>>> Caso inédito no Brasil, o Ministério Público Federal acaba de pedir uma intervenção judicial na Vale. O objetivo é tentar garantir a segurança de dezenas de barragens da mineradora que estão com risco iminente de rompimento observatoriodamineracao.com.br/de-forma-inedi…
A ação do MPF pede também a suspensão do pagamento de dividendos aos acionistas e de juros sobre capital próprio até que os efeitos da intervenção sejam visíveis e a mineradora prove que está colaborando. A distribuição de dividendos está prevista em US$ 2 bilhões de dólares.
A ação diz que existe na Vale "uma cultura empresarial de deliberada cegueira" para relevar riscos, visando exclusivamente o lucro. O MPF afirma que o sistema de gestão da Vale tem o objetivo principal de eximir de responsabilidade a alta cúpula da mineradora.
Os rompimentos de Mariana e Brumadinho não seriam exceções, mas resultado de “uma política sistemática de gestão de riscos que privilegia a produção e o lucro em detrimento da segurança”. A intervenção seria uma forma de frear essa cultura interna da mineradora.
Segundo Eduardo Aguiar (MPF), a estrutura que a Vale tem hoje permite responsabilizar a empresa e no máximo o baixo escalão da diretoria. “O sistema de governança é montado para blindar o alto escalão da mineradora de responsabilidade pessoal, essa é a chave da questão”, afirma.
O sistema corporativo da Vale, “ao olhar mais acurado e investigativo revela um sem número de ilegalidades reiteradamente cometidas no âmbito de uma das maiores mineradoras do mundo”. Para o MPF, quem paga a conta são as pessoas atingidas, o estado e a sociedade brasileira.
A Vale anunciou que vai distribuir R$ 12,4 BILHÕES em dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas. Ontem a Justiça Federal negou a intervenção imediata e o bloqueio da remuneração aos acionistas ATÉ que a defesa se manifeste. Ou seja...google.com/amp/s/www.info…
Enquanto a justiça patina, os analistas preveem que R$ 12 bilhões é pouco. Com o minério de ferro "bombando", a Vale pode distribuir + US$ 5 bilhões até março de 2021. + de R$ 25 bilhões na cotação atual. Será que o crime compensa no Brasil? Em novembro, 05 anos de Mariana.
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>>> Vale é uma das grandes beneficiadas pela visita de Lula à China. Nova ferrovia no Pará, com capital chinês, atenderá a várias mineradoras e ao agronegócio observatoriodamineracao.com.br/vale-e-uma-das…
A Vale fornece o minério que alimenta a indústria siderúrgica chinesa, responsável por mais de 1 bilhão de toneladas anuais de aço, mais de 50% da produção mundial.
Nesse contexto, a mineradora foi uma das grandes beneficiadas com a visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva… twitter.com/i/web/status/1…
Barcarena, que tem o maior porto do Pará, o Vila do Conde, é sede da Hydro Alunorte, mineradora norueguesa que refina bauxita para produzir alumínio e da Imerys, empresa francesa que processa caulim. As duas mineradoras colecionam violações socioambientais nos últimos anos.
O caso Americanas colocou os temas "recuperação judicial" e manobras contábeis, fiscais e tributárias na pauta novamente. Momento oportuno para resgatar fatos recentes e investigações que envolvem grandes mineradoras 🧵
A recuperação judicial pedida pela Americanas ficou em R$ 43,5 bilhões. Seria a quarta maior do Brasil. No topo, figura a Odebrecht (rebatizada de Novonor), com RJ de 2019, em andamento, com R$ 98,5 BILHÕES de passivo. A Odebrecht é dona da Braskem.
Em terceiro lugar no ranking de recuperações judicias, depois da Oi, figura a Samarco. A mineradora responsável pelo rompimento da barragem de Mariana, uma sociedade 50-50% entre Vale e BHP, pediu RJ em 2021 no valor de R$ 50 BILHÕES >>> observatoriodamineracao.com.br/devendo-r-50-b…
O empresário Dirceu Santos Frederico Sobrinho, dono da FD Gold e presidente da Anoro, foi preso ontem em São Paulo. Acusado de comercializar toneladas de ouro ilegal, Dirceu é próximo da cúpula do governo de Jair Bolsonaro e figura frequente em Brasília www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022…
1 ano atrás o MPF acusou a FD Gold de despejar no mercado nacional e internacional 1370 quilos de ouro ilegal somente entre 2019 e 2020. A origem do ouro está nas cidades de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso, no sudoeste do Pará observatoriodamineracao.com.br/empresario-acu…
A região é o principal centro de garimpagem ilegal do Brasil e palco de inúmeros conflitos com povos indígenas, em especial os Munduruku. Esta não foi a primeira investigação contra Dirceu e suas empresas. A FD Gold está espalhada por todo o país.
>>> Nem guerra, nem birra: Bolsonaro foi à Rússia para garantir o suprimento de fertilizantes e manter o apoio do agronegócio. Entenda o que realmente está por trás da viagem presidencial. observatoriodamineracao.com.br/nem-guerra-nem…
A viagem de Jair Bolsonaro à Rússia no meio de um momento tão crítico tem um objetivo bem direto: garantir o suprimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro e, por consequência, manter uma de suas principais bases de apoio em ano eleitoral.
Cerca de um quarto dos fertilizantes importados pelo Brasil em 2021 vieram da Rússia. Sem fertilizantes, que são obtidos por mineração, não tem agronegócio.
O governo Jair Bolsonaro achou um caminho mais curto e direto para conseguir atender aos interesses do lobby mineral: mudar tudo que puder mudar na canetada, sem a necessidade de passar pelo Congresso, acomodar interesses difusos e enfrentar a oposição.
Dois decretos – o 10.965 e o 10.966 - escancaram a opção pelo atalho de impor novas regras infralegais que favorecem sobretudo o garimpo. Trata-se de movimentos claramente orquestrados, na sequência de outros decretos e programas influenciados diretamente pelo setor mineral.
Pelo menos R$ 3,3 bilhões até 2025, em conta a ser paga diretamente por todos os consumidores de energia do Brasil. Isso é quanto custará os subsídios previstos no Projeto de Lei 712/2019 do senador Esperidião Amin (PP/SC), para financiar termelétricas a carvão em Santa Catarina.
O PL foi sancionado hoje por Jair Bolsonaro. É importante entender o contexto e o lobby por trás. Amin e o relator do PL, senador Jorginho Mello, fazem parte da Frente Parlamentar da Mineração. O carvão é defendido pelo coordenador do GT do Novo Código de Mineração.