A pesquisa do Anders foca a questão do conteúdo/estilo de comunicação na mídia social e a plataformização como um estilo (por exemplo, call to actions, uso das affordances e etc.) na comunicação política.
Os resultados que ele está apresentando aqui focam principalmente no Facebook e nos tipos de posts.
Há um aumento imenso em 2018 do uso de Facebook, com um ponto super fora da curva com conteúdo super hiper partilhado da direita por lá.
O partidos tendem a "ganhar" o FB com populismo, usando esse tipo de postagem (populista). A estratégia da desinformação que foi adotada pela direita começa a ser adotada tb pelos partidos mais mainstream.
E isso mostra um efeito, uma vez que os demais partidos aprendem que o uso desse tipo de conteúdo (desinformação) funciona.
E ele tb aponta uma mudança importante do texto para o vídeo, uma mudança de modo de apresentação do conteúdo.
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Fico com a impressão de que não se tem dados ou dados confiáveis sobre casos de Covid e contágio nas escolas, o que reforça a narrativa de que está tudo bem. Pais não testam as crianças, não comunicam à escola e tudo continua "normal". Escolas não reforçam as medidas.
E não falo do teatrinho do álcool gel e do termômetro na porta. Mas das medidas que a gente sabe que são as efetivas, como o USO CORRETO da máscara, VENTILAÇÃO CRUZADA, por exemplo.
Sabemos que é difícil. Mas se decidimos que as aulas são obrigatórias e 100% presenciais, é preciso assumir a responsabilidade de mitigar os danos para a saúde das crianças. Tem que fiscalizar.
Duas semanas de aula e começam a aparecer os casos de provável contágio de Covid dentro das escolas. Várias crianças positivando ao mesmo tempo e bastante sintomáticas. Acho q estamos errando em reduzir tão rápido as medidas de distanciamento.
E claramente, as escolas não estão conseguindo manter medidas básicas. Enquanto não conseguirmos vacinar todas as crianças, vai estar tenso.
E fico ainda mais preocupada com o fato de não sabermos direito que tipo de sequela essa variante, em particular, pode gerar.
Algumas coisas interessantes: (1) Queda na articulação geral nos últimos dias. (2) Grupos de extrema-direita utilizando automatização de contas para tentar inflamar as conversações sobre a manifestação ...
(3) Baixa articulação da esquerda; (4) A conversação não derrama, não engaja outros atores da sociedade civil, o que provavelmente indica apenas uma articulação de grupos politicamente filiados.
Uma coisa q acho bem importante salientar nessa conversa de polarização é o seguinte: Todos os nossos estudos, desde 2018, identificaram o q alguns autores chama de "polarização assimétrica". Isso significa q há uma polarização acentuada de um lado e não necessariamente do outro
Ou seja, há uma radicalização extremada de um lado da conversação, mas não necessariamente do outro.
Também no Brasil não conseguimos, em quase nenhum dos nossos estudos, identificar uma "esquerda" e "direita" nessa polarização. Ao contrário, chamamos sempre de pró e anti, pois é ESTA a polarização que vemos construída.
Mãe contando que meu tio (idoso, porém não tanto) não quer tomar vacina pra Covid-19, quanto tiver, pois leu "na Internet" que ela altera o DNA humano e que as consequências são catastróficas. Esse é o poder da desinformação.
Ficou sabendo também que a vacina chinesa vai implantar microchips de controle. Está preocupadíssimo.
Claro que nisso ele falou para todos os irmãos. E claro que outros também ficaram preocupados, afinal, ele é uma pessoa que estudou. E fortaleceu a crença de que não tem que tomar vacina.