Vitória dos povos e comunidades de terreiro!
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Depois de muitos anos de luta e de resistência, que tomou vulto ainda maior com a campanha “Liberte Nosso Sagrado”, a Iyalorixá Mãe Meninazinha de Oxum assinou, na última sexta-feira, dia 7 de agosto, o termo de transferência de Fé
objetos sagrados do candomblé do Museu da Polícia para o Museu da República.
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Uma vitória importantíssima dos povos e comunidades de terreiro que se uniram fortemente pela retirada de seus objetos sagrados da alçada militar, permitindo, assim, que um capítulo nefasto da história
do racismo religioso seja contada. A memória e a verdade são elementos fundamentais para superação do preconceito e do racismo.
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Liberte Nosso Sagrado!
. #LiberteNossoSagrado #RespeiteaMinha #40tenaDoAxé
Um dia a morte passou por uma floresta e encontrou uma menina.
A garota, olhando a morte montada em seu belo cavalo, perguntou-lhe:
- Você está perdido também?
A morte olhou para ela, e com um sorriso, ela respondeu:
- Sim, você sabe o caminho de volta (+)
para sua casa?
A garota respondeu:
- Não, mas agora eu não me sinto mais só e com medo, porque você está comigo.
A morte, surpresa, disse a ela:
- Você não tem medo de mim, sabendo quem eu sou?
A garota respondeu calmamente:
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perdi. O que mais me preocupa é que se eu não voltar, minha mãe morrerá pela doença e também a tristeza. Estamos sozinhas em casa. O papai morreu há um ano, e desde então, a mamãe está a cargo de mim e da casa. (👇🏾)
Meu filho, nunca deixe de ter fé, principalmente nos momentos difíceis, pois quando perdemos a fé, perdemos tudo. Nego véio sabe que as coisas não tem sido fáceis pra vosmecê, mas não deixe de acreditar num amanhã melhor, pois tudo passa fio.
É muito fácil ter fé quando tudo vai bem, quando tudo é flores. Mas e quando as provações chegam? Onde está a fé que existia quando tudo estava bem? É difícil, não é fio? Mas é muito mais difícil uma vida sem Deus.
Por isso, tenha confiança nos planos dele, que são muito maiores e melhores que os nossos. E meu fio, nem sempre as coisas acontecem como queremos, mas elas acontecem como precisam acontecer
Hoje é dia Internacional Do Combate à Discriminação Racial. Lembremos hoje que não existe intolerância religiosa sem racismo religioso.
A intolerância religiosa é consequência do racismo estruturalizado em nossa sociedade.
São dois fenômenos inextricavéis.
Lembremos sempre que os negros postos em estado de escravização eram considerados seres sem alma. Inferiores.
Suas crenças eram atrasadas; inoperantes; nocivas; ignobéis.
Os negros tiveram historicamente sua cultura marginalizada e criminalizada. Perseguidos eram os praticantes da "magia negra", ou melhor, "magia dos negros". Que, arbitrariamente, eram presos; quando não eram mortos.
Só para lembrar: o hábito carioca de comemorar a virada na praia começou com os umbandistas, que durante muitos anos ocupavam sozinhos as areias para louvar Iemanjá. A iniciativa de fazer a festa na praia de Copacabana partiu da turma que acompanhava Tancredo da Silva Pinto, (+)
o Tata Tancredo, líder religioso, sambista (foi fundador da Deixa Falar do Estácio) e personagem fundamental da cultura carioca.
Era bonito ver a orla ocupada pelos terreiros e a noite iluminada por velas. O furdunço não excluía ninguém. Conheço ateus, católicas, crentes, (+)
budistas, flamenguistas, tricolores, bacalhaus e botafoguenses que, por via das dúvidas, garantiam ano bom recebendo passes de caboclos e pretas velhas nas areias, com direito a cocares, charutos e sidra de macieira.
Hoje a confraternização nas areias virou atração (+)
Queria destacar o quanto a minha militância em favor de uma desconstrução da imagem eugenista e freyriana da Umbanda de Zelio, me fez bem.
Resgatar as raízes negras da Umbanda, conhecendo personagens NEGROS que são protagonistas da religião, não tem preço.
Pai Gavião, Domingos Umbatá, Luzia, Maria Batayó, Tata Tancredo, Iya Irene, Mãe Beata, Mãe Senhora, Pai Cristovão...
Personagens esses, sejam Umbandistas ou candomblecistas, unidos por um ideal: cultuar a Umbanda Preta, irrisória e não benevolente aos olhos kardecistas e cristãos de Zelio e Cia, mas civilizatória e contundente para quem reconhece sua ancestralidade no chão de um preto velho.
Eu escrevo sobre a Umbanda pelo simples fato de achar um crime o Tancredo da Silva Pinto ter morrido solitário, esquecido e sem dinheiro (porque todo seu dinheiro o mesmo dedicou ao resgate das raízes umbandistas).
Por isso não comemoro o dia 15.
Tancredo que era escritor, compositor e sambista, foi quem criou a União das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, além de o próprio ter escrito grandes sucessos do samba na época.
Destaque para sua obra chamada "General da Banda", um samba escrito em homenagem a Ogum
regravado por grandes nomes, inclusive Elis Regina.
Todo o dinheiro que o Tancredo lucrava com as suas composições, o mesmo dedicava para o lançamento de seus livros e a criação/fortificação das federações Umbandistas fundadas por ele.