Uma ideia do @PCMagalhaes que eu explorei em 10 páginas na @exame_pt deste mês. Os planos "estratégicos" da nossa História. Porque ficam normalmente aquém das expectativas? Da falta de recursos do Estado à dependência da programação de fundos. Será o de Costa Silva diferente?
Com uma longa lista de contributos preciosos: José Félix Ribeiro, Augusto Mateus, Mira Amaral, @speraltalisboa, @bcreis37, Ricardo Paes Mamede, @pedro_lains, entre outros
Tem havido muita reflexão estratégica com origem na sociedade civil, mas o planeamento mais detalhado quase só tem existido para executar fundos europeus, o que limita um pouco o exercício. Não é por acaso que o plano de Costa Silva aparece na véspera de uma injecção extra de €
Uma ideia consensual entre praticamente todas as pessoas com quem falei é a crítica à falta de recursos internos do Estado para fazer estes exercícios. Isso deve-se a crises e austeridade, mas também à desvalorização do planeamento e da estrutura técnica do Estado. Félix Ribeiro:
Não surpreenderá também ninguém se eu disser que quase todos são bastantes cépticos acerca dos méritos do plano de Costa Silva enquanto um documento que marque uma viragem estrutural na economia portuguesa
Mas isso não significa que seja um documento inútil. Com a força do Governo por trás, ele teve o mérito de concentrar muita atenção mediática e estes momentos de discussão nacional intensa podem deixar algumas sementes cuja utilidade se revela mais tarde
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A taxa normal de IRC é de 21%, mas 17% nos primeiros 50k de lucro tributável de micro e PMEs. Para empresas que do interior, a taxa reduzida é de 12,5%. Acrescem a derrama municipal (até 1,5%) e uma sobretaxa (derrama estadual) para lucros acima de 1,5 milhões (3% a 9%)
O IRC é o 3º maior imposto em 🇵🇹, representando 13,7% da receita fiscal, 9,5% da despesa corrente primária e 3,4% do PIB. A importância do IRC na receita fiscal e no PIB está próxima da média do 🇪🇺, tal em termos de capacidade de financiamento da despesa pública
Boa thread. É frustrante este debate sobre como encontrar um sistema fiscal que responda a níveis elevados de desigualdade: não fazemos porque não é boa política ou não fazemos porque não é possível? Difícil argumentar pela 1ª, começamos a ter mais ferramentas para resolver a 2ª
Lá pelo meio é referida a expressão "buy, borrow, die". Não sei se a generalidade das pessoas conhece os mecanismos disponíveis aos ultra-ricos para evitar impostos, mas este vídeo explica bem
O INE divulgou hoje uma importante publicação sobre o parque habitacional português. Há várias conclusões relevantes, mas saltam à vista as assimetrias regionais. Primeiro: evolução do nº de famílias vs nº de casas. É fácil ver onde há desalinhamento
Com a promessa de que não se irá recandidatar, já podemos avaliar o que representou o "Costismo" para as contas do Estado
Como encontrou e como deixa António Costa o Estado [em bué de gráficos] visao.pt/exame/analise/…
A coisa mais engraçada nestes exercícios é olhar para os grandes agregados. O debate público é quase exclusivamente dominado pelo que acontece do lado da receita (impostos, impostos), mas o slogan das "contas certas" nasceu de um controlo férreo da despesa
É verdade que a carga fiscal tem renovado máximos, fruto da decisão de não inverter o "enorme aumento de impostos". Mas o mais interessante é olhar para a recomposição fiscal. Mais peso de IVA e contribuições, menos do IRS. Alguns movimentos engraçados entre os pequenos
Como assim o Estado não tem limites *financeiros* para aquilo que pode gastar? Nos últimos meses talvez já tenham ouvido falar de MMT, a teoria económica minoritária-mas-cada-vez-mais-influente do momento. Acho que este não é um mau resumo do que defende visao.sapo.pt/exame/analise/…
Quando a @AOC falou de MMT há dois anos percebeu-se que ela estava a ganhar influência nalguns segmentos da esquerda americana businessinsider.com/alexandria-oca…
@AOC Mas foi a publicação de Deficit Myth no ano passado que acelerou o reconhecimento de debate sobre a teoria. A autora, Stephanie Kelton, era uma das economistas de topo dos democratas no Congresso e conselheira nas corridas presidenciais de Bernie Sanders publicaffairsbooks.com/titles/stephan…
Um novo estudo mostra aquilo que muitos já argumentavam: a ideia de que impostos mais baixos para os ricos ajuda a criar riqueza para os mais pobres não é verdadeira. “É seguro dizer que [a economia “trickle-down”] é um mito” visao.sapo.pt/exame/2021-04-…
*GRÁFICOS*
A evolução das taxas marginais de IRS em alguns dos países mais ricos do mundo