Esta se falando sobre o conflito com o Irã, porém há muitas informações erradas, incompletas e tendenciosas sendo difundidas. Segue o fio!
O regime Iraniano é uma ditadura teocrática implementada pela revolução islâmica de 1979 pelo Ayatollah Khomeini. Esta ditadura levou as trevas um país próspero e de pessoas brilhantes. A opressão contra as mulheres que são obrigadas a cobrir a cabeça vem desde então. 
Este regime opressor tem como política de estado o enforcamento de gays, o apedrejamento de mulheres (acusadas de ) adúlteras e a repressão de todo tipo de oposição. Recentemente o regime assassinou mais de mil manifestantes e cortou a internet do país.
Qual é a “sorte” do regime iraniano? Ele é inimigo dos Estados Unidos e de seus aliados- Israel, Arábia Saudita e Países do Golfo. Portanto ganham a simpatia automática de setores auto-denominados progressistas que apoiam o Iran mesmo a luz de todas estas atrocidades. Vide Latuff
Como toda ditadura sanguinária, no Regime dos Ayatolahs há um grupo militar diretamente subordinado ao regime e não ao exército. Este grupo se chama Guarda Revolucionária comandada pelo general assassinado Qasem Suleimani.
O objetivo desta guarda revolucionária é em primeiro lugar manter o regime e reprimir violentamente qualquer oposição interna. Em segundo lugar é “espalhar a revolução” pelo mundo.
Como eles fazem isso? Com terrorismo. Eles estão espalhados regionalmente e mundialmente. Além de organizar milícias no Líbano (Hezzbollah), na Síria, no Iraque e no Iêmen causando banhos de sangue e terror e destruição nas populações locais, eles promovem terror de forma global.
Os atentados na AMIA e na Embaixada Israelense na Argentina nos anos 90 tem a participação deles.
“Mas eu estou lendo e ouvindo em vários veículos que eles derrotaram heroicamente o estado do islâmico”?? Pois então, vamos lá.
O regime dos Ayatollahs é um estado islâmico com sinal invertido. O próprio nome é República Islâmica. A disputa Irã vs Daesh (Isis) não é uma disputa por princípios e sim por domínio. Ou seja, quem dominará com a sua leitura fundamentalista de islã.
E acima disso, o Iran viu na guerra contra o ISIS uma oportunidade de expansão militar e entrincheiramento sem precedentes. A guerra contra o ISIS foi caótica e cheia de atores. Na Síria quem foi fundamental foi a Rússia. Até a chegada da Rússia a situação era outra.
No Iraque a presença dos EUA e aliados foi fundamental. Por óbvio que o Iran também travou batalhas duríssimas contra o Daesh, mas dizer que eles derrotaram é um devaneio histórico-militar.
Hoje o Iran, sob a liderança das Guardas Revolucionárias comanda o Hezzbollah no Líbano deixando um país maravilhoso de refém da política externa metastática do Iran. Se o Hezzbollah atacar Israel sob ordens dos Ayatollahs, o dano ao Líbano será incalculável.
Na Síria o Iran se espalhou por vários locais especialmente na fronteira com o Iraque. Israel bombardeou inúmeras vezes estas posições. Demonstrando que os Russos também não estão confortáveis com esta presença pois ela ameaça a vitória do Regime de Assad protegido da Rússia.
No Yemen, o Iran arma e comanda os Houthis em uma guerra civil sangrenta pouco divulgada no mundo. Ali o confronto é com a Arábia Saudita que tenta manter a hegemonia Sunita.
Finalmente no Iraque, o Iran com o Hezzbollah local também criou um domínio militar e há pouco também participou de massacres da população civil em protestos.
A ESTRATÉGIA do regime do Ayatolah e lutar contra seus inimigos “via procuração” e longe de suas fronteiras.
Com Israel via Líbano e Síria. Com Arábia Saudita no Yemen. E com o “grande Sata” (termo usado por eles para se referir aos EUA) no Iraque.
Esta estratégia é muito inteligente e explica a maneira que o Iran se contém em suas reações quando atacado fora de suas fronteiras durante este projeto expansionista.
O regime sabe que um passo mal calculado ele pode chamar ataques para dentro de suas fronteiras onde o seu maior ativo estratégico está sendo gestado- O PODERIO NUCLEAR.
Dentro do Iran este regime teocrático e expansionista esta desenvolvendo um programa nuclear com óbvios fins de exportar a revolução. Os acordos ridículos com Obama e Europa so serviram para uma coisa- colocar mais de 100BI de Dólares na mão deste regime que usou para guerra.
Portanto, o assassinato seletivo do General Qasam Suleimani pode ter quebrado este paradigma de conflito por procuração. Com certeza é um recado claro dos EUA que não dançará mais de acordo com a música ditada pelos estrategistas iranianos.
Se o Iran reagir poderá ver ataques dentro de suas fronteiras tanto contra o seu programa nuclear, quanto as suas reservas de petróleo e a alvos do regime.
A estratégia previsível de tentar envolver Israel e Arábia Saudita/Emirados como reação não será bem vista no mundo islâmico. Será vista como covardia.
Quanto a Rússia e a China? Se não houver um desequilíbrio no acesso energético pelos EUA , eles não gastarão uma lágrima pelo Iran. Espero ter esclarecido alguns pontos e fico a disposição para interagir!
