Engraçado que eu tava ensaiando abandonar as redes sociais, aí veio o papo de “Pablo e Luisão” que ficou divertido de escrever. Mas, Instagram eu vou deixar. Twitter eu tô pensando em “visitar” uma hora a cada dois dias... não sei...
A minha questão toda é: Quanto eu preciso estar nas redes sociais pra me manter “antenado”? E, principalmente, eu quero ser antenado?
Só pra resumir, sem me aprofundar muito: O que eu faço da vida? Crio. Então, tenho pensado que tudo aquilo que não seja “criar” é perda de tempo.
Obviamente, viver está dentro do trabalho de criação. É justamente aí o meu ponto: Isso aqui não é a vida. Isso aqui é uma redução da vida, uma edição, um ruminado... Sendo a arte ruminância, que tipo de arte surge da ruminância do ruminado? Arte que não alimenta, não nutre.
Talvez seja também por isso que a gente vive numa sociedade anêmica. Tudo é raso, nada é substancial. A gente precisa se vigiar pra saber onde nós estamos nesse processo...
E chega. Essa é a questão mais boba de uma tarde comum na minha cabeça caótica. BEBAMOS AGUA!
No mais: Vou escrever novas aventuras de “Pablo e Luisão” hoje. 😂
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encontrei uma querida brasileira que veio pra Itália tirar o visto de italiana
ela me disse para não vir a florença pois era uma cidade odiável
quando perguntei o motivo, me surpreendi com a sinceridade:
“muita cultura” - disse ela com boca de nojo
eu entendi tanta coisa
eu me esforcei tanto pra saber o q sei, trabalhei tanto pra pagar o monte de cursos que eu fiz (um deles de história da arte focado apenas no renascimento em Florença)… em algum lugar em mim, é quase uma ofensa pessoal uma pessoa tão privilegiada se sentir à vontade p dizer isso
me incomoda demais o culto à burrice, a não vergonha da ignorância, o empoderamento da imbecilidade vindo exatamente de quem dificultou os nossos acessos
é como se a pessoa estivesse jogando fora aquilo (do) que eu sempre tive fome, um desperdício de comida metafórico