Quino, o cartunista que eternizou Mafalda
Considerado um dos mais importantes cartunistas da América Latina, Quino deixou um legado extenso por meio de suas criações. Siga o fio e conheça a história do cartunista.
Considerado um dos mais importantes cartunistas da América Latina, Quino deixou um legado extenso por meio de suas criações. Siga o fio e conheça a história do cartunista.
"Desenho porque falo mal", confessou certa vez. Esse complexo como orador levou o argentino Joaquín Lavado "Quino" a recorrer ao desenho, do qual nasceu a sua melhor porta-voz, Mafalda, a menina irreverente que levou suas palavras ao mundo inteiro. 
Filho de andaluzes nascido aos pés dos Andes, na província de Mendoza, em 17 de julho de 1932, descobriu cedo que o lápis pode ser uma arma criativa, tão celebrada quanto temida. Ele morreu nesta quarta-feira aos 88 anos.
Aos 13 anos ingressou na Escola de Belas Artes de Mendoza, mas logo ficou "cansado de desenhar ânforas e gessos" e transformou sua genialidade em quadrinhos e humor.
Aos 18 anos publicou o seu primeiro quadrinho em Buenos Aires, mas foi aos 30 que Mafalda nasceu do traço do seu lápis, a menina que odeia sopa, concebida a pedido de um anúncio de eletrodomésticos em 1963.
A campanha nunca aconteceu e Mafalda ficou guardada em uma pasta até 1964, quando foi publicada no semanário de Buenos Aires Primera Plana por impulso da mulher de Quino, Alicia Colombo, sua inseparável companheira durante mais de meio século.
"É uma menina que tenta resolver o dilema de quem são os mocinhos e quem são os malvados deste mundo", definiu o seu criador.
Humilde e franco, Quino considerava-se um "homem introvertido e ruim de dança, como todos os humoristas". Assolado por problemas de visão e com dificuldade de locomoção, em 2006 parou de desenhar.
Como Mafalda, Quino foi declarado amante da liberdade, embora tenha sofrido censura desde o início. Ele utilizou sua arte para questionar. Política, desigualdades sociais, relações de gênero e a violência eram apenas alguns dos temas que abordavam de forma recorrente.
Uma das últimas vezes em que foi visto em público foi em janeiro de 2015, em um evento em Buenos Aires para repudiar o ataque ao semanário satírico francês 'Charlie Hebdo'.
Após o editor, Daniel Divinsky, confirmar a morte de Quino em seu perfil no Twitter, pessoas estão prestando homenagens ao ilustrador e quadrinista. Confira.
opovo.com.br/vidaearte/2020…
opovo.com.br/vidaearte/2020…
Veja algumas homenagens feitas ao ilustrador e quadrinista.
https://twitter.com/domitilaan/status/1311414535455113221?s=20
Convidamos você a homenagear o criador de Mafalda, postando aqui nos comentários sua tirinha preferida.
mais.opovo.com.br/jornal/mundo/2…
mais.opovo.com.br/jornal/mundo/2…
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
