Acho que a confusão sobre a eficácia acontece em parte porque as pessoas não sabem que é uma comparação entre o grupo que recebe a vacina e o que não recebe (placebo) nos estudos. Fiz um gráfico mostrando as taxas.
Um resumo de autoria do meu colega @cauezismuraro também esclarece bem o tema. Vou colar:
- A taxa de eficácia é uma medida relativa, que mostra a diferença entre o número de casos registrados no grupo que recebeu a vacina e o número de casos no grupo que recebeu placebo.
- Não se trata, portanto, do percentual de pessoas que ficam imunes após a vacinação.
- Nos testes da CoronaVac no Brasil, 1,8% dos vacinados desenvolveram a doença, contra 3,6% das pessoas que receberam placebo. É uma diferença de 50,4% – vem daí o índice de eficácia global.
No entanto, entre os contaminados que demandaram algum tipo de atendimento médico, essa discrepância foi maior. No grupo vacinado, 0,15% das pessoas precisaram de assistência. No grupo placebo, esse percentual foi de 0,7%. É uma diferença de 78% – taxa divulgada na semana passada
Não dei o crédito total, uma baita falha. A @patifigueiredo também estava na jornada hoje e ajudou nessa explicação.
A consultoria foi do super @MBittencourtMD, que me aguentou a tarde toda :)
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