Na exposição “Hannah Arendt e o século XX”, no @DHMBerlin, há uma parte dedicada aos principais aspectos de suas teorias. Aqui, ao tratar das origens do totalitarismo, Arendt busca mostrar como o genocídio praticado pelos europeus na África se ligaria ao extermínio dos judeus. 
A desumanização, a escravidão e o extermínio praticado pelos europeus são colocados por Arendt como elementos que se encadeiam para, a partir do racismo e do imperialismo, com o elemento antisemita, desencadear o Holocausto
Nas imagens, fotos de prisioneiros do campo de concentração de Buchenwald são contrastadas com fotos de indivíduos na Namíbia, submetidos ao jugo dos colonizadores alemães. A semelhança das imagens fala por si.
Desumanizar o indivíduo e determinar sua inferioridade a partir de critérios raciais foi uma estratégia largamente empregada pelos colonizadores, que, em sua pulsão imperialista, aniquilou povos e tornou o extermínio uma política de Estado.
Esta lógica genocida informou o totalitarismo em todo seu desenvolvimento, e era sustentação ideológica que visava, pela negação da humanidade do outro, afirmar a unidade de uma nação de indivíduos superiores.
Como Arendt posteriormente vai demonstrar em “Origens do Totalitarismo”, o martírio dos povos colonizados e o extermínio justificado por políticas racistas, determinaram que havia homens supérfluos e descartáveis, que deveriam ser exterminados da face da Terra
É com base nisto que ela vai defender que a política, para não descambar em sistemas totalitários, deve respeitar o fato de que a pluralidade é a lei da Terra
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