O que é reposicionamento de fármacos e como funciona?
É este tipo de pesquisa que se torna fundamental em crises sanitárias como a atual: a busca de medicamentos já conhecidos para uma nova doença e patógeno!
Tem, apenas, um porém, segue o fio e entende melhor do que se trata
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Qual o problema disto do reposicionamento de fármacos?
A grande questão tem sido a ideia de que os resultados in vitro podem automaticamente serem extrapolados na vida real e as pessoas saírem desesperadamente comprando tais remédios nas farmácias.
Há etapas a serem cumpridas!
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Estas etapas dizem respeito ao teste in vivo, para análise das dosagens, por exemplo. É nesta etapa que vários medicamentos que funcionaram "bem" in vitro, falham, pois ultrapassam os níveis de segurança para organismos vivos - como nós, humanos, por exemplo.
Falham?
calma... +
Falham com os novos patógenos, com os antigos segue tudo certo.
O lance é que as pessoas já leram o artigo, de um jeito muito particular né, e começam a correr para prateleiras de farmácia, compram e tomam à revelia.
Além disso, temos tido uma polarização complicada
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Polarização que torna difícil debater pois parece que estamos ofendendo um medicamento, quando dizemos que ele não funciona (hahaha). Mas no fundo, estamos buscando o melhor modo de apontar que não existe evidência científica de que o medicamento vai eliminar o patógeno +
SARS-CoV 2, no caso do corpo!
E não é um "ah, se não tem evidência, mas não tem comprovação, qual o problema?"
o problema é o uso indiscriminado de remédios, seleção de bactérias e vermes resistentes, efeitos colaterais.
Além disso, uma possível não procura de ajuda real
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Quando necessário! Isto é: as pessoas podem desistir de buscar médicos, postos de saúde e hospitais por acharem que estão melhorando, quando não estão.
Além de muitas se acharem imunes por tomarem preventivamente os medicamentos, o que também não é verdade!
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Quer saber mais sobre reposicionamento de fármacos, uso de coqueteis e kits para esta crise sanitária?
A gente publicou hoje um textinho muito legal, com indicação de vários outros, no @BlogsUnicamp
o texto é do @dinoespacial_ blogs.unicamp.br/covid-19/por-q…
Faz DÉCADAS que cientistas questionam não só a noção de gênero, como a própria definição de sexo biológico como binário.
Se biologues até hoje veem o mundo pelo viés do binarismo, estudando qualquer outra forma dentro do espaço clínico, estamos absolutamente mal na história.
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Mal especialmente por negar a EXISTÊNCIA de diversidade na formação dos corpos de seres humanos, e tudo o que sai fora desse enquadramento binário, vira capítulo da patologia - e estudo da medicina por consequência.
E qual a relevância desse debate?
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A exclusão da diversidade de corpos, formas, estruturas anatômicas e fisiológicas, historicamente marginaliza pessoas - muitas vezes as colocando como “menos humanas”
(oi, eugenia, ainda por aí??? /ironia, porém depende)
✨Qual caminho devo tomar?
A pergunta é de Alice para o Gato Cheshire, que responde que sem saber qual o destino, qualquer caminho serve
Essa ideia serve para a divulgação científica também?
Hoje eu resolvi falar um pouco sobre a importância do planejamento e estudo na DC!
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Ao contrário do que pode parecer, Gato Cheshire não está falando de chegar em algum lugar, mas sobre caminhar sem destino. Pode ser legal no início, se teu interesse é apreciar o caminho.
Mas numa trajetória profissional, em algum momento precisamos de algo + específico.
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Sempre sou surpreendida por esta pergunta de estudantes (de graduação e pós) da unicamp ou de outros espaços (gente que falo aqui no tt, p.ex.).
Isso sempre vem com falas de depreciação sobre si mesmo!
E resolvi escrever sobre isso
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Uma das grandes questões nas falas é:
em que momento da vida normalizamos o fato de alguém em início de carreira acadêmica sentir-se um fracasso por não ter a mesma compreensão (e experiência) de alguém que tem uma longa trajetória no campo de atuação?
Tem sentido isso?
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Tava escrevendo um texto sobre aprendizado e carreira acadêmica, fui atrás da referência do Iván Izquierdo.
Achei um texto dele e colo aqui a conclusão final.
E eu to chorando pq, sinceramente... Que privilégio ter tido aula com um neurocientista que nas palavras, tinha poesia.
sorry, to sensível pela clássica noção de que a pandemia nos roubou Izquierdo e to lendo artigos dele e me sentindo absolutamente um ser privilegiado de ter conhecido esse professor.
Ele tem vários livros MUITO legais sobre aprendizado, memória, esquecimento, acessíveis
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