Pronunciamento de Bolsonaro foi um pout-pourri mal cozido de satisfações aos seus apoiadores; falou de armas aos armamentistas; isenção de fiscalização mais rigorosa para caminhoneiros e taxistas; escola religiosa pra base evangélica; vans para quem a gente bem sabe, etc...
(...) Dialogou com o senso comum de sua base ao reafirmar a sua autoridade e ao apresentar Moro como alguém que está preocupado com a biografia e não com o Brasil. Busca redefinir a persona de Moro, apresentando-o como um carreirista individualista em contraposição a ele (..)
(...) alguém simples, humilde, que se submete a sacrifícios, mas que não aceita abrir de sua autoridade. Continua se identificando como arquétipo - com o perdão de um uso vulgar do conceito - do pai de família médio brasileiro. Em suma, em dificuldades e sob ataque cerrado (...)
(...) luta para segurar o núcleo duro de sua base de apoio. Penso que agirá em duas frentes agora: buscará ampliar sua força nos setores mais populares usando a crise econômica que se avoluma e tentará constituir uma base na Câmara dos Deputados(...)
(...) que bloqueie o impeachment. Pra isso tem a máquina e uma base de apoio popular q diminui, mas que continua relevante, o q dá algum conforto aos dep. q quiserem aderir. Se não continuar errando e se a tragédia do C19 não explicitar a imensa irresponsabilidade de seu governo
(...) pode sair ileso. Qual o maior problema disso? Já temos um governo irresponsável, que opera, na prática, a favor do vírus. Agora teremos um governo Zumbi, cuja lógica será apenas a sua sobrevivência. TODAS as forças democráticas precisam conversar para que o país (...)
se livre deste pesadelo e possa enfrentar o vírus, garantir a retomada econômica e repactuar um compromisso com a democracia, ameaçada permanentemente pelo governo atual.
Lembrando que para bloquear o impeachment não precisa de maioria, necessita apenas de 1/3. Para alguém que não está preocupado em governar o país, apenas em sobreviver, é o suficiente.
