Ouvi atentamente os comentários do filósofo Pondé, sobre a educação brasileira e concordo em gênero, número e caso.
Mestre Pondé, "bom final de semana?" - Não seria: Bom fim de semana!
“Fim de semana” / “final de semana”
Errado: Bom final de semana!
Certo: Bom fim de semana!
Por quê? Fim é o contrário de início. Final é o contrário de inicial. Portanto: fim de semana; fim de jogo; parte final.
Prezados, hoje, o único punido no sistema de ensino brasileiro é o aluno reprovado. Isso é covardia. Nada acontece com professor, diretor, secretário/ministro de Educação, prefeito ou governador quando eles falham.
É preciso ter um programa de ensino: afinal, se você não sabe o que ensinar, como vai saber o que avaliar?
Como pretender, assim, uma educação de qualidade? Os cursos de formação de professores padecem de um abissal anacronismo.
Colocar um computador na mão de quem não sabe manejá-lo significa muito pouco. Pensando bem: desde que essas máquinas terríveis entraram no cotidiano das escolas, qual foi o aperfeiçoamento dos conteúdos?.
Ninguém vê o óbvio: a pirâmide está invertida. A maior prova disso é o abandono da primeira infância. É nela que o Brasil começa, e seu abandono é a maior das ameaças à pirâmide invertida que caracteriza nosso País.
Mesmo a educação é um exemplo do desequilíbrio da pirâmide invertida. O Brasil dá mais ênfase ao topo, o ensino superior, do que à base, o ensino fundamental.
O resultado é outra manifestação de instabilidade: a qualidade do ensino superior vem sendo puxada para baixo por causa da má qualidade do ensino médio; e este também vem perdendo qualidade por causa da piora no ensino fundamental.
E tem mais um óbice: cursos médios oficiais estão sendo ministrados em escolas municipais, por empréstimo, o que dá bem a dimensão da sua ausência de prioridade.
Quando se sabe que, entre nós, no ensino médio, cheio de furos, as aulas diárias não passam de quatro horas, já se vê o tamanho do fosso.
Por que o brasileiro não briga pela educação como faz pela Copa do Mundo de Futebol? Melhor fariam, é claro, se pudessem colocar esses recursos para melhorar o atendimento educacional, oferecendo uma solução de raiz, que falta ao Brasil. @RBandeirantes #SOSEducação
@campospp Portanto fique de olho: se a escola de seu (sua) filho(a) não ensina tabuada, cuide para que ele aprenda. Quanto antes, melhor!
Nos últimos tempos, surgiu uma estranha doença entre nossos jovens: DE (Déficit de Escrita).
Ocorreu-nos proclamar da volta da caligrafia às nossas escolas.
Nos bons tempos, ela era praticamente obrigatória, com os educandos levados a preencher as linhas paralelas com letras, sílabas e palavras que, como consequência, nos traziam o conforto de uma adequada expressão escrita.
Aos poucos, o hábito foi sendo superado e, para muitos, o exercício da caligrafia era a comprovação da obsolescência dos nossos métodos. Nada mais triste do que essa falsa visão de modernidade, hoje agravada pela fúria do acesso aos computadores de qualquer maneira.
Criar o hábito (ou gosto) pela leitura é um primeiro passo que depende basicamente de pais e professores.
Se uma criança não possui o gosto pela leitura na infância, na adolescência ou na fase adulta as coisas se tornarão difíceis.
O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação básica do cidadão. Para isso, segundo o artigo 32º da LDBEN 9394/96, é necessário:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
No mundo inteiro, o Brasil ocupa uma das posições mais negativas em matéria de analfabetismo. Respeitar a nossa língua é uma forma de fazer educação.
Nos países desenvolvidos os currículos dos dois primeiros anos escolares dão lugar de destaque à “fluência nos fatos fundamentais” da adição e subtração e, no 3º ano, da multiplicação e divisão.
Isso é fundamental não apenas para fazer contas – mas para a criança poder resolver problemas “de cabeça”.
Se os alunos têm dificuldades de escrever e expor com clareza suas ideias é porque sua cota de informação e leitura é mínima, para não dizer inexistente.
Estamos vivendo tempos sombrios em matéria de qualidade do ensino, em nosso país, especialmente se considerarmos a educação pública. Os resultados são catastróficos. Houve queda no desempenho em matemática. Na redação foi pior ainda. Vamos caminhando para o fundo do poço.
Ou seja, são estudantes que concluíram o ensino médio, sabe-se lá Deus como, mas padecem dos males do analfabetismo funcional. São incapazes de raciocínios elementares. O que se pode esperar dessa geração?
Como se vê, há problemas em todas as frentes. A educação básica cresceu em números, é certo, mas não corresponde às expectativas no que tange qualidade.
