Numero de “junk news” comparada com news nas eleições dos diversos paises
Eles usam o conceito de "junk news" que enfrentaria uma certa resistência por conta da definição de "news", né...
O estudo mostra que o compartilhamento de junk news reduziu no Twitter e que a maioria dessas informações é criada e compartilhada nos próprios territórios (países) (homegrown).
No caso do FB, as "junk news" foram muito mais compartilhadas do que as professional news. (Tem um viés discursivo importante, né. Desinformação geralmente vem recheada de linguagem simplificada, sensacionalista e com call to actions.)
Três tendências na desinformação: Estão começando a ficar mais 'sem fonte', ou seja, mudando-se para longe dos grandes sites; tornando-se mais visuais (memes, gifs e imagens) e mais "perception hacking", mais generative.
Não sei se já vemos isso no BR (Desculpem os tweets truncados, muita info em muito pouco tempo...)
Finalmente, esse monte de info que postei aqui veio do trabalho da @lmneudert do @oiioxford para quem quiser saber mais. #aoir2019
@lmneudert@oiioxford Agora com um pouco mais de calma: Desinformação no Twitter reduziu o engajamento (espalhou menos) nas últimas eleições da UE, enquanto que no Facebook aumentou. Também o formato da desinformação mudou.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Fico com a impressão de que não se tem dados ou dados confiáveis sobre casos de Covid e contágio nas escolas, o que reforça a narrativa de que está tudo bem. Pais não testam as crianças, não comunicam à escola e tudo continua "normal". Escolas não reforçam as medidas.
E não falo do teatrinho do álcool gel e do termômetro na porta. Mas das medidas que a gente sabe que são as efetivas, como o USO CORRETO da máscara, VENTILAÇÃO CRUZADA, por exemplo.
Sabemos que é difícil. Mas se decidimos que as aulas são obrigatórias e 100% presenciais, é preciso assumir a responsabilidade de mitigar os danos para a saúde das crianças. Tem que fiscalizar.
Duas semanas de aula e começam a aparecer os casos de provável contágio de Covid dentro das escolas. Várias crianças positivando ao mesmo tempo e bastante sintomáticas. Acho q estamos errando em reduzir tão rápido as medidas de distanciamento.
E claramente, as escolas não estão conseguindo manter medidas básicas. Enquanto não conseguirmos vacinar todas as crianças, vai estar tenso.
E fico ainda mais preocupada com o fato de não sabermos direito que tipo de sequela essa variante, em particular, pode gerar.
Algumas coisas interessantes: (1) Queda na articulação geral nos últimos dias. (2) Grupos de extrema-direita utilizando automatização de contas para tentar inflamar as conversações sobre a manifestação ...
(3) Baixa articulação da esquerda; (4) A conversação não derrama, não engaja outros atores da sociedade civil, o que provavelmente indica apenas uma articulação de grupos politicamente filiados.
Uma coisa q acho bem importante salientar nessa conversa de polarização é o seguinte: Todos os nossos estudos, desde 2018, identificaram o q alguns autores chama de "polarização assimétrica". Isso significa q há uma polarização acentuada de um lado e não necessariamente do outro
Ou seja, há uma radicalização extremada de um lado da conversação, mas não necessariamente do outro.
Também no Brasil não conseguimos, em quase nenhum dos nossos estudos, identificar uma "esquerda" e "direita" nessa polarização. Ao contrário, chamamos sempre de pró e anti, pois é ESTA a polarização que vemos construída.
Mãe contando que meu tio (idoso, porém não tanto) não quer tomar vacina pra Covid-19, quanto tiver, pois leu "na Internet" que ela altera o DNA humano e que as consequências são catastróficas. Esse é o poder da desinformação.
Ficou sabendo também que a vacina chinesa vai implantar microchips de controle. Está preocupadíssimo.
Claro que nisso ele falou para todos os irmãos. E claro que outros também ficaram preocupados, afinal, ele é uma pessoa que estudou. E fortaleceu a crença de que não tem que tomar vacina.