MENTIRAS DE HANS RIVER, A THREAD
Em depoimento prestado nesta terça-feira (11) à CPMI das Fake News no Senado, um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp mentiu e insultou a repórter da Folha Patrícia Campos Mello.
Siga o fio para entender:
Hans River trabalhou para a Yacows, empresa especializada em marketing digital, durante a eleição de 2018. Ele foi convocado a prestar depoimento na comissão parlamentar mista de inquérito que investiga a disseminação de notícias falsas no pleito www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/…
Reportagem da Folha, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos de Hans, mostrou que uma rede de empresas, entre elas a Yacows, recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips e garantir o disparo de mensagens em benefício de políticos.
A Folha falou diversas vezes na ocasião com Hans. Nas primeiras conversas, ele disse que não sabia quais campanhas se valeram da fraude, mas reafirmou o conteúdo dos autos e respondeu a perguntas feitas pela reportagem www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/…
No dia 25, ele mudou de ideia após fazer acordo com a antiga empregadora, o que foi registrado no processo no dia 27. "Pensei melhor, estou pedindo pra você retirar tudo que falei até agora, não contem mais comigo", disse, em mensagem de texto www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/…
Nesta terça, ele deu informações falsas à CPI e insultou Patrícia Campos Mello, uma das autoras da reportagem. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, aproveitou a fala de Hans para fazer insinuações contra a repórter da Folha.
"Eu não duvido que a senhora Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha, possa ter se insinuado sexualmente, como disse o senhor Hans, em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro", afirmou Eduardo Bolsonaro www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/…
O Código Penal estipula que fazer afirmação falsa como testemunha em processo judicial ou inquérito é crime, com pena prevista de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Na condição de testemunha, Hans se comprometeu em falar a verdade à comissão.
Em nota, a Folha rebateu os ataques a seu jornalismo na CPMI das Fake News.
As mentiras contadas por Hans podem ser verificadas nas conversas abaixo (as falas dele estarão sempre entre aspas e as mentiras rebatidas na sequência)
Hans River do Rio Nascimento: “Só um detalhe. Eu não encaminhei nada para a Folha. Eu entrei com a ação trabalhista, e de alguma maneira a Folha de S.Paulo conseguiu o processo inteiro.”
Mentira. O processo é público e Hans encaminhou para a repórter documentos, áudios e fotos
“Falei ‘pô, tô lançando um livro aí. Esse livro vai ser bacana’. De repente, essa jornalista entrou em contato comigo, falando a respeito do meu livro. Eu fiquei até assim, falei ‘bacana, vai me entrevistar, vai querer saber sobre meu conteúdo, né.’ E ela vem até mim."
Mentira
A reportagem procurou Hans pela primeira vez, por mensagem de WhatsApp, para falar sobre o processo trabalhista que ele movia contra a empresa Yacows.
"'Ah, mas eu quero ver seu notebook.’ Aí ela falou: ‘eu tô com todo o seu processo na mão’. Eu falei: mas como assim você está com todo o meu processo na sua mão e como você conseguiu meu telefone? Ela não informou. Até hoje eu não sei como ela pegou meu telefone e o processo"
Nova mentira. O processo trabalhista é público. A reportagem pediu para ver o notebook porque Hans afirmou ter muitas fotos e vídeos. Posteriormente, ele enviou esses arquivos à reportagem www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/…
“O mais estranho é falar que eu cheguei na Folha de S.Paulo e entreguei um conteúdo que eu entreguei para o fórum trabalhista, entendeu?"
Mentira. Hans enviou à Folha dezenas de fotos, vídeos e uma planilha com nomes e CPFs usados pela Yacows
"Tanto que, quando bateu o dia seguinte, eu tava em casa e falei: vou na Folha de S.Paulo para saber se ela realmente é jornalista e se ela trabalha lá. Quando eu cheguei na Folha de S.Paulo, fui tratado de uma maneira assim, tipo: ‘mas ninguém te chamou aqui’"
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"Eu falei: ‘estou procurando essa moça aqui’. E ela desceu e me levou para redação. Houve uma discussão na redação. Quando virei as costas e fui embora, ela publicou tudo isso aí dizendo que eu cheguei na Folha entregando a notícia para ela. E eu não entreguei nada para ela.”
Mentira. No final de novembro de 2018, Hans enviou à reportagem dezenas de fotos, vídeos, troca de mensagens e uma planilha. Ele mudou de ideia após fechar um acordo com a Yacows www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/…
“Porque a própria jornalista acabou com o meu nome inteiro. Colocou no jornal falando coisa que eu não tinha nem falado. (...) Falando que eu estava fazendo campanha do Bolsonaro e eu não tinha feito, do Doria e eu não tinha feito.”
