Tolerância às drogas: a dose rotineira não causa o mesmo efeito que costumava fazer. No caso das barbaridades políticas e socioeconômicas, a gente tem chamado isso de "normalização".
Não fez efeito maior o mensalão da Michelle.
Vide sequência
www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
Não fez efeito maior o mensalão da Michelle.
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1/A família presidencial recebia dinheiro furtado da Assembleia do Rio, por meio de um agregado da milícia, se não ele mesmo miliciano, o Queiroz, compadre de um pistoleiro, Adriano, condecorado pelos Bolsonaro. É velho, sabido, mas não convém se acomodar a isso.
2/Os generais nem mais disfarçam que essa história de "projeto nacional" é cascata. Esses que estão no governo são incapazes de repetir mesmo a arenga intelectualmente pobrinha de seus antecessores, aquelas conversas de geopolítica, poder nacional e desenvolvimento.
3/A causa deles é corporativismo, mais explícito que o de qualquer casta da alta burocracia: mais salário e aposentadoria, gratificações, boquinhas para parentes, verbas para armas, "reconhecimento" para o "combate histórico" contra o "comunismo". De quebra, propaganda da tortura
4/Para conseguir essas coisas, os generais do Exército sustentam essa família presidencial, negociam com mensaleiros presidiários do centrão etc.
5/Parte mais limpinha do establishment e seus economistas justificavam a adesão a essa imundície com a desculpinha do ajuste fiscal. Agora, nem isso vai ter, provavelmente.
6/A coluna trata da acomodação nacional a essas e várias outras desgraças. Acomodação ao horror é um mote do Brasil, aliás, faz tempo: escravidão, racismo, violência, mortes em excesso.
