Resumo sobre o discurso de Bolsonaro pra ONU: 1. Evoca a verdade (o mundo mente) 2. Equipara vírus e desemprego 3. Ataca imprensa por ter defendido o isolamento social na pandemia 4. Infla o auxílio emergencial de 100 para 1000 dólares 5. Investimento em tecnologia
6. Destaca Brasil na produção de alimentos para o mundo durante a pandemia 7. Se diz vítima de uma campanha desinformação Brasil sobre a Amazônia e o Pantanal ("impatriotas") 8. Brasil seria líder na preservação ambiental 9. Mundo dependeria do Brasil para se alimentar
10. Florestas úmidas não pegariam fogo e indígenas seriam responsáveis pelo fogo de área desmatadas 11. Culpa Venezuela pelo derramamento de óleo 12. Brasil como referência humanitária 13. Abandono de posição "protecionista" na economia 14. Reforma tributária e administrativa
15. Mundo teria confiança no Brasil (aumento de investimentos) 16. Repúdio ao terrorismo 17. Liberdade religiosa e "cristofobia" 18. Apoia Trump em assuntos internacionais 19. Anuncia Brasil como país conservador e cristão
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Os atos ocorridos em Brasília são mais uma etapa do processo de radicalização da extrema direita no Brasil. Nos últimos dois anos, bolsonaristas têm realizado exercícios constantes e coordenados de mobilização de insurgência. (+)
O marco deste processo ocorreu em março de 2020, quando Jair Bolsonaro e seus apoiadores passaram a atacar os governadores e o Supremo Tribunal Federal, em atos que passaram a ser chamados de “manifestações antidemocráticas”. (+)
Nos últimos dois anos, as motociatas foram o exercício para a mobilizações de insurgência. Com essa guinada em direção à radicalização, o bolsonarismo deixou para trás a agenda que o elegeu. (+)
Como Bolsonaro perdeu o controle da sua base? Na verdade, logo no início de seu governo já começou um movimento de insatisfeitos com Jair pq ele não estava entregado o radicalismo que havia prometido. Nesta entrevista de 2019 pro @valoreconomico eu falei sobre isso 👇🏻 (+)
Em 2019, me lembro de estar em uma manifestação pelo fechamento do STF e ouvir: "nós apoiamos uma ideia e não uma pessoa". Já era uma ref. de que se Jair não apoiasse o fechamento da Corte, eles prosseguiram sozinhos (+)
Em 2020, houve outra crise entre Jair e sua base mais radicalizada, após um chamado para a invasão do Congresso. Quem embarcou nessa acabou com tornozeleira eletrônica e sem o apoio de Jair (+)
1. Pode parecer vago falar em "bolsonarismo maior que Bolsonaro", mas a evidência está na nova configuração do Senado com os ex-ministros: Pontes, Moro, Damares Alves, Tereza Cristina, Pazuello e Marinho. De 17 ministros de B., 9 foram eleitos e 4 ainda podem se eleger (+)
2. O bolsonarismo apareceu primeiro nas etnografias pq foi ganhando espaço de baixo pra cima. Tomou as câmaras municipais e aí parecia só uma coisa local, depois a Câmara, mas parecia só uma excentricidade. Já está na Suprema Corte e agora ganha mais espaço no Senado (+)
Minha análise
sobre as manifestações saiu na capa do @Estadao de hoje 👇
O extremismo estratégico para inviabilizar a eleição
Bolsonaro passou a dispensar o apoio dos segmentos mais moderados, se afastando do 'cidadão de bem' para se aproximar do 'patriota' (+)
Ao realizar pesquisas com apoiadores de Bolsonaro, identificamos 16 perfis de eleitores, todos atravessados pela ideia de “cidadão de bem”. A noção de "cidadão de bem" atraiu potenciais eleitores a partir do repúdio à corrupção, seja moral ou política. (+)
Em 2020, Bolsonaro passou a dispensar o apoio dos segmentos mais moderados, se afastando do “cidadão de bem” para se aproximar do “patriota”. O “patriota” é aquele capaz de “dar a vida pelo País”. (+)
Publicamos um artigo sobre #TeoriasConspiratorias da #ExtremaDireita na pandemia.
Analisamos como Bolsonaro transformou teorias conspiratorias sobre vacinas em discurso oficial do Estado e em políticas públicas, no primeiro ano da pandemia.
Segue o fio 🧵
Analisamos as narrativas mobilizadas por Bolsonaro e seus apoiadores, entre março e dezembro de 2020. Entre essas narrativas, se sobressai a mobilização do medo de uma "conspiração comunista". Ao longo do tempo isso foi se alterando (±)
Mapeamos dois momentos no compartilhamento de teorias conspiratórias, rumores e fake news. De março a junho, o foco foi a origem do vírus culpando a China pela pandemia. O conjunto de narrativas mobilizam a categoria de "vírus chinês" (+)
Algumas pessoas passaram a me seguir agora e pediram referências das minhas pesquisas sobre extrema direita:
Comecei pesquisar extrema direita (protestos de rua e mobilização na internet) nos Estados Unidos, em 2011 (+)
Passei a acompanhar jovens bolsonaristas em 2011. Não concordo com as análises de que a direita contemporânea nasceu em 2013. Nesse texto analiso o que considero ser chave que é o Plano Nacional de Direitos Humanos (+) epoca.globo.com/isabela-kalil/…
A pesquisa sobre os 16 perfis dos eleitores de Bolsonaro é a síntese de vários anos de etnografia a partir da noção de caleidoscópio: cada segmento de apoiador tem uma imagem diferente de Bolsonaro bit.ly/16perfis (+)