OMS acende alerta na Europa: mais da metade dos países do bloco tiveram aumento de casos de covid-19 e média semanal ultrapassou 300 mil novos infectados, maior do que no 1° pico da pandemia em março. "Situação muito séria", disse hj em coletiva o diretor da OMS na UE, Hans Kluge
O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) classificou como alarmante a situação e disse que a média móvel de 14 dias aumenta há quase 2 meses. Novos casos diários na França estão perto do recorde histórico e internações em UTIs crescem pelo 20° dia consecutivo.
Inglaterra anunciou hoje medidas de isolamento na região nordeste. Espanha e Itália estudam impor novos lockdowns. França fechou mais de 80 escolas. No Oriente Médio, Israel fechou escolas hoje e impôs lockdown nacional de três semanas a partir de amanhã.
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Israel prometeu aniquilar o Hamas em mais uma guerra. Mas os líderes do grupo não estão em Gaza.
- Ismail Haniyeh, auto-denominado premiê do Hamas, vive confortavelmente em Doha, Catar. Em um vídeo que viralizou, ele aparece sorridente assistindo notícias dos ataques na TV. 1/
- Moussa Abu Marzouk, vice de Haniyeh, tb vive em Doha e, três dias após os ataques, sentou-se tranquilamente com um reporter da Economist para uma entrevista de 1 hora.
- Ahmed Abdulhadi é líder do Hamas no Líbano, de onde tb tem dado entrevistas. Do conforto, ele disse... 2/
... ao Wapo e Neesweek que o Hamas conversou com o Hezbollah e o Irã antes dos ataques.
- Ali Baraka, outro líder do Hamas no Líbano, falou a uma TV russa
- Mohammad Deif, chefe militar do Hamas, gravou vídeo exibido por uma TV pró-Hamas, segundo a Reuters, hs após os ataques. 3/
Durante anos, Netanyahu deixou que "sacos de dinheiro" fluíssem do Catar p/ o Hamas, parte de uma estratégia p/ manter palestinos divididos e enfraquecer a Autoridade Palestina e qq possibilidade de criação de um Estado palestino, que o premiê e aliados sempre rejeitaram. 1/
A denúncia foi feita pelo Jerusalem Post em 2019 e trazida à tona pelo Times of Israel e Haaretz diante dos ataques terroristas recentes. Na época, uma fonte do partido Likud disse ao JP ter participado de reunião em que o premiê afirmou estar "supervisionando" o $ ao Hamas. 2/
Segundo a fonte, Netanyahu disse que a decisão era parte de uma "estratégia mais ampla para manter o Hamas e a Autoridade Palestina separados e argumentou que era melhor para Israel servir de canal para garantir que os fundos não fossem para o terrorismo." 3/
Muito emocionante receber há pouco notícias do fisioterapeuta Alberto Cairo, que vive em Cabul há 30 anos. Antes de se unir à Cruz Vermelha, ele queria ser padre. Nunca tira a cruz do pescoço. No 1° regime Talibã, os extremistas tratavam-se com ele e traziam tb suas mulheres. 1/
Alberto era firme, não deixava que entrassem armados. Alguns o chamam de "anjo afegão", embora seja italiano. Atravessou c/ os afegãos alguns dos piores momentos do país. Nunca os abandonou. É ele quem dá pernas novas às vítimas de minas terrestres e os ensina a andar de novo. 2/
Eu o entrevistei muitas vezes e viajei com ele para Badakhshan, no norte do país, em um pequeno avião. Pousamos numa velha pista (na verdade, uma tábua de aço) construída pelos soviéticos. Alberto me avisou: "Se ouvir um barulho no pouso, não se assuste. Às vezes o pneu fura." 3/
Os talibãs não "voltaram". Eles nunca foram a lugar algum. Retiraram-se estrategicamente do governo em 2001. Mas a insurgência começou logo em seguida. Durante todo o regime talibã, Mulá Omar foi a Cabul 4 vezes. Era mais uma mistura de chefe tribal e religioso do que presidente.
Tanto que Mulá Omar era chamado de Amir al-Mumineen (Comandante dos Fieis). O emir e seus comandantes mais próximos atravessaram a fronteira para o Paquistão, assim como bin Laden, de onde coordenavam a insurgência. Havia 2 shuras (conselhos), uma em Peshawar e outra em Quetta.
Todos sabiam disso. As orgs internacionais iam a Quetta frequentemente negociar com a shura (por ex. a libertação de estrangeiros sequestrados). Entrevistei 2 comandantes do Talibã que viviam em Cabul. Um havia feito acordo com os EUA, o outro estava em "prisão domiciliar".
Estive no Afeganistão 4x e outras tantas na fronteira. A volta dos talibãs era esperada. A últ vez que estive lá, já controlavam 80% das províncias e estavam a 30 min de Cabul. Os EUA falharam. Em +20 anos de guerra podiam ter transformado o país, mas optaram por drones. 1/
Em 1989, os EUA abandonaram o país após financiar e armar facções afegãs durante dez anos de guerra contra a ocupação soviética. O país mergulhou em uma guerra civil, da qual surgiu o Talibã. Não era difícil prever que ocorreria de novo, mas os americanos não aprenderam nada. 2/
O Afeganistão é um país jovem e as novas gerações não queriam (não querem) o Talibã. Tinham muita esperança de que os EUA trariam liberdade e desenvolvimento. Um deles me disse que Cabul seria a "Nova Iorque" muçulmana. Mas, em 20 anos, pouco mudou na vida dos afegãos comuns. 3/
'Fizemos o possível para salvar vidas', diz Bolsonaro sobre iminência de 100.000 brasileiros mortos por covid-19.
Uma cronologia (incompleta) do avanço da pandemia e da conduta do presidente:
0 'Não há motivo pra pânico'
0 'Vírus superdimensionado'
0 'Fantasia da mídia'
1/7 👇
0 'Já tivemos problemas mais graves'
4 'Histeria'
11 'Gripezinha'
18 'Cloroquina'
25 'Não chega a 800 óbitos. Povo vai saber que foi enganado por governadores e mídia'
46 'Histórico de atleta; resfriadinho'
57 'Risco quase zero; isolamento vertical'
77 'Brasileiro não pega nada'
136 'Cloroquina tá dando certo em todo lugar'
139 'É a vida'
159 'Não é só vida, é economia'
200 'Se afundar economia, acaba meu governo'
203 'Tá com medinho de pegar?'
582 Contra isolamento
1.056 'Tá são, o risco é quase zero'
1.223 'Tá indo embora o vírus'
2.171 Demite Mandetta