RACIONALISMO DOGMÁTICO (RENÉ DESCARTES)
- Considera a razão a fonte principal do conhecimento, a fonte do conhecimento verdadeiro, caracterizado por ser logicamente necessário e universalmente válido.
- Seria possivel superar os argumentos dos cépticos, para os quais o conhecimento não é possível.
- A origem é exclusivamente racional.
- Talvez seja possível seguir um método inspirado na matemática para a conquista da verdade.
- Permitiram guiar a razão (bom senso)
- Orientam devidamente as operações fundamentais do espirito
1. INTUIÇÃO: é um acto de apreensão devidamente directa e imediata de noções simples, evidentes e indubitáveis.
- A necessidade da existência de uma ordem entre os vários pensamentos radica no facto de a sabedoria humana permanecer una e idêntica. A ela se reduzem todas as ciências. É necessário procurar os fundamentos das ciências.
- Traduz um momento importante do método.
- Instrumento de luz natural ou razão, a dúvida é posta ao serviço da verdade.
- É necessário colocar em causa, no processo de busca dos príncipios fundamentais e indubitáveis.
- Preconceitos e juízos precipitados
- Sentidos enganam
- Discernir o sonho da vigília
- Demonstrações matemáticas
- Deus enganador ou um génio maligno
- Dúvida metódica e provisória: É um meio para atingir a certeza, não constituido um fim em si mesma (tipica dos filosofos cépticos).
- Dúvida Hiperbólica: Rejeita tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.
- Tem uma função catártica, já que liberta o espírito dos erros que podem perturbar ao longo do processo marcado pela autonomia, alcançe príncipios evidentes universais.
- Pertinem que libertem de preconceitos e opiniões erróneas, a fim de ser possível reconstruir, com fundamentos sólidos, o edíficio do saber.
- Decorre a natureza absolutamente verdadeira da afirmação PENSO, LOGO EXISTO.
- O critério de verdade consiste na evidência, ou seja, na clareza e distribuição das ideias.
- O clareza diz respeito à presença da ideia ao espírito.
- A distribuição significa seperação de uma ideia relativamente a outras, de tal modo que a ela não estejam associados que não lhe pertençam.
- O cogito determina uma excepção à universidade da dúvida, há pelo menos uma realidade da qual não pode duvidar, a própria existência.
- A natureza do sujeito consiste no pensamento.
- Apesar de evidente, o conceito não é suficiente para fundamentar o edifício do saber.
- A certeza PENSO, LOGO EXISTO é uma certeza subjetiva.
- As ideias, presentes no sujeito, possuem um conteúdo que representa alguma coisa.
- Entre as deias natas encontra-se a noção de um ser omniciente, omnipotente e sumamente perfeito.
- A ideia de ser perfeito servirá de ponto de partida para a insvestigação relativa à existência do ser divino.
1º UM SER PERFEITO: A existência é uma dessas perfeições. Por consequência, deus existe. O facto de existir é inerente à essência de Deus, de tal modo que existe que este ser não pode ser pensado como não-existente. ->
- O sujeito finito apercebe-se de que não possui o poder de se conservar no seu próprio ser tal só aconteceria se ele fosse a causa de si mesmo.
- Sendo perfeito, Deus não necessita de ser criado por outro ser.
- Deus. sendo perfeito, não é um ser enganador, pelo que encontram libertos da dimensão hiperbólica e mais corrosiva da dúvida. Deus é a garantia da verdade objetiva das ideias claras e distintas. ->
- Deus é omnipotente, eterno, omnisciente e, embora sendo criador do universo, não é autor do mal, nem é responsável pelos erros.
- Relativamente ao erro, importa sublinhar que, se é verdade que na formação de juízos o entendimento tem um papel fundamental, o certo é que a vontade se torna necessária para dar o consentimento aos juízos que o entendimento aos juízos.
1º SUBSTÂNCIA PENSANTE: essencial ao pensamento.
2º SUBSTÂNCIA EXTENSA: essencial à extensão.
3º SUBSTÂNCIA DIVINA: essencial é a perfeição.
- Usou um método que pertimiu fundamentar o conhecimento humano.