"Eu vou deixar mais claro, mas muito mais claro, porque eu acho que eu não fui muito direto nessa situação da jornalista. Ela queria sair comigo e eu não dei interesse para ela. [...] E quando eu cheguei na Folha...
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quando ela escutou a negativa, o destrato que eu dei e deixei claro que não fazia parte do meu interesse, a pessoa querer um determinado tipo de matéria a troco de sexo, que não era a minha intenção, que a minha intenção era ser ouvido a respeito do meu livro, entendeu?"
Mentira. A repórter nunca se insinuou para Hans. Desde o primeiro contato, ela afirmou que fazia uma reportagem sobre o processo trabalhista. Conforme mostra reprodução da conversa, parte dele o convite para assistirem um show. A repórter não responde e não vai ao show.
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“Colocamos o Brasil de pé”, disse Guedes em entrevista. Economia do país, porém, recuou 0,1% no último trimestre. O Ministro também fez diversas afirmações otimistas ao longo do governo e que nunca se concretizaram. Siga o🧶e leia: bit.ly/3dKmeCz
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Há 50 anos, 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, foi reivindicada como data de celebração da Consciência Negra no Brasil, em contraposição ao 13 de Maio
Pauta racial ganha espaço nas empresas, mas números ainda são ruins; embora a agenda ESG impulsione compromissos de inclusão, sair do discurso é o maior desafio
Presença de negros em liderança de empresas não melhorou no Brasil, diz empresária; Liliane Rocha alerta para o que chama de 'diversitywashing', que pode ser comparado ao 'greenwashing' (@JoanaCunhaO)
Local em que presidente Jair Bolsonaro morou com ex-mulher no Rio de Janeiro aparece em registros de quatro supostos "funcionários fantasmas" do vereador Carlos Bolsonaro. Siga o fio e saiba mais em: bit.ly/3kd4eox
Foto: Geraldo Magela | Agência Senado
Na época em que morava no local, Jair Bolsonaro estava casado com a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, que é investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de ser a articuladora de um esquema de “rachadinha” no gabinete de Carlos bit.ly/3htmoR0
As informações do endereço dos supostos "funcionários fantasmas" fazem parte dos documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro que levaram à quebra de sigílo bancário de Carlos, da ex-mulher do presidente e de outras 25 pessoas, além de sete empresas bit.ly/3htmoR0
Manifestantes vão às ruas pelo país em atos contra Bolsonaro neste domingo (12). Pela manhã, grupos começaram a se reunir no Rio e em Belo Horizonte.
Acompanhe a cobertura neste fio.
📸Luís Costa/Folhapress
Há atos previstos em 15 capitais, com foco especial dos mobilizadores para as que tiveram grandes multidões nas manifestações da última terça (7), que incluíram bandeiras antidemocráticas e discursos autoritários de Bolsonaro.
O principal será na av. Paulista, a partir das 14h.
Acompanhe a cobertura completa também no site da Folha
NO CALOR DO MOMENTO | Dois dias após atacar o STF com ameaças golpistas, o presidente Jair Bolsonaro divulgou uma nota nesta quinta (9) na qual atribui palavras "contudentes" anteriores ao "calor do momento". Listamos outros momentos em que Bolsonaro foi tomado pela emoção: 🧶
Jair Bolsonaro, no calor do momento em 8.jul.2021 a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada
Jair Bolsonaro, no calor do momento em 9.jul.2021 em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada
Em 11 de setembro de 2001, não havia celulares com internet nas mãos de todos, ainda assim, milhões assistiram a dois aviões derrubarem as Torres Gêmeas, no centro comercial mais importante dos EUA. Isso foi há 20 anos. Siga o fio e leia mais em: bit.ly/3A2obDU
Na ocasião, aeronaves sequestradas se chocaram contra as Torres Gêmeas e o Pentágono. Atentados cuja autoria foi assumida por terroristas ligados à Al Qaeda, que tinha como porta-voz Osama bin Laden. Saiba como foi, minuto a minuto: bit.ly/3lbv7Z2
Às vésperas do maior ataque terrorista contra os EUA completar 20 anos, a Justiça americana retomará o julgamento dos réus do 11 de setembro. Cinco homens serão julgados, entre eles Khalid Sheikh Mohammed, acusado de ser o autor intelectual dos atentados bit.ly/2VwjNOt