No bate-papo com o Alexandre Laureano abordamos assuntos importantes. Entre eles, a confusão pelos direitos de transmissão dos jogos, os fatos estranham que circundam o processo eleitoral do Vasco e a reforma do estatuto do clube... Siga o fio. #Leven2020
Discussão dos direitos de transmissão: Achei a postura do Vasco bastante equivocada, pois servir de estepe para o rival não é o papel histórico do Vasco. O Vasco, inclusive, sempre foi defensor dos clubes pequenos. Quando se fala de competição esportiva, trata-se de coletividade.
A FFERJ deveria exercer seu papel de moderador e cumpridor do contrato de transmissão e não de auxílio a um clube. Esse erro estratégico da federação abre a possibilidade de, em um futuro muito próximo, se debater a criação de uma liga.
Falta representatividade ao Vasco em relação aos clubes, às entidades esportivas, ao governo... O Vasco precisa ser respeitado, mas para isso precisa ser representado. Essa representatividade institucional é estratégica para devolver o protagonismo ao Vasco.
Sobre o processo eleitoral e a falta de transparência: Quem não deve não teme. Toda essa postura do nosso presidente em postergar, dificultar o acesso à lista, gera uma suspeita que a lista pode ter sido manipulada mais uma vez.
Durante a pandemia, aumento de sócios... É normal? Claro que não, essa lista precisa ser vista. Precisamos de uma eleição limpa. Espero que a junta eleitoral tenha acesso a lista. Sócios que não estavam votando nas eleições anteriores votando... a gente fica preocupado.
Sobre a reforma do estatuto: Não há quem não defenda. Em geral a reforma é muito boa. Ela permite que o clube possa ser parte de sociedades empresárias, por exemplo. Ela estabelece a obrigatoriedade de um código de ética e integridade.
A reforma também estabelece a responsabilização do dirigente por gestão temerária; obrigação de cumprir o orçamento do ano anterior; aumenta o conselho fiscal, o que democratiza o clube; o combate ao preconceito de forma expressa, estatutária, que é uma marca do Vasco.
Não consigo entender quem seja contra a reforma do estatuto, a não ser quem participa ou participou dessa gestão que teve as contas reprovadas. Quem faz lobby para que a reforma não seja aprovada, provavelmente está preocupado com algo que tenha sido feito nessa gestão.
