A NOVA ERA E A REVOLUÇÃO CULTURAL – OLAVO DE CARVALHO
A 'Nova Era' da qual Fritjof Capra se tornou festejado porta-voz e a 'Revolução Cultural' de Antonio Gramsci têm algo em comum - ambas pretendem introduzir no espírito humano modificações vastas, profundas e irreversíveis.
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Ambas convocam à ruptura com o passado, e propõem à humanidade um novo céu e uma nova terra. A primeira vem alcançando imensa repercussão nos círculos científicos e empresariais brasileiros. A segunda, sem fazer tanto barulho, exerce há três décadas uma influência marcante
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no curso da vida política e cultural neste país. Nenhuma das duas foi jamais submetida ao mais breve exame crítico. Aceitas por mera simpatia à primeira vista, penetram, propagam-se, ganham poder sobre as consciências, tornam-se forças decisivas na condução da vida de milhões de
pessoas que jamais ouviram falar delas, mas que padecem os efeitos do seu impacto cultural. Para os adeptos e propagadores conscientes das duas novas propostas, nada mais reconfortante do que a passividade atônita com que o público letrado brasileiro tudo recebe, tudo admite,
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tudo absorve e copia, com aquele talento para a imitação maquinal que compensa a falta de verdadeira inteligência.
O DISCURSO SOBRE A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA - ÉTIENNE DE LA BOÉTIE
Livro - Parte 2
Mas, ó Deus, o que pode ser isso? Como diremos que isso se chama? Que infortúnio é esse? Que vício,
ou antes, que vício infeliz ver um número infinito de pessoas não obedecer mas servir, não serem
governadas mas tiranizadas, não tendo nem bens, nem parentes, mulheres nem crianças, nem sua própria
vida que lhes pertença; aturando os roubos, os deboches, as crueldades, não de um exército, de um
campo bárbaro contra o qual seria preciso despender seu sangue e sua
vida futura, mas de um só; não de
um Hércules nem de um Sansão, mas de um só homenzinho, no mais das vezes o mais covarde e
feminino da nação, não acostumado à pólvora das batalhas mas com muito custo à areia dos torneios, incapaz de comandar os homens pela força mas
Vamos fazer um experimento?
Coloque seu dedo em frente de seu rosto. Agora, foque seu olhar em seu dedo, mas também se atente ao que está à frente dele (sua parede, computador, celular, etc)
Se você fez isso corretamente, deve ter percebido que o objeto de fundo deve aparecer duplicado e desfocado.
Existe uma explicação científica para isto, mas aqui a nossa preocupação está em estudar as implicações filosóficas que podem ser extraídas deste fenômeno, sobre a relação entre percepção e realidade.
O DISCURSO SOBRE A SERVIDÃO VOLUNTARIA - ÉTIENNE DE LA BOÉTIE
Livro - Parte 1
"Muita gente a mandar não me
parece bem;
Um só chefe, um só rei, é o que
mais nos convém."
Assim proclamava publicamente Ulisses
em Homero. [Homero, Ilíada, cap. II]
Teria toda
a razão se tivesse dito apenas:
"Muita gente a mandar não me
parece bem."
Deveria, para ser mais claro, ter explicado
que o domínio de muitos nunca poderia ser boa coisa pela razão de o domínio de um só que
usurpe o título de soberano ser já assaz duro e
pouco razoável; em vez disso, porém,
acrescentou:
"Um só chefe, um só rei, é o que
mais nos convém.
"
Uma única desculpa terá Ulisses, a
necessidade que teve de recorrer a tais palavras
para apaziguar as tropas amotinadas, adaptando
(julgo) o discurso às circunstâncias
[...] Os políticos raramente, se nunca, são eleitos apenas pelos seus méritos – pelo menos, não em uma democracia. Algumas vezes, sem dúvida, isso acontece, mas apenas por algum tipo de milagre.
Eles normalmente são escolhidos por razões bastante distintas, a principal delas sendo simplesmente o poder de impressionar e encantar os intelectualmente destituídos.
(...) Será que algum deles se arriscaria a dizer a verdade, somente a verdade e nada mais
que a verdade sobre
a real situação do país, tanto em questões internas quanto em questões externas? Algum deles irá se abster de fazer promessas que ele sabe que não poderá cumprir, que nenhum ser humano poderia cumprir? Irá algum deles pronunciar uma palavra, por mais óbvia que seja, que possa +
Observo de cima o mundão da cabeça aos pés
Me perco nessas linhas, quero rasgar folhas
Sem trocar os papéis
Observo de cima o mundão da cabeça aos pés
Construí umas rimas, pintando velhos quadros
Usando novos pincéis
🔽
Globo ocular de cima mirando tudo
O sniper com a caneta deixando vários de luto, puto
Vai achando que eu não frago, esse leão ta engordando
Com aparência de magro
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Diz, qual é a cor do partido que te fode
Diz, qual é a sigla da bandeira que te ilude
Quem afia a faca espera que você se corte
Ta até o pescoço atolado nesse chorume
Como nos tornamos donos de nós mesmos – Stephan Kinsella.
A dica da noite vem para reforçar alguns dos pontos centrais do libertarianismo em relação à auto propriedade e a apropriação ordinal em uma visão mais moderna do que as apresentadas por Rothbard.
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Eis um pequeno trecho: “[...] a regra do "primeiro uso" é meramente o resultado da aplicação do princípio mais geral do elo objetivo para o caso de objetos que podem ser originalmente apropriados de um estado em que se encontravam sem dono. Lembre-se que o propósito +
dos direitos de propriedade é evitar conflitos sobre recursos escassos (e concorrentes). Para cumprir esse propósito, títulos de propriedade sobre recursos particulares são atribuídos a proprietários particulares. Entretanto, essa atribuição não pode ser aleatória,+