Enquanto se discute o sexo dos anjos, os resultados concretos estão aí, diante de todos, mostrando que há um longo caminho a ser percorrido.
O curioso é que pouco se fala na formação e no aperfeiçoamento dos professores, em todo esse processo. Temos quase 3 milhões deles, no Brasil inteiro, mas é sabido que a qualidade do que se ministra nos cursos de magistério deixa muita a desejar.
Temos que melhorar os cursos de preparação dos professores, na dupla condição de conteúdos mais adequados e uma presente interatividade, palavra que pode enriquecer, e muito, o que se passa hoje em sala de aula. Para acabar com essa vergonha, só uma ampla reforma.
Toda vez que se aborda um plano de governo, em que nível, surge a expressão qualidade do ensino. Uma tristeza! Verifica-se que tudo é de uma lentidão irritante.
Estamos diante da irreversibilidade da lei da educação brasileira. Não custa, pois, acentuar alguns aspectos que poderiam ter merecido melhores definições, como é o caso da educação especial, tratada de modo superficial.
É muito grande, no Brasil, o número de deficientes visuais, auditivos, motores e psicológicos, todos merecendo na escola os cuidados que são dispensados, com tanto carinho, nas nações mais desenvolvidas.
Quando na LDBEN/9394/96 - se fala em superdotados há apenas uma referência no artigo 58.
Sabe-se que o Brasil tem cerca de 4 milhões deles, o que configura uma imensa potencialidade entregue à própria sorte.
Se Israel pôde criar um Instituto para Superdotados, em que se faz uma apropriada educação complementar, por que não se pode pensar o mesmo entre nós?
O que acontece quando o indivíduo TEM INTERESSE e NÃO TEM APTIDÃO?
O que acontece quando o indivíduo NÃO tem INTERESSE e TEM APTIDÃO?
O que acontece quando o indivíduo NÃO TEM INTERESSE e NÃO TEM APTIDÃO?
O que acontece quando o indivíduo TEM INTERESSE e TEM APTIDÃO?
O importantíssimo é ter em mente: há comunicação, há aprendizado. Se há ação do signo, mentes elaborando conteúdos, há aprendizado, há diálogo.
Aprendemos comunicando, e comunicamos aprendendo. Mesmo sem querer, comunicamos (por meio da linguagem corporal, por exemplo). Mesmo sem querer, aprendemos, todas as vezes que participamos de uma cadeia sígnica. Estamos no mundo nos comunicando e aprendendo.
Os objetos à nossa volta e dentro de nós produzem diálogo constante, constante processamento, constante produção de signos. Quando vamos ao cinema, aprendemos alguma coisa em nossa leitura do filme. Se o conteúdo apreendido é eticamente interessante, é outra questão.
Se assistirmos um acidente, um fato trágico, ao conversarmos nos bares, na Igreja, no olhar vitrines. Estamos sempre aprendendo.
A diferença com o conhecimento proposto pela instituição escola, ou pela universidade, é que a universidade procura conduzir o caminho de aprendizado, com objetivos claramente pedagógicos.
Ir ao cinema pode parecer mais agradável, pois vamos quando queremos, o que é importantíssimo: o afeto inicia qualquer relação de aprendizado – o que não me afeta, não atinge minha mente, não formará signo.
Ir à universidade pode parecer obrigação, mas ali o sujeito é exposto a conteúdos de uma área que escolheu para estudar e para agir profissionalmente. É fundamental que haja algum afeto.
A escola está preocupada em ensinar, e não em fazer o aluno aprender a pensar.
O professor deve ainda procurar afetar os alunos ao conhecimento. Muito mais fácil de falar do que de fazer.
Sobre isso, tenho apenas uma hipótese: professor que gosta do conhecimento tem esse sentimento pulsando em suas atitudes, produz signos comunicativos que podem encontrar correspondência nos alunos, comunicando assim o prazer do conhecer, da busca, a aventura da descoberta.
Professor que entende que ler é sacrifício e pesquisa é mera obrigação, que seu trabalho é um fardo, também pulsará signos correspondentes.
A educação é o caminho, antes que o país afunde de vez na ignorância, miséria e violência.
A educação brasileira vive um tempo curioso, para não dizer exótico. As novidades se sucedem – e o ensino está cada vez pior. Além disso, há o desprezo pelas regras gramaticais e ortográficas, como se houvesse um desejo recôndito de prestigiar a ignorância.
As escolas brasileiras têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político-pedagógica”- (P.P.P), seja lá o que isso queira dizer: começa com uma frase do Paulo Freire e termina citando Rubem Alves.
