Por que fazemos sexo? Por que as espécies fazem sexo? Que vantagem existe nisso? E mais, quais os riscos de se fazer sexo?
Vem conferir nesta thread um pouco mais sobre o sexo e tbm o custo dos machos
Porque a reprodução sexuada é tão comum nas mais diversas espécies, tanto de animais, insetos, quanto até mesmo as plantas? A evolução e a manutenção da reprodução sexual ainda é um dos principais problemas não resolvidos na biologia evolutiva
John Maynard Smith questiona: “Por que algumas espécies deveriam se reproduzir sexualmente, um processo que implica um "desperdício" em capacidade reprodutiva na forma de machos, e não assexuadamente como espécies partenogenéticas?”
Uma espécie partenogenética é uma em q apenas as fêmeas reproduzem, criando cópias de si mesma. As fêmeas assexuais podem potencialmente produzir o dobro de filhas do que as fêmeas sexuais.
E sobre a partenogênese vem conferir aqui nessa thread esta espécie q tem um tipo de reprodução único, a ginogênese, em q apenas fêmeas reproduzem
Além disso, a recombinação genética feita com o sexo rompe combinações de genes favoráveis que aumentariam em frequência sob a ação da seleção natural.
Dados esses custos, esperaríamos que a seleção natural favorecesse a reprodução assexuada em populações selvagens. No entanto, geralmente não existe: a reprodução sexual é generalizada nos reinos animal e vegetal.
Foto:
Tacio Philip - macrofotografia.com.br
Durante a reprodução sexual, qualquer indivíduo paga um custo: reduz o número de genes passados para a próxima geração pela metade, o chamado custo da meiose, o processo de dividir pela metade o material genético dos óvulos e espermatozoides
Além disso, para a reprodução sexual, são necessários dois sexos para restaurar o estado parental, ou seja, se o ser é 2n, cada célula reprodutora terá 1n e vai ser preciso juntar o óvulo 1n e o espermatozoide 1n p/ voltar a ser 2n
Portanto, as fêmeas precisam produzir machos (custo dos machos) e acasalar com eles. Os custos também incluem encontrar um parceiro e riscos associados ao acasalamento, como doenças sexualmente transmissíveis ou aumento da predação.
Inclusive em algumas espécies, como nos veados, somente fêmeas de alta patente, ou seja as fêmeas com acesso a muitos recursos de território e comida, conseguem produzir machos, pq eles são muito mais caros metabolicamente p/ organismo q fêmeas
Isso contrasta com a reprodução clonal, na qual todo o genoma é transmitido inalterado e apenas as fêmeas são produzidas. O problema dessa reprodução clonal é q ela não permite variações, são apenas cópias
A longo prazo, os organismos clonais também parecem ter um custo: acumulam mutações deletérias, ruins, que não podem ser eliminadas sem q aja recombinação da troca de genes da reprodução sexuada e mutações benéficas raras não podem ser combinadas no mesmo indivíduo
Mas então porque fazemos sexo?
Modelos ambientais sugerem que o sexo acelera a adaptação a um ambiente em mudança, criando novas combinações de genes. Uma das hipóteses p/ explicar a reprodução sexuada e seus custos é a hipótese da Rainha Vermelha
A Hipótese da Rainha Vermelha, advém da corrida da personagem Rainha Vermelha no livro de Lewis Carroll Alice através do espelho. A Rainha Vermelha diz: ("É preciso correr o máximo possível, para permanecermos no mesmo lugar.").
Esta hipótese propõe que a recombinação dos genes dos pais resulte em descendentes geneticamente diversos que são alvos difíceis para parasitas e doenças. Ao contrário do descendente uniforme de assexuais, que seriam todos dizimados por um parasita.
Thread totalmente relacionada a maravilhosa @VColoridos :)
E já marca todo mundo aqui p/ espalharmos a palavra do sexo por aqui kkkk
E se ficou curioso em conhecer melhor os riscos e as vantagens evolutivas de se fazer sexo, vem conferir neste vídeo aqui:
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Para vc, o sexo é somente para reprodução? Muita gente acredita que sim, o sexo no reino animal seria somente com essa função. Porém não é bem assim. Vem conhecer nessa thread o sexo sócio sexual, e como o sexo pode ser usado como troca, reforço de vínculo, domínio, prazer e muito mais
Evidências de atividade sexual não-conceptiva são generalizadas no reino animal. Em particular, o sexo durante a gravidez, encontros do mesmo sexo, sexo oral e masturbação são observados em quase todos os animais não humanos
O comportamento sexual não-concepcional (NCSB), ou comportamento sócio-sexual, tem forma sexual, mas não facilita a reprodução direta e foi relatado em mais de 300 espécies animais, de insetos a primatas, mas esse número ainda é tão baixo pq é um campo relativamente novo de pesquisa.
Vem entender nesta thread como a própria ciência contribuiu para a invisibilização do comportamento homossexual e tbm na manutenção de estigmas e preconceitos.
