#alesp está em pauta com PL que faz do Pe. José de anchieta, patrono da educação em SP// Sempre que vejo essa imagem na Rua Consolação, centro de SP, na EE Marina Cintra, observo o constante conflito entre a presença ou não da intervenção, que remete à sangue compondo a imagem👇🏾 
Aprendi com a história crítica a revisão dos ditos grandes fatos e que cenas como essas, de um padre “ensinando sua verdade”, confirmam o epistemicídio que, em miúdos, quer dizer o assassinato da cultura, do conhecimento. 👇🏾
A imagem mostra a invasão, o saqueio e a imposição de um Brasil eurocentrado cristão goela abaixo dos povos originários à base de toda violência possível. 👇🏾
A Europa, quando invade as Áfricas e as Américas, não vai apenas com força bélica, ela leva arte, religião e ciência. Todo aparato para capturar e dominar o que eles disseram como “outros”, o que, no caso, somos nós. 👇🏾
Na #Alesp, tá em pauta o PL 976/2019 que pretende dar ao Pe. Anchieta o título de patrono da educ em SP. Reparem: de tudo sabido do colonialismo, ratifico com trechos das cartas de Anchieta em que se refere ao povo Tupinambá como “inimigos carniceiros, selvagens e animalescos”👇🏾
Das inúmeras atrocidades consumadas na imposição da catequese, Anchieta tb se vangloria do conflito entre indígenas p proteção do catolicismo:👇🏾
“E foi coisa maravilhosa que se achavam e encontravam a flechada irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios e mais ainda dois filhos que eram cristãos e estavam do nosso lado contra seu pai que estava contra nós”. A pesquisa está no artigo de José Ribamar Freire👇🏾
É um ultraje! Qdo propus o #pl404 foi exatamente para rever a história não contada de nossos ancestrais, e não reincidir nestes erros. O debate sobre patrimônio e direito à memória não é sobre esculturas apenas.👇🏾
É sobre devolver humanidade, narrar os fatos e ouvir as vdd presentes nestas obras. O PL 976/2019 do Anchieta, além da tentativa de apagar Paulo Freire, atual patrono e responsável por uma pedagogia revolucionária, 👇🏾
quer reconstruir um inaceitável imaginário de Brasil colonial em que indígenas são “tábuas rasas”, “cera virgem” sic, à espera de um homem branco salvador. Isso não é apenas um projeto de lei, é a mais nítida disputa de imaginários.
