Temos notado severas críticas a Dome após derrota do Flamengo, para o Ceará. Certamente é um resultado que o clube não planejava, mas, após quatro vitórias seguidas, o clube tem a melhor forma das últimas 5 rodadas. E a evolução apresentada nas vitórias? Foi esquecida? Segue o 🧵
Neste fio, iremos tentar desmistificar a “péssima atuação” apontada, assim como a nova enxurrada de críticas ao “Jogo Posicional” (críticas estas que sumiram nas rodadas anteriores, como se não estivesse sendo aplicada a metodologia). Lembremos do duelo contra o Santos:
Abaixo, veja escalação da equipe nos dois encontros e repare que formação e estratégia são bastante semelhantes. Em ambas as partidas, por diferentes motivos, Dome organizou a equipe para marcar embaixo e jogar com amplitude ofensiva. O que efetivamente ocorreu ➡️
No triunfo diante do Santos, a primeira etapa foi difícil. O Peixe pressionava a equipe rubro-negra, chegando a marcar duas vezes e ter seus tentos (bem) anulados, por detalhes. Veja os números daquela primeira etapa, segundo o @SofaScoreBR ➡️
Observados os números acima, concluímos que o Santos teve mais a bola, trocou mais passes, enquanto Flamengo era perigoso em contra-ataques. Veja a análise em vídeo, que fizemos sobre aquela primeira etapa. As dificuldades defensivas foram muitas! ➡️
Voltemos ao duelo contra o Ceará, na capital cearense, no Pior Gramado da Série A (superando o do Maracanã). A estratégia foi semelhante, no entanto, melhor entrosado e mais seguro defensivamente, o @Flamengo dominou as ações, produzindo chances de gol, conforme números abaixo➡️
Tendo mais a bola e trocando 300 passes nos primeiros 45 minutos, o Rubro-Negro fazia, sim, uma boa partida tática, ainda que muito desfalcado e com atuações individuais muito abaixo do comum, especialmente de seu principal artilheiro. Veja nossa análise de vídeo sobre a peleja➡️
A história da segunda etapa, todos conhecemos. César, voltando, ainda sem ritmo, não saiu em bola (muito bem) alçada no centro da pequena área (ali é do goleiro). O segundo gol, em nova falha do goleiro, desmoronou a equipe carioca, que não teve reação➡️
Em sua análise pós partida, @teofb observou com competência, um assunto que os torcedores consumam “esquecer”: o Futebol é condicionado pelos eventos que ocorrem no decorrer das partidas. Assim como uma expulsão modifica a história de um jogo, o Gol condiciona seu contexto➡️
Lembram da defesa de Diego Alves em cima da linha, no primeiro tempo de Flamengo 5 x 0 Grêmio? Qual era a história da partida até ali? Se saísse aquele gol o jogo acabaria 5x1? Provavelmente não. ➡️
Por fim, nosso desejo é provocar sua reflexão nos seguintes aspectos:
- O Flamengo jogou pior do que na partida contra o Santos?
- Observando as primeiras etapas, qual era o rumo de cada partida?
- Em qual dos dois vídeos vemos mais indícios de um time treinado?
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A análise do torcedor, “contaminada” pela paixão, distorce os acontecimentos. O mesmo não pode ocorrer com os analistas, treinadores e dirigentes. No nosso entendimento, o resultado negativo em Fortaleza se deve especialmente às fracas atuações individuais e, claro, aos gols!
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Não esperem contemporização de minha parte. Lamento decepciona-los.
O Plano de jogo se mostrou correto e 100% dos gols sofridos foram entregues pelo próprio Flamengo em lances de reincidência.
Ainda assim, dá pra tentar entender o primeiro e terceiro gols sofridos…
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Falávamos e repetíamos que era jogo de “erro zero”, portanto não cabe contemporizar em um jogo de erro -4.
Méritos ao Bayern? Falar isso é uma enorme obviedade.
A efetividade que eles tiveram para punir 100% dos erros cometidos foi incrível.
Mas os erros estiveram ali…
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Pulgar fez um gol contra após ser desequilibrado e ver Rossi inerte frente a uma pressão comum de atacante adversário? Tudo bem. Faz parte da seara de inexperiência a este nível de enfrentamento.
Filipe Luís tinha a missão de construir um ambiente favorável e fazer do Maracanã o caldeirão infernal que conhecemos.
E, para manter o Sonho da América vivo, seria necessário flertar.
Flertar com este inferno.
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Flertar com o inferno de críticas e instabilidade, caso seu início sem Pedro (o segundo consecutivo) não resultasse em gols nos primeiros quinze minutos de jogo.
E foi sobre esse bloco inicial que ele pensou ao projetar sua escalação.
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Bloco!? Do que você está falando?
Bom, prometo que não é “tatiquês”. É um conceito da administração.
Quando você tem um todo para administrar, é perfeitamente natural segmentá-lo para facilitar a gestão.
E toda gestão que se preze nasce de um planejamento!
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Final única agendada há tempos. Flamengo voando baixo e encantando cronistas e torcedores de todo o continente. Sem sustos, passava da dupla gaúcha nas quartas e semifinais…
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A nação, com sua demanda reprimida há 38 anos, se mobilizou para ir a Santiago do Chile e viver uma apoteose. “Rumo a Tóquio” de verdade… E não é que esse momento chegara mais cedo do que muitos, como eu, imaginavam?
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Levante popular e até guerra civil no Chile não assustavam uma nação que já comparava viver no Rio de Janeiro a ir para uma Santiago em ebulição e estado de sítio.
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O torcedor se preocupar com saídas de ídolos veteranos para rivais, é algo absolutamente compreensível e normal.
Quem está lá dentro, porém, precisa compreender a correta importância que isso tem dentro do seu planejamento estratégico.
Vamos falar sobre isso com calma?
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(📸Thiago Ribeiro /AGIF)
Caso você tenha decidido seguir na leitura do fio, considere de partida que eu não sou contra as renovações. Apenas estou aqui querendo provocar discussões sobre a priorização das mesmas, de uma forma mais técnica.
Segue➡️
O Flamengo possui um faturamento de R$ 1.2 BI, o garante a fatia de cerca de 16% do que faturam os 20 clubes de maior faturamento do BR.
O Fluminense, por exemplo, fatura cerca de 29% do que os rubro-negros faturam!
Tudo isso qualifica o Flamengo na posição de "PRICE MAKER"➡️