A briga pelo aperfeiçoamento da educação brasileira não se limita mais a meia dúzia de abnegados. Hoje, há o generalizado convencimento de que é preciso mudar – e para melhor.
Os discursos não são originais e esperar por milagres improváveis é deixar o sistema caminhar para um nó inexorável.
É necessária cautela na unificação das 13 disciplinas do ensino médio público nacional em quatro grandes áreas do conhecimento - anunciada recentemente pelo Ministério da Educação (MEC).
Os países desenvolvidos, como a Inglaterra, experimentaram unificar as disciplinas do ensino médio sem sucesso. A sorte é que eles têm mecanismos rápidos para reverter uma decisão dessa magnitude.
A proposta do MEC de integração das disciplinas do ensino médio sinaliza uma manobra em uma tentativa de "resolver a falta de profissionais" no País.
No ensino público: faltam 400 mil professores no ensino básico (fundamental e médio) no País. A maior carência é para as disciplinas de matemática, química, física e biologia. Há escolas que nem as têm na grade.
Bom fim de semana!
Melhorar a educação brasileira, de um modo geral, pode ser uma utopia? Depende, naturalmente, da existência de uma política séria, no setor, conduzida por pessoas competentes e desinteressadas de proveito pessoal ou político.
Educação brasileira? Potencialmente, seria um retorno ao mito de Frankenstein, mas, nesse caso, ganharia a criatura.
Algo a se pensar, não?
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Está na hora de mudar isso: A educação é o caminho, antes que o país afunde de vez na ignorância, miséria e violência.
Melhorar a educação brasileira, de um modo geral, pode ser uma utopia? Depende, naturalmente, da existência de uma política séria, no setor, conduzida por pessoas competentes e desinteressadas de proveito pessoal ou político.
Hoje, o único punido no sistema de ensino brasileiro é o aluno reprovado. Isso é covardia. Nada acontece com professor, diretor, secretário/ministro de Educação, prefeito ou governador quando eles falham.
As escolas brasileiras têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político-pedagógica” - (P.P.P), seja lá o que isso queira dizer: começa com uma frase do Paulo Freire e termina citando Rubem Alves.
Na esteira do “método”, Paulo Freire publicado, em 1968, no exílio chileno, seu livro “Pedagogia do Oprimido”, que pretendia ser a apresentação e defesa do “método”. Até hoje é elogiado pelas esquerdas, que em geral, como costuma acontecer, não leram o livro.
@CamiloSantanaCE
Estamos diante da irreversibilidade da lei da educação brasileira. Não custa, pois, acentuar alguns aspectos que poderiam ter merecido melhores definições, como é o caso da educação especial, tratada de modo superficial.
É muito grande, no Brasil, o número de deficientes visuais, auditivos, motores e psicológicos, todos merecendo na escola os cuidados que são dispensados, com tanto carinho, nas nações mais desenvolvidas.
Por outro lado, no caso da educação infantil ( de 0 a 6 anos de idade) não basta a simples referência que se faz no instrumento legal.
O que encontraremos se de fato fizermos o esforço de ir para o espaço? Há vida alienígena lá, ou estamos sós no universo?
Por que devemos ir para o espaço? Qual é a justificativa para despendermos todo aquele esforço e dinheiro na obtenção de alguns poucos pedacinhos de rocha lunar Não há causas melhores aqui na Terra?
A raça humana existe como espécie separada há cerca de 2 milhões de anos. A civilização teve seu início cerca de 10 mil anos atrás e a taxa de desenvolvimento tem aumentado regularmente.
Hoje, o único punido no sistema de ensino brasileiro é o aluno reprovado. Isso é covardia. Nada acontece com professor, diretor, secretário, ministro de Educação, prefeito ou governador quando eles falham.
Livros didáticos articulados – Além de considerar precipitada a unificação das disciplinas do ensino médio, considero também prematuras as metas do PNLD – as quais preveem a distribuição de livros e material didáticos articulados com outras áreas do conhecimento.
É impossível atingir a meta. O Brasil não tem escritores para escrever esses livros e não estão explícitos os possíveis escritores e atores que poderão contemplar a interdisciplinaridade de textos para o ensino básico.
Criado pela lei 9.131, de 24 de novembro de 1995, o Conselho Nacional de Educação (CNE) completou vinte e cinco anos em 2022 com muitos desafios para superar.
A hierarquia do ordenamento jurídico ensina que os atos administrativos regulamentadores não podem escapar ao comando da lei.
A Lei nº 9.131/95, de 24/11/1995, que criou o Conselho Nacional de Educação, estabeleceu as competências do órgão por seu art. 7º:
Art. 7º O Conselho Nacional de Educação, composto pelas Câmaras de Educação Básica e de Educação Superior, terá atribuições normativas, ...