Amigos(as) gostaria de dar uma super dica de leitura pra vocês. O livro “nove clássicos do desenvolvimento econômico” da professora @ProfFercardoso Fernanda Cardoso, explico melhor porque nesse fio (1/7)
A professora dedica um capítulo à cada “pioneiro” do debate sobre desenvolvimento econômico de forma plural, passando por teóricos ainda presos a uma perspectiva de “equilíbrio” e caminho no espectro teórico até chegar ao marxismos (2/7)
É um livro acessível na forma e rigoroso no conteúdo. O livro não quer dispersar a leitura na fonte primária, mas contribuir com a contextualização dos autores, dos seus interlocutores e do seu período histórico para facilitar a leitura na fonte (3/7)
A construção dos capítulos guarda similitude analítica. No percorrido pelos autores os temas da indústria, do papel do Estado assim como as possibilidade de superação do subdesenvolvimento são analisados em cada um dos pioneiros (4/7)
O capítulo sobre Raul Prebisch tem a melhor explicação para a tese da deterioração dos termos de troca que eu já vi. As informações são tão profundas que não consegui escolher o que sublinhar, tudo era de uma precisão fantástica. (5/7)
O livro está em promoção na Amazon e é daqueles livros que vocês consultará ainda muitas vezes nessa vida se você, assim como eu, é um estusiasta do desenvolvimento econômico e um compromissado com a nação brasileira (6/7)
Por fim o livro em questão é uma “arma” na batalha das ideias. Nesses tempos de crença cega no livre mercado; na vocação agrícola; da negligência da industrialização e na negação da consecução de um projeto nacional de desenvolvimento esse livro é um alento! (7/7)
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Para refletir: há uma parte da esquerda que, com razão, cobra do Lula mais ousadia na apuração de crimes contra a pátria. Bradamos: “sem anistia”; queremos apurraçao da tentativa de golpe em 8 de janeiro; comemoramos a ineligibilidade de Bolsonaro. Só que parte desses (1/
Chamam o governo Venezuelo de Ditatorial por fazer, exatamente, isso. A direita golpista, la, ainda foi muito além. Fizeram coro com as mais de 900 sanções internacionais que atingem o país, que ferem o acesso, inclusive, a alimentação. Há um cenário de guerra (2/
Houve congressista que se autodeclarou presidente e causou uma enorme instabilidade política e econômica, com muitos impactos na vida das pessoas. Ainda assim, na Venezuela chavista (ultimos 25 anos) houve 31 eleições. Nenhum paíse teve tanto chamado as urnas (3/
A pedidos (ninguém pediu) aqui vai minha opinião: péssimo esse estigma de que Haddad é uma “taxador” de pobre. Sobretudo pensando se o exemplo forem as importações de bens de consumo (o que deixou de existir nos anos 90). Mas isso aconteceu, xingar as pessoas nao muda o fato (1/)
Essa imagem hypou, por motivos tacanhos, principalmente pela oposição liberal de direita. O melhor a fazer é pensar em como elaborar bons argumentos que envolvem, por um lado, fazer a crítica ao peso dos tributos sobre o consumo na arrecadação agregada. Ela é muito elevada (2/n)
E, por natureza, regressiva. Isso é diferente de taxar importação. Isso é isonomia tributária. Mas os tributos sobre consumo são, sim elevadíssimos e produzem desigualdade. Para reduzi-los e não comprometer as necessidades fiscais do Estado, é necessário aumentar a tributação (3/
Cansada de discussões supéfulas e desrespeito nessa rede, mas aqui vão meus dois segundos de prosa. 1. Quem toma “neoliberalismo” no abstrato da teoria comete o primeiro erro: as definições são produto da realidade concreta. Ainda que os (1)
Neoliberais tenha criado a ideia de “políticas sociais focalizadas” como o bolsa família, no Brasil o programa adquire caráter distinto. A idéia dos neoliberais é SUBSTITUIR as políticas universais pelas focalizadas. Nos governos Lula o bolsa família caminhou CONJUNTAMENTE (2)
Com o fortalecimento das políticas universais, em especial ampliando a educação pública, a saúde, recuperando os gastos com seguridade social ao atrelar os aeis benefícios ao salário mínimo que CRESCEU 76% em termos REAIS (descontada a inflação) (3)
O Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (CECON/Unicamp) escreveu uma nota comparando o poder de compra do salário mínimo nos governos Lula e Bolsonaro (segue o fio 🧵)
A política de reajuste do salário mínimo é um dos principais determinantes da condição de vida da maioria da população brasileira. Na última Pesquisa da PNAD contínua, quase 70% da população auferia um salário mínimo ou menos como renda domiciliar per capita.
Além disso, o piso dos benefícios do sistema de pensões e aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o salário mínimo. Assim, 59,4% dos beneficiários do Regime Geral, ou quase 19 milhões de aposentados e pensionistas, recebem salário mínimo.
O RISCO DE ACHAR QUE O OUTRO LADO NÃO JOGA: tenho visto aqui algumas ponderações sobre a expansão, também privada, do ensino superior. O argumento é que esses estudantes, pela composição dos currículos , viraram neoliberais e bolsonaristas (🧵)
O erro, na minha opiniao, dessa associação é, em primeiro lugar, que ela pressupoem que nosso trabalho militante não é o de disputar esses estudantes, mas de interditar seu acesso. Segundo, parece que tudo isso sao erros do PT, como se o outro lado nao jogasse
Parece que antes do ProUni e Fies nós estávamos a beira do socialismo, e foram os monopolios privados que “despolitizaram” e “endireitaram os estudantes”. Os estudantes das excelentes universidade privadas e mesmo das públicas também votaram em bolsonaro
O mais importante é que o FIES e o Prouni nunca “substituiram” os investimentos e ampliação no ensino superior público. Aqui tem curto e longo prazo. Temos que ofertar vagas para os filhos da classe trabalhadora HOJE, ao mesmo tempo em que ampliamos o ensino público. 🧵
A construção de universidades e a sua ampliação levam tempo. O REUNI é esse planejamento de longo prazo. Mas foi muito importante o Pouni e o Fies porque meus colegas do julinho acessaram a universidade assim. A palavra é contraditório, no melhor sentido do termo.
A contradição ocorre porque os grupos privados se assentam nessa desoneração de tributos, mas essas são as contradições do capitalismo subdesenvolvido e o do Brasil onde ensino superior sempre foi privilégio da classe média.