Aqui uma thread sobre a reportagem que publicamos hoje na coluna. Em 25 de agosto, as advs de Flávio Bolsonaro se reuniram com Jair, Heleno e Ramagem (Abin) no Planalto para levar uma denúncia que, se provada, pode derrubar o caso Queiroz e livrar o 01 (+) epoca.globo.com/guilherme-amad…
Segundo elas, existiria uma organização criminosa instalada na Receita Federal a passar ilegalmente informações fiscais para órgãos de controle, entre eles o Coaf, em investigações dirigidas contra políticos, empresários etc. (+)
Elas encontraram, no relatório de inteligência financeira que gerou o caso Queiroz e cita Flávio e os funcionários da rachadinha, indícios de que o Coaf usou ali informações a que o órgão não teria acesso normalmente. (+)
Na reunião com @jairbolsonaro, Heleno e Ramagem, as duas afirmaram que estava em jogo a segurança da família presidencial e a estabilidade democrática e pediram ajuda do GSI e da Abin. (+) epoca.globo.com/guilherme-amad…
Elas queriam um documento que mostrasse o histórico de acessos ao perfil de Flávio Bolsonaro na Receita Federal, com os nomes de todos os servidores da Receita que pesquisaram o nome do 01. (+)
O GSI e a Abin não conseguiram, mas a partir dali agentes da Inteligência entraram no caso e passaram a acompanhar cada passo do que era feito pela defesa, dando conselhos inclusive sobre o que deveria ocorrer. (+)
Flávio Bolsonaro e sua defesa se reuniram então com o secretário da Receita, José Tostes Neto, a quem pediram que fosse feita a busca. O secretário retornou dias depois dizendo que nada atípico havia sido encontrado. A resposta não satisfez o senador e seus advogados. (+)
O senador e sua defesa se reuniram com uma terceira autoridade do governo, o presidente do Serpro, a empresa federal de processamento de dados, Gileno Gurjão Barreto. Pediram o mesmo documento. O Serpro se recusou a passar, alegando dever de sigilo (+).
Jair Bolsonaro chegou a chamar o secretário da Receita, Tostes Neto, para cobrar explicações sobre por que o documento não havia sido repassado a seu filho. O secretário afirmou que nada havia sido encontrado. (+)
O GSI confirmou o encontro com as advogadas de Flávio Bolsonaro, e disse que a denúncia foi feita informalmente e o GSI não levou o caso à frente. epoca.globo.com/guilherme-amad…
Mas... não foi algo informal. O encontro foi no gabinete da Presidência, com Heleno e Ramagem presentes, e as advogadas levaram uma petição, que foi toda apresentada aos três e protocolada na Receita. epoca.globo.com/guilherme-amad…
Na petição, os advogados afirmam que Flávio pode ter sido alvo de uma devassa na Receita, feita por meio de uma senha invisível, que não deixa rastros ao consultar dados de contribuintes. Ela seria chamada de “manto de invisibilidade”. epoca.globo.com/guilherme-amad…
O encontro de Flávio Bolsonaro com o chefe da Receita foi em 17 de setembro, fora do prédio do órgão. Naquele dia, o secretário mostrou quem acessou o perfil de Flávio. epoca.globo.com/guilherme-amad…
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Ex-secretário voltou a advogar sem consultar órgão de ética do governo dlvr.it/T95QKw
Ex-secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça sob o ex-ministro @FlavioDino, Augusto de Arruda Botelho @augustodeAB voltou a atuar como advogado sem consultar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP). +
A lei que trata de conflitos de interesse por ocupantes e ex-ocupantes de altos cargos públicos no governo federal prevê uma quarentena de seis meses após a exoneração para que os ex-servidores voltem a atuar na esfera privada. +
UM 🧶 IMPORTANTE: o ex-empregado Marcelo Luiz, conforme falamos desde o primeiro dia da série, topou me dar a entrevista após a ex de Bolsonaro supostamente não pagar a ele o acordado. Fala, portanto, com ressentimento. (+ continua)
Isso significa que tudo que ele fala pode estar aumentado, diminuído, enviesado por este fato. Ou não. Pode haver no relato dele verdades, mentiras, meias verdades, deturpações. O que cabe a nós jornalistas? (+ continua)
Temos que checar tudo possível. Foi mesmo funcionário de Flávio? O inquérito do roubo do cofre existe? E o tal processo da Land Rover? Isso e tudo mais passível de ser checado jornalisticamente está sendo. Mas muitas das denúncias feitas cabem a MP e polícia investigar.
ATENÇÃO: CINCO FATOS que desmontam a versão do governo sobre relatórios da ABIN. O GSI, a Abin e Flávio Bolsonaro acusam um servidor ter fabricado falsos relatórios para subsidiar sua defesa, que seriam os que publiquei em 2020. Esta versão não se sustenta epoca.globo.com/guilherme-amad…
1) A versão não se sustenta principalmente porque não enfrenta o que afirmou a advogada Luciana Pires, que defende Flávio, à coluna em dezembro. Segundo Pires, foi Ramagem, diretor da Abin, quem enviou para o celular de Flávio os dois relatórios. epoca.globo.com/guilherme-amad…
Segundo Pires, veio de Ramagem também a recomendação para que a defesa protocolasse uma petição na Receita solicitando formalmente os documentos que embasassem a suspeita de que o senador foi alvo de uma devassa ilegal por servidores do Fisco.