Muitos libertários tem certo preconceito com Olavo de Carvalho, mas nunca leram uma obra do velho professor. Porém, perdem muito conhecimento que está aí para ser adquirido, como é o caso da obra que fica de sugestão de hoje.
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Poucos são os que já ouviram falar de Mário Ferreira dos Santos, e menos ainda sabem que ele escreveu mais de 100 obras que formam uma Enciclopédia de Filosofia altamente condensada e baseada em um esqueleto filosófico que passará por Pitágoras, Platão, Aristóteles, +
Aquino, Duns Scott, Nietzsche e muitos outros para então formular sua base de investigação: a Decadialética.
Pois está é a verdade por trás desde nome tão pouco citado no meio acadêmico - para não dizer nunca – e que tem muita coisa a ser ensinada. Na obra em questão, +
professor Olavo tenta dar um norte para quem quer se aventurar neste mar de ideias muitas vezes confusa e que chega a ser irritante pela obscuridade que Mário chega em alguns momentos.
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No livro, Olavo de Carvalho resume alguns conceitos e os simplifica em uma linguagem mais acessível, ao mesmo tempo que comenta sobre a vida e obra de O Filósofo Brasileiro e dá algumas orientações para quem quer ler sobre ele.
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Eis um pequeno trecho: “Quando a obra de um único autor é mais rica e poderosa que a cultura inteira de seu país, das duas uma: ou o país consente em aprender como ele ou recusa o presente dos céus e inflige a si próprio o merecido castigo pelo pecado da soberba, condenando-se +
ao definhamento intelectual e a todo o cortejo de misérias morais que necessariamente o acompanham”
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A obra pode ser encontrada na Livraria do Seminário de Filosofia:
O DISCURSO SOBRE A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA - ÉTIENNE DE LA BOÉTIE
Livro - Parte 2
Mas, ó Deus, o que pode ser isso? Como diremos que isso se chama? Que infortúnio é esse? Que vício,
ou antes, que vício infeliz ver um número infinito de pessoas não obedecer mas servir, não serem
governadas mas tiranizadas, não tendo nem bens, nem parentes, mulheres nem crianças, nem sua própria
vida que lhes pertença; aturando os roubos, os deboches, as crueldades, não de um exército, de um
campo bárbaro contra o qual seria preciso despender seu sangue e sua
vida futura, mas de um só; não de
um Hércules nem de um Sansão, mas de um só homenzinho, no mais das vezes o mais covarde e
feminino da nação, não acostumado à pólvora das batalhas mas com muito custo à areia dos torneios, incapaz de comandar os homens pela força mas
Vamos fazer um experimento?
Coloque seu dedo em frente de seu rosto. Agora, foque seu olhar em seu dedo, mas também se atente ao que está à frente dele (sua parede, computador, celular, etc)
Se você fez isso corretamente, deve ter percebido que o objeto de fundo deve aparecer duplicado e desfocado.
Existe uma explicação científica para isto, mas aqui a nossa preocupação está em estudar as implicações filosóficas que podem ser extraídas deste fenômeno, sobre a relação entre percepção e realidade.
O DISCURSO SOBRE A SERVIDÃO VOLUNTARIA - ÉTIENNE DE LA BOÉTIE
Livro - Parte 1
"Muita gente a mandar não me
parece bem;
Um só chefe, um só rei, é o que
mais nos convém."
Assim proclamava publicamente Ulisses
em Homero. [Homero, Ilíada, cap. II]
Teria toda
a razão se tivesse dito apenas:
"Muita gente a mandar não me
parece bem."
Deveria, para ser mais claro, ter explicado
que o domínio de muitos nunca poderia ser boa coisa pela razão de o domínio de um só que
usurpe o título de soberano ser já assaz duro e
pouco razoável; em vez disso, porém,
acrescentou:
"Um só chefe, um só rei, é o que
mais nos convém.
"
Uma única desculpa terá Ulisses, a
necessidade que teve de recorrer a tais palavras
para apaziguar as tropas amotinadas, adaptando
(julgo) o discurso às circunstâncias
[...] Os políticos raramente, se nunca, são eleitos apenas pelos seus méritos – pelo menos, não em uma democracia. Algumas vezes, sem dúvida, isso acontece, mas apenas por algum tipo de milagre.
Eles normalmente são escolhidos por razões bastante distintas, a principal delas sendo simplesmente o poder de impressionar e encantar os intelectualmente destituídos.
(...) Será que algum deles se arriscaria a dizer a verdade, somente a verdade e nada mais
que a verdade sobre
a real situação do país, tanto em questões internas quanto em questões externas? Algum deles irá se abster de fazer promessas que ele sabe que não poderá cumprir, que nenhum ser humano poderia cumprir? Irá algum deles pronunciar uma palavra, por mais óbvia que seja, que possa +
Observo de cima o mundão da cabeça aos pés
Me perco nessas linhas, quero rasgar folhas
Sem trocar os papéis
Observo de cima o mundão da cabeça aos pés
Construí umas rimas, pintando velhos quadros
Usando novos pincéis
🔽
Globo ocular de cima mirando tudo
O sniper com a caneta deixando vários de luto, puto
Vai achando que eu não frago, esse leão ta engordando
Com aparência de magro
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Diz, qual é a cor do partido que te fode
Diz, qual é a sigla da bandeira que te ilude
Quem afia a faca espera que você se corte
Ta até o pescoço atolado nesse chorume
Como nos tornamos donos de nós mesmos – Stephan Kinsella.
A dica da noite vem para reforçar alguns dos pontos centrais do libertarianismo em relação à auto propriedade e a apropriação ordinal em uma visão mais moderna do que as apresentadas por Rothbard.
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Eis um pequeno trecho: “[...] a regra do "primeiro uso" é meramente o resultado da aplicação do princípio mais geral do elo objetivo para o caso de objetos que podem ser originalmente apropriados de um estado em que se encontravam sem dono. Lembre-se que o propósito +
dos direitos de propriedade é evitar conflitos sobre recursos escassos (e concorrentes). Para cumprir esse propósito, títulos de propriedade sobre recursos particulares são atribuídos a proprietários particulares. Entretanto, essa atribuição não pode ser aleatória,+