1. Em 7/4, escrevi no blog no @g1 que Mandetta tinha sido chamado para uma reunião no Planalto p/ que o uso de cloroquina fosse chancelado pelo governo federal. Se recusou a assinar. É disso que se trata o ‘impasse’ de Bolsonaro com ministros da Saúde: Mandetta e, agora, Teich.
2. 6/4: Mandetta foi puxado para uma reunião paralela, no Planalto, com a presença de ministros e da médica Nize- que defende cloroquina. Mandetta observou um papel e um decreto redigido, com termos em que a pessoa que assinasse poderia usar a cloroquina contra o coronavírus.
3. Mandetta entendeu que aquela conversa era uma reunião para cloroquina fosse chancelado pelo governo, nos moldes de uma receita. Ou seja: uma decisão política para uma questão científica.
4. Diante da insistência da médica, Mandetta repetiu duas vezes aos presentes que não assinaria decreto algum como autoridade de Saúde do governo.
5. Disse Mandetta, na reunião: ““Vocês vão me dar licença que eu preciso trabalhar. Cuidado para não colocarem o presidente em uma gelada. E, digo mais, se o governo editar esse decreto, eu saio do governo e vou dizer todo dia que foi feito sem o aval do Ministério da Saúde”
6. Um mês depois, mudou o ministro mas não mudou a obsessão de Bolsonaro. Teich sai pelo mesmo motivo que Mandetta: não aceitou chancelar cloroquina como política, ouviu de especialistas dos perigos dos efeitos colaterais e ficou com a ciência.
