1. Lula apanha sem dó desde que começou a criticar a taxa de juros. No dia 1º, o Copom contrariou o governo e manteve a Selic em 13,75% ao ano. Ao reclamar da decisão, o presidente entrou na mira da elite financeira e de seus porta-vozes oglobo.globo.com/blogs/bernardo…
2. “Isso é quebrar o termômetro”, condenou o empresário Flávio Rocha. “É lamentável ver o chefe do Executivo atacando a independência do BC”, endossou o banqueiro Ricardo Lacerda. Os dois pediram votos para Bolsonaro, mas posam de analistas isentos no noticiário econômico
3. O sumido João Amoêdo reapareceu para dizer que Lula precisava de “aulas de economia” — só de liberais, claro. O ex-presidenciável do Novo aderiu ao bolsonarismo, tentou dar meia-volta e foi chutado do partido que criou, mas ninguém disse que ele precisava de aulas de política
1. Aos 77 anos, ele enfrentou a extrema direita, resistiu a uma enxurrada de fake news e conseguiu derrotar um presidente capaz de tudo para se manter no poder. Depois da vitória, ainda viu apoiadores do rival invadirem o Congresso para tentar um golpe oglobo.globo.com/blogs/bernardo…
2. Joe Biden viveu tudo isso na virada de 2020 para 2021. Dois anos depois, a história se repetiria com Lula. “O que fizeram no Brasil foi uma cópia do que fizeram nos EUA. Parece que nem atualizaram o software do Steve Bannon”, ironiza o ex-chanceler Celso Amorim
3. A democracia deve ser o principal tema do primeiro encontro dos dois presidentes, nesta sexta-feira. Lula é grato a Biden pelo reconhecimento imediato de sua vitória e pela condenação dos atos golpistas do 8 de Janeiro
1. O general Sérgio Etchegoyen está enfezado. Acha que os golpistas do 8 de Janeiro viraram vítimas de injustiça. Em entrevista à TV Pampa, o ex-ministro esbravejou contra os tribunais, o governo e a imprensa. Ao comentar os ataques à democracia, usou eufemismos como “acidente”🧶
2. O militar chefiou o GSI no governo Temer. De volta à planície, continuou a ser ouvido como porta-voz da caserna. A exemplo de Bolsonaro e seus apaniguados, ele nutre pouco apreço pelo Judiciário. Considera que o STF e o TSE “carecem de credibilidade”
3. Para Etchegoyen, os juízes do Supremo são “apaixonados por microfones” e gostam de “falar mal do país lá fora”. “Isso é inaceitável”, condenou. Sobre os extremistas que atacam o sistema eleitoral, ele emitiu opiniões mais amenas. “É legítimo duvidar do resultado”, disse
1. Jair Bolsonaro não está morto, mas suas ações despencaram no mercado futuro. O capitão saiu das urnas com 58 milhões de votos e uma tropa reforçada no Congresso. Três meses depois, amarga um cerco judicial e começa a ser abandonado por aliados 🧶
2. O Supremo incluiu o ex-presidente no inquérito que investiga os ataques golpistas do 8 de Janeiro. Em outra frente, o TSE acrescentou novas provas aos processos a que ele responde por crimes eleitorais
3. Com o fracasso da intentona fascista, Bolsonaro pode ser preso e ficar inelegível — não necessariamente nesta ordem. Isso precipitou a disputa por seu possível espólio em 2026
Lula anuncia que o interventor federal no DF será Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça. Na prática, isso significa que o ministro Flávio Dino dará as ordens na segurança pública da capital federal
"Houve incompetência, má vontade ou má-fé de pessoas que cuidam da segurança do DF", diz Lula
A invasão do Congresso por extremistas de direita é uma crise anunciada. O governador do DF entregou a Secretaria de Segurança ao delegado bolsonarista Anderson Torres, ex-ministro da Justiça 🧶
O ministro da Defesa do novo governo, José Múcio Monteiro, apostou na acomodação. Afagou os bolsonaristas e classificou os acampamentos pró-golpe como “manifestações da democracia”. Segundo Múcio, as concentrações em frente aos quartéis iriam “se esvair” naturalmente
Na reunião ministerial de sexta, Múcio repetiu o discurso de que os acampamentos golpistas já estavam se desmobilizando. Dois dias depois, os extremistas invadem o Congresso, mostrando que o ministro estava errado oglobo.globo.com/blogs/bernardo…