Queria destacar a partida do Piris da Motta. O volante foi muito bem na marcação, com posicionamento preciso e o ímpeto tradicional. Mas, o que mais me chamou atenção foi a saída de bola. Tranquilo, acertou 36 passes (90% de aproveitamento), além de 3/4 nas bolas longas.
O jogador sempre mostrou talento na Argentina. Era ídolo da torcida do San Lorenzo quando saiu. É natural que precise de tempo para se adaptar, o que fica ainda mais difícil quando tem joga pouco, algo semelhante ao que aconteceu com o próprio Cuellar. Ainda pode ser importante.
Eu sinto que a torcida do Flamengo começou a pegar muito no pé do Piris depois de descobrir o alto preço pago por ele (algo que não tinha ficado claro na época da contratação). Mas, com a saída do Cuellar, um bom desempenho do Paraguaio será fundamental para o ano rubro-negro.
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Rogério Ceni ontem comandou o Flamengo pelo 19° jogo no Braisleirão, o que corresponde a 1 turno, com 12 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. O aproveitamento é de 68,42%. Nunca um time que terminou com pelo menos esse aproveitamento perdeu o Brasileiro em pontos corridos.
Além disso, nas últimas 11 partidas no Campeonato,são 8 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, o que corresponde a um aproveitamento absurdo de 75,75%. Em termos de comparação,se terminasse com tal porcentagem de pontos,seria a segunda melhor campanha da história, atrás apenas de 2019.
"Mas e os jogos grandes?". Muitos acabam determinando que o Flamengo do Ceni não merecia vencer o Brasileirão, pois perdeu para o São Paulo na última rodada. Porém, em 7 partidas no Brasileirão contra os times que terminaram no G-8 na campanha passada,são 5 vitórias e 2 derrotas.
Vou falar algo "polêmico". Isla não vive grande momento, claro. Mas, um dos motivos disso é a fase do Everton Ribeiro. Isso porque, o chileno avança com velocidade pelo corredor o tempo inteiro, para fazer o cruzamento, que é o ponto forte dele. Porém, raramente recebe a bola.
Quando Everton Ribeiro estava bem, ele constantemente encontrava o passe em profundidade para a infiltração do Isla, que dava a assistência. Mas, atualmente, o meia quase não passa para o lateral e, quando toca, normalmente ele não está em boas condições de cruzar.
Isla não é super técnico e não vai pegar a bola, driblar o adversário e fazer o cruzamento. O forte dele é a velocidade. Ele precisa receber o passe em profundidade, no fundo. Quando isso acontece, normalmente toma a melhor decisão, seja o cruzamento alto, ou rasteiro para trás.
O gol perdido pelo Gabigol no Fla-Flu foi, realmente, inacreditável. Mas, precisamos destacar também a jogada em si. Tem um detalhe tático muito importante nela. O lance só aconteceu, devido a uma mudança rápida no sistema.
Segue o fio!
No fio anterior (link abaixo), destaquei que o Flamengo atuou em uma espécie de 3-1-5-1 com a bola, variando pro 3-2-3-2. Mas, foi no 4-2-2-2 que a equipe criou a principal chance. Com Isla mais recuado (não de ala),Filipe Luís pôde avançar.
Flamengo estava com a bola pela direita. Arrascaeta caiu para o centro e recebeu. Nino avançou para dar o bote nele. Bruno Henrique estava de 2° atacante,então a esquerda tinha um buraco,que Filipe Luís avançou para receber (reparem que Fred tentou acompanhá-lo, sem sucesso).
O Genk, possível destino de Rodrigo Muniz, tem como maior venda o Sander Berge, por 23 milhões de Euros. O clube tem 8 vendas por mais de 10 milhões de Euros, todas de 2015 para cá, sendo 4 delas na temporada 19/20 e uma na última (20/21). Flamengo deve ficar com 50% do atleta.
5 maiores vendas do Genk e a temporada:
Sander Berge - 23 milhões de Euros (19/20)
Leandro Trossard - 20 milhões de Euros (19/20)
Milinkovic-Savic - 18 milhões de Euros (15/16)
Wilfred Ndidi - 17,6 milhões de Euros (16/17)
Ruslan Malinovskyi - 13,6 milhões de Euros (19/20).
Não são as maiores vendas, mas, vale destacar, há uma evolução, que reflete bem a maior valorização do Campeonato Belga. Tanto que, a maior venda de um clube belga é de 27 milhões de Euros, feita pelo Gent na última temporada, negociando o Jonathan David para o Lille, da França.
Rogério Ceni fez uma mudança tática muito interessante contra o Fluminense,na final do Carioca. Colocou Gerson mais adiantado,na mesma linha de Everton Ribeiro e Arrascaeta.Fez isso para aproveitar a falta de recomposição defensiva do Nenê,que deixa espaço no meio.
Segue o fio!
O Fluminense vem deixando mais espaço na defesa na atual temporada. O principal motivo disso é a falta de recomposição defensiva do time, principalmente Nenê. Martinelli e Yago acabam ficando muito sobrecarregados. Rogério percebeu isso e adiantou mais o Gerson.
Com isso, no 1° tempo, Flamengo jogou em uma espécie de 3-1-5-1 com a bola. A linha defensiva formada por Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís. Diego de 1° volante, Isla de ala-direita, ER7 meia-direita, Gerson centralizado,Arrascaeta meia-esquerda e Bruno Henrique na ponta esquerda.
Minha opinião sobre a arbitragem de ontem: péssima. Picotou o jogo com faltas desnecessárias, prejudicando o ritmo, e inventou cartão. Rodrigo Caio era pra ter sido expulso nos últimos minutos e Luiz Henrique, embora tenha sido mais leve que RC, também poderia receber vermelho.
Não botei a imagem do Rodrigo Caio, pois quase todos já viram. Foi bem pior,porque atingiu o joelho. Era vermelho na hora. Mas, um lance não anula o outro. Luiz Henrique chegou de sola, por cima da bola, com força e atingiu o tornozelo do Matheuzinho. Também passível de expulsão.
Já sobre o Egídio: foi bem forte, mas, pela recomendação atual, por ter sido marcado pênalti, o amarelo ficou de bom tamanho. Me impressionou mesmo foi o juiz precisar do VAR para saber que foi dentro da área. Inclusive, árbitro de vídeo deveria ter chamado nos outros lances.