente um gosto a mais, e depois que sente não larga mais. É como viajar o mundo afora.
Você sabe que fez a vida de alguém melhor. Não tem preço. Talvez você não sabe que essa é a história que você vai contar daqui a muitos anos. Ninguém te conta a história de anos atrás quando pagou conta de luz mensalmente com o salário. Já esperam isso de você, monotonamente.
A #BrazilJS faz parte da história que vou contar hoje e no meu futuro. Feliz de saber que cresci e ajudei pessoas a crescerem. Feliz de saber que de certa forma ajudei pessoas que provavelmente não teriam a mesma oportunidade sem o que fiz.
Eu espero sinceramente ter sido uma das pessoas certas na hora certa, talvez numa hora meia incerta.
Eu espero ter criado uma faísca nos pensamentos de cada um e fazer com que tentem passar isso adiante e façam melhor do que eu já fiz, e assim se crie um ciclo.
Foi assim quando criei o FrontInRio. O primeiro da série de frontin. Foi uma faísca. Foi algo além da curva, que trouxe coisas que eram relevantes na época.
Se eu fizesse algo menos relevante na #BrazilJS19 hoje, não teria o mesmo impacto. A faísca se apagaria com o primeiro vento.
A gente solta os fogos de artifício na sala e não é todo mundo que gosta, mas essa é a vida. Você sabe que vai ter alguém que vai mudar, e isso faz tudo valer a pena.
Obrigado!

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