Entrei com representação no Ministério Público pra impedir a privatização dos CEUs em SP. Educação não combina com privatização. Segue o fio pra entender porque.
1/ A prefeitura de SP quer fazer na educação o que já faz na saúde. E sabemos que não funciona. Ou seja, entregar os serviços que deveriam ser públicos pra organizações sociais, as famosas OSs.
2/ As OSs são entidades privadas que não deveriam ter fins lucrativos. Só que não é bem assim que muitas delas trabalham. Basta jogar "organização social" no Google pra ver a quantidade de escândalos e desvios de dinheiro.
3/ Mas aí você vai dizer que a educação pública não é boa, não tem infraestrutura, tem ideologia e muito professor que não quer trabalhar. Esse discurso faz parte do receituário do Guedes, Dória e Covas.
4/ Eles retiram investimento público, reduzem salários, deixam sucatear e depois entregam de bandeja pra uma OS ou grande grupo privado.
5/ O problema é que a educação pública, gratuita e de boa qualidade é um direito de todos. E isso vai contra a lógica do mercado privado. Países que tentaram isso na educação básica, como Suécia, Reino Unido e Estados Unidos, estão voltando atrás.
6/ Hoje eu estive em frente às obras do CEU de Taipas, no extremo norte de SP, conversando com lideranças da região. A obra começou em 2015 e era pra ter sido entregue em menos de 2 anos.
7/ Ficou parada por quase 3 anos, durante a gestão Doria na prefeitura. Foi retomada agora, chegando perto das eleições. É um equipamento de educação, esporte, cultura e lazer importante numa região onde falta quase tudo.
8/ É esse CEU que Bruno Covas quer usar como modelo de privatização. Quer fazer uma concessão pra iniciativa privada, via OS, pra ver se dá certo. E depois privatizar os 46 CEUs que existem em São Paulo.
9/ Acontece que um dos pontos fortes do CEU é ele ser um equipamento comunitário. Existe um conselho gestor da comunidade que define a abertura nos finais de semana pra criançada usar, pros jovens fazerem eventos. Muitas vezes a piscina do CEU é a única que o bairro inteiro tem.
10/ Se privatizar, você acha que a comunidade vai ter papel de decisão? Provavelmente nem Conselho Gestor vai ter mais. O CEU vai perder seu papel comunitário e ganhar uma gestão centralizada que visa apenas ganhos.
11/ Vou seguir lutando contra a privatização dos CEUs e pela educação pública, gratuita, e de qualidade.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Boulos tem o compromisso de fazer de São Paulo uma cidade moderna e sustentável, sem abrir mão de cuidar do que a cidade tem de melhor e mais importante: as pessoas.
5️⃣0️⃣ por uma cidade melhor para todas as pessoas. #BoulosPrefeito50 #MartaVice50
Quem é de São Paulo sabe o quanto a criação do Poupatempo agilizou serviços essenciais para a população. Agora, nós temos a oportunidade de levar a mesma qualidade para a área da Saúde.
Siga o fio e conheça o POUPATEMPO DA SAÚDE 🧶
Nossa meta é construir 16 unidades especializadas nas áreas de maior vulnerabilidade da cidade, para focar no atendimento de especialidades (consultas e exames), que hoje é o principal gargalo da crise de saúde que São Paulo enfrenta.
Faremos um sistema de agendamentos como já é o do Poupatempo, com horário certo, para garantir que as pessoas sejam atendidas no horário marcado, sem precisar esperar por horas a mais.
Nunes e Tarcísio concluíram hoje a entrega da Sabesp aos tubarões do mercado
Segue o 🧶 pra entender o que vem por aí.
A maior companhia de saneamento do país, construída com o esforço de gerações, teve 32% de suas ações vendidas por 14,7 bilhões, um nada se lembrarmos que a Sabesp deu lucro de 3,5 bi só ano passado e tinha um plano de investimentos de 47,4 bilhões para o quadriênio de 2024-2028.
Agora, a vida de mais de 28 milhões de paulistas está nas mãos da Equatorial Energia, empresa responsável por apagões no fornecimento de eletricidade no RS e PI e que opera o sistema da água e esgoto de Macapá, que tem a terceira pior cobertura do país.
ACREDITE SE QUISER: O leilão da Sabesp, terceira maior companhia de saneamento básico do mundo, só teve uma empresa interessada na concorrência - a Equatorial.
ACREDITE SE QUISER 2: A empresa vencedora mal tem experiência de atuação na área de saneamento e abastecimento de água. Começou a atuar na área em 2021.
ACREDITE SE QUISER 3: A atual presidente do conselho de administração da Sabesp, era até 7 meses atrás integrante do conselho… da Equatorial.
Segue o fio pra entender as “coincidências” da privatização🧶
COINCIDÊNCIAS BEM SUSPEITAS!
Todas as empresas que demonstraram interesse em ser acionistas de referência da Sabesp, como Votorantim, Cosan, J&F, e IG4 Capital, por exemplo, desistiram ao longo do processo pelas imposições contratuais.
Com isso, a Equatorial ofereceu R$ 67 por ação e arrematou 15% da Sabesp, e vai pagar cerca de R$ 10 a menos por ação do que o atual valor de mercado. Para executivos da empresa esse foi o “melhor negócio da história”. E tem mais.
Até dezembro do ano passado, Karla Bertocco ocupava um cargo no conselho administrativo da Equatorial e recebia anualmente cerca de R$ 1,02 milhão por ano. Hoje, como conselheira da Sabesp, recebe em torno de R$ 160 mil por ano.
Mas o que é interessante é que ela só renunciou ao cargo na Equatorial em 29 de dezembro, 23 dias após a privatização ter sido aprovada na ALESP.
De que lado você está na última polêmica da internet?
Pra começar, vem entender o que está acontecendo. Segue o fio🧶
Tudo começou porque está em tramitação no Senado a PEC 3/2022, que tem o objetivo de transferir áreas de praias que pertencem à União, controladas pela Marinha, para Estados, municípios e proprietários privados.
Como funciona hoje?
A Marinha controla essas praias, que, diga-se de passagem, são áreas de preservação permanente devido à sua importância ambiental. Atualmente, a lei prevê que os moradores dessas áreas não podem fechá-las, e qualquer cidadão tem direito de acessar o mar.