Acusar alguém sem provas é fazer ilação. E é preciso outras apurações para dizer que alguém é um laranja. Para me poupar o desgaste, não é coisa de só um partido. Não perderei nem um segundo nessa discussão🖕
Para a oficina andar melhor (e por isso a marquei como intermediária), é OBRIGATÓRIO já saber:
👉Ciência politica básica:
quociente eleitoral, clausula de barreira, desigualdades de voto/cadeira regionais, diferença entre os fundos.
📰Estar por dentro do noticiário do laranjal.
Quanto ao conhecimento em programação, é DESEJÁVEL (por isso intermediário) que a maioria já tenha entrado em contato com:
algumas noções de R básico;
vetores, dataframe
tidyverse: : dplyr e tidyr e talvez ggplot2📊
leftjoin, mutate, filter, group_by, summarise
%in% e %>%
Eu não pretendo explicar muito o que cada uma dessas funções e operadores fazem. Mas ao longo do trajeto é como se estivéssemos fazendo uma revisão deles.
Essa oficina se trata mais de um desafio prático de como aplicar o que você aprendeu em R na outra oficina.
E também para mostrar que, quando estamos longe do ambiente seguro e suave do aprendizado e diante de um desafio e perguntas reais, aí que as dúvidas mais interessantes surgem. E é também aí que o que aprendemos se amarra.
Se você não aprendeu essas funções, mas sabe algo de SQL, vai tirar de letra, não se preocupe.
Se você também não viu SQL, não tem problema porque não é impeditivo.
O foco da minha oficina é a abstração jornalística que leva ao código. Não se trata de uma aula de programação.
Não seguiremos um script ou código pronto. A ideia aqui é entendermos porquê um código é assim ou assado.
Para que você possa explicar ao seu editor porque sua matéria sustenta o título que você está bancando.
É também um exercício de desenvolvimento, escrita e leitura.
A ideia dessa oficina é mostrar para vocês que a habilidade de programação que você traz ao jornalismo é tão boa quanto a sua capacidade jornalística de imaginar caminhos factíveis para uma apuração.
Não existe "só digita um código e sai uma matéria". Nunca faço essa promessa.
Isso significa que é a qualidade da sua pergunta é que guia o que você coloca na sua linha de código, que por sua vez irá (talvez, após alguns erros) responder a sua pergunta.
A qualidade da sua resposta é tão boa quanto melhor for sua base de dados.
Pergunta ruim, código ruim.
Podem trazer as suas ilusões de que R e programação resolvem tudo. Esses pensamentos serão demolidos um a um.
Saber codar não nos faz programadores. É como ser alfabetizado.
E não basta ser alfabetizado para escrever algo que faça sentido.
Aviso aos espertinhos: quem achou que vai nessa oficina ganhar pauta de graça...
Talvez, depende de vocês e do que vocês mesmos descobrirem.
Teremos algumas perguntas-guia, mas não códigos prontos.
Outro aviso:
O deputado estadual do Maranhão que gastou 20 milhões de reais do fundão eleitoral em dinheiro público, não gastou. Isso é um erro de preenchimento lá nos arquivos do TSE.
Não queira cair de boca nisso achando que revelou o escândalo que todo mundo suspeitava.
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A um primeiro olhar você pode estar achando que esses dois jornalistas bateram cabeça e fizeram uma contradição em seus textos sobre o evento com os embaixadores. Antes fosse.
Infelizmente ambos estão corretos.
São os militares a causa do evento. Foi ideia deles.
Aí fingem que recusaram convite para fingir que não apoiam essa loucura. Quando a fonte de toda a loucura são eles mesmos.
Precisam ser sensatos e moderados apenas em relação ao Bolsonaro, não em relação ao senso comum.
Quando o Bolsonaro tumultuar as eleições, vão surgir um bando de generais recém-acordados do berço esplêndido dizendo que nunca concordaram com aquilo, embora sejam os mesmos que sempre estiveram ao lado do Bolsonaro desde sempre.
Os dados da eficácia da #CoronaVac não foram divulgados.
78% é outra coisa.
Segue o🧶 da arapuca da picaretagem
Na coletiva de hoje, o governo divulgou que a eficácia da vacina é 78% a 100%.
E aí explicou essa variação nos grupos estratificados. Ou seja, um recorte do grupo de vacinados.
78% em comparação ao grupo placebo, uma vez infectados, não precisaram de atendimento ambulatorial.
Esse é um dado secundário. Assim como os 100%, que é a comparação entre vacinados e placebados, ou seja, ninguém, dentre os vacinados, desenvolveu Covid-19 grave. Muito bem, é um dado ótimo!
Mas não foi pra isso que foi marcada essa coletiva.
78% é eficiência da vacina em, uma vez doente, a doença não se agrave. É um dado secundário.
O dado principal não foi entregue. Que é a eficácia em, vacinado e exposto, não ficar doente.
Fomos logrados. Dados sendo torturados em nome de marketing.
Divulguem logo os dados, afinal foi pra isso que foi marcada a coletiva para marcar a coletiva. Agora é a pior hora para falta de transparência! #CoronaVac