Sei q debater treta com o Felipe Neto ou debate dos EUA tá bem legal, mas queria chamar atenção para um assunto que entra na pauta hoje q é crucial para o país. Basicamente, o supremo vai decidir o grau de influência da população brasileira sobre a venda do nosso patrimônio.
Trata-se da Reclamação 42.576 na qual congresso e senado acusam o governo Bolsonaro de liberar "subterfúgios que possibilitam encolher o tamanho das empresas-matrizes ilimitadamente, sem o aval do Poder Legislativo". Fachin, relator do processo, já se manifestou contra o governo.
Por exemplo, se o legislativo sair derrotado a Petrobrás poderá vender suas refinarias sem o mínimo de debate sobre o tema. Isso é bem perigoso e pode acarretar no desabastecimento do país ou numa crise de combustíveis pior do q a de 2018 que culminou na greve do caminhoneiros.
Cara, como petroleiro posso falar q pra gente é muito gratificante ser citado como exemplo de comunicação pelo @AnarcoFino dentro de uma mídia tão respeitada como o @LadoBdoRio. Na moral e na humildade a gente fica muito feliz por tentar uma forma diferente de se comunicar.
Na greve de fevereiro ficou escancarado quem invisibilizou nossa pauta e quem deu voz ao nosso pleito. A mídia tradicional está fechada com o pacto nacional que mantém o país com alguma coesão: a destruição do Estado. Investir em mídias alternativas é sobretudo sobrevivência.
No podcast, foi falado sobre como a esquerda precisa de construir um ecossistema para agir nas redes. Algumas peças desse ecossistema, como a nossa categoria, já existem. Temos espalhados pelo país milhares de trabalhadores e trabalhadoras cheias de talento e disposição de luta.
Aproveitando a onda do #LavaJatoTraiuAPatria e o aniversário do Assenge, lembro de um texto que escrevi em 2016 que cogita um elo entre a Lava Jato e o lobby das empresas de petróleo americano revelado pelo Wikileaks. Vou resumir o texto rapidinho nesse fio:
Todo mundo deve lembrar que em 2010 o Wikileaks demonstrou documentos oficiais enviados a embaixada americana.
Nesse documento, Carla Lacerda - até então diretora de relações internacionais da Exxon Mobile - demonstrou preocupação com o Conteúdo Local (engenharia brasileira) da lei do Pré-Sal. Segundo Carla, os "fornecedores americanos" seriam "prejudicados" pela lei.
Desde a 1ª vez q vi Moana achei bem feminista. Ela n aceita ser chamada de princesa, a escrotice machista do Maui ("vc n vai dar conta!") é gritante e por aí vai. Contudo, tem um "easter egg" que mostra, pra mim, que o machismo é um câncer e que achei sensacional!!!
Convenhamos que o Maui é um machista clássico (arrogante/inseguro/inconveniente) que muda de postura ao longo do filme. Sua mudança mais drástica vem de qdo ele recupera o anzol e volta da batalha com Tamatoa, o caranguejo coco. A música "Shiny" traz mta informação sobre isso.
(usando a original pois é mais ligada a essência do filme)
Cara, é inacreditável. No meio da crise do Covid19 a gestão da Petrobrás COVARDEMENTE demitiu 2 trabalhadores da P55, alegando "abandono de emprego", ou seja, pela participação na grande greve do mês passado. Com isso, a empresa dá um claro recado de guerra contra os sindicatos.
Os trabalhadores são meus amigos, trabalham comigo na plataforma P55 e foram pegos totalmente de surpresa. E mais: os trabalhadores a bordo da P55 receberam essa revoltante notícia junto com o recado de que não vão poder desembarcar e devem ficar 21 dias confinados.
Ou seja, o clima a bordo está terrível. Longes da familia e com medo do vírus, os trabalhadores ainda tem que lidar com a retaliação covarde que amigos sofreram. Nesses 10 anos de empresa nunca vi uma atitude tão irresponsável.
A decisão do ministro Ives Gandra, do TST, que autoriza a Petrobrás a "sanções disciplinares" contra os grevistas é um caso à parte. Trata-se de um jabuti no alto da árvore. Mas, diferentemente da anedota, todos sabem quem colocou o bicho lá.
A enorme vontade de destruir a Petrobrás, em favor das grandes empresas do petróleo, não e nova. Mas a decisão de Ives, em 17 de fevereiro é uma novidade, e uma variável a mais.
A greve começou porque a Petrobrás assinou, em 4 de novembro de 19, cláusula coletiva se comprometendo a não promover demissão em massa, e... demitiu. Quando assinou o acordo, a empresa já havia se decidido por fechar a Fafen-PR, e demitir em massa seus empregados. Mentiu!