- As ideias fundamentais são inatas, opondo-se à diversidade empírica.
- A razão é capaz de alcançar verdades universais, traduzidas no conhecimento claro e distinto.
1. A existência do pensamento (ALMA)
2. A existência de Deus e a consideração dos seus atributos
3. A existência de corpos extensos em comprimento, largura e altura.
- Não é responsável pelos erros do ser humano
- Legitima o valor da ciência
- Confere validade e obejtividade ao conhecimento.
- Procurou o dogmatismo do realismo ingénuo, assim como a submissão, sem exame, a qulaquer tipo de autoridade.
- Acaba por poder enquadrar no âmbito do dogmatismo, opondo-se assim ao cepticismo de DAVID HUME.
- Pensa que a capacidade cognitiva do entendimento humano é limitada, não existindo nenhum fundamento metafísica para o conhecimento.
- As várias percepções humanas são classificadas segundo o critério da vivacidade e da força com que são susceptíveis de impressionar o espírito.
- A percepção de algo presente aos sentidos é sempre mais viva do que a sua imaginação ou representação.
- Pode afirmar-se que o mais vivo pensamento é ainda inferior à mais baça sensação.
- As ideias e as impressões são elementos do conhecimento. Por isso, todo o conheicmento deriva da existência.
- Toda a realidade se pode reduzir à multiplicidade das impressões e das ideias, bem como das relações entre elas.
- Não há conhecimento fora dos limites impostos pelas impressões.
- O que de facto existe são ideias particulares, com as quais evoca outras ideias semelhantes.
- O conhecimento das relações que existem entre as ideias (RELAÇÕES DE IDEAIS).
- O conhecimento de factos (QUESTÕES DE FACTO).
- Estes conhecimentos apresentam um carácter evidente, traduzindo-se em proposições analísticas e necessárias.
- Negar essas proposições implica contradição.
- O conhecimento humano refere-se a factos.
- A ordem e a regularidade das ideias assentam em pricípios que permitem uní-las e assocía-las.
- A semelhança
- A continuidade no tempo e no espaço
- A causalidade (causa e efeito)
- É justamente na relação da causa e efeito que se baseiam os raciocínios acerca dos factos.
- A ideia de causa é aquela que preside às inferências acerca de factos futuros.
- A relação de causa e efeito é geralmente entendida como sendo uma conexão necessária.
- Não dispõe de qualquer impressão relativa à ideia de coenxão necessária entre fenómenos.
- A única coisas que percepciona foi que entre dois fenómenos se verificou um sucessão constante (um deles ocorrer sempre a seguir ao outro).
- Os objetos externos podem igualmente dizer-se das operações da mente sobre o corpo.
- Trata-se apenas de uma crença, no sentido de suposição ou de probabilidade.
- Tem funcionamento psicológico (HÁBITO OU COSTUME).
- O hábito é um guia imprecindível da vida prática, mas não constitui um princípio racional.
- A inferência causal apenas se pode aceitar quando é estabelecida entre impressões.
- Não é legitimo passar das impressões para algo de que nunca tenham limitar à experiência.
- Considerada que não se deve recorrer a qualquer tipo de intuição para justificar a sujeito imutável dos vários actos psíquios.
- Verifica-se a sucessão e a mutabilidade.
- Apresenta um carácter de permanência.
- As percepções continuem a única realidade acerca da qual dispõem de algumas certeza.
- As únicas inferências válidas que podem produzir devem ser baseadas na relação de causa e efeito estabelecida apenas entre as percepções.
- São a coerência e a constência de certas percepções que levam a acreditar que há coisas externas, dotada de uma existência contínua e independente.
- Conclui que não existe um ser cuja existência esteja à partida demonstrada.
- O argumento ondológico é desde logo excluído nos princípios da causalidade são criticadas por chegar a Deus não é objecto de qualquer impressão.
- Traduz-se nas seguintes consequências:
1. O FENOMENISMO: dado que é conhecida, a realidade acaba por se reduzir aos fenómenos, qualquer princípio, ou fundamento, susceptível de conferir unidade e conexão às percepções e que elas se diferencie.