Ao nos referirmos aqui em comportamento homossexual estamos nos referindo a TODO comportamento de cunho sexual ou sócio-sexual exibido por indivíduos do mesmo sexo. Seja a monta, a penetração, o namoro, o cortejo, a formação de pares ou vínculo de casal. E isso independe de qual o contexto em q esses comportamentos são expressos.
Conversamos anteriormente sobre a diversidade do comportamento homossexual aqui:
Sobre o tema de raças de cães consideradas agressivas, em particular o pitbull gostaria de deixar algumas considerações, a partir do ponto de vista de etólogo e da minha experiência de 3 anos como Diretor de Vigilância em Saúde e coordenação do setor de zoonoses:
Primeiro de tudo, em Minas Gerais existe a LEI ORDINÁRIA Nº 16301, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 que regulamente a criação de A criação de cães das raças pit bull, dobermann, rottweiler e outros de porte físico e força semelhantes. Essa lei traz alguns trechos muito importantes:
Art. 2º O proprietário de cão de qualquer das raças a que se refere o art. 1º desta Lei é obrigado a registrar o animal com mais de cento e vinte dias de idade, mediante apresentação da seguinte documentação:
I - comprovante de vacinação do animal;
II - qualificação do vendedor e do proprietário do animal;
III - declaração da finalidade da criação do animal.
Art. 5º O proprietário de cão das raças a que se refere o art. 1º desta Lei fica obrigado a adotar as seguintes medidas de segurança:
I - colocar, no animal, coleira com o número do seu registro;
II - manter o animal em área delimitada, com dimensões suficientes para o seu manejo seguro, guarnecida com cercas, muros ou grades que impeçam a fuga do animal e resguardem a circulação de transeuntes nas proximidades;
III - afixar, de forma visível, à entrada do imóvel onde é mantido o cão, placa de advertência que informe a raça, a periculosidade e o número do registro do animal;
IV - impedir o acesso do cão a caixas de correio, hidrômetros, caixas de leitura de consumo de energia elétrica e equipamentos congêneres.
Art. 6º Na condução em via pública e no transporte de cão das raças a que se refere o art. 1º desta Lei, é obrigatória a utilização de equipamentos de contenção do animal.
Art. 7º O cão das raças a que se refere o art. 1º desta Lei que agredir alguém será recolhido e examinado por médico veterinário, que emitirá parecer sobre a possibilidade de sua permanência no convívio social.
Parágrafo único - Se o parecer de que trata o caput deste artigo concluir pela impossibilidade de permanência do cão no convívio social, o animal será eliminado por médico veterinário, após sedação.
Art. 8º Na hipótese de cão das raças de que trata o art. 1º desta Lei ferir alguém, fica o proprietário sujeito ao pagamento de multa de 1.000 (mil) Ufemgs.
§ 1º - No caso de a vítima comprovar, por meio de laudo médico acompanhado de boletim de ocorrência ou representação, que houve lesão decorrente do ataque do cão, a multa a que se refere o caput deste artigo será cobrada em dobro.
§ 2º - Na ocorrência de lesão corporal grave, o proprietário do cão será multado em 3.000 (três mil) Ufemgs.
Sabe quando vc fica com raiva de uma porta q não se abre e vc começa a xingá-la ou quando a impressora emperra quando vc mais precisa dela e vc fala q ela faz de propósito? Vem entender um pouco mais sobre essa característica de atribuir sentimentos humanos a seres não humanos
O cenário q descrevemos anteriormente podermos dar um nome a ele, antropomorfismo. O antropomorfismo basicamente é atribuição de sentimentos, intencionalidade, emoções q são exclusivamente humanas a seres, coisas e entidades não humanas.
O antropomorfismo é, de certa maneira, uma forma de nos conectarmos ao mundo q nos rodeia. Ao atribuirmos estados emocionais a seres, sejam eles os nossos animais de companhia, ou mesmo entidades como a própria natureza, nossa relação com eles pode se tornar mais empática.
Como o fato das florestas tropicais africanas se tornarem savanas, e nós passarmos a sermos bípedes influenciou nossa capacidade de pensar o futuro? Vem conferir um pouco mais deste tema nesta thread
Primeiro vale destacar que vamos apresentar aqui somente uma hipótese, dentre as mais diversas do tema que existem! Tendo isso em mente, vale relembrar que sobre o tema de pensar sobre o futuro e tbm sobre o passado, já temos thread aqui no perfil:
Segundo a hipótese de Savage-Rumbaugh (1994), as mudanças ocorridas no Mioceno, que levou a perda das extensas florestas tropicais q nossos ancestrais viviam nas árvores, em extensas savanas, causou profundas mudanças em nossos ancestrais.
A esporotricose é uma doença fúngica em expansão em todo território brasileiro, ela afeta principalmente os gatos e a nós humanos. Nos gatos ela é uma doença grave q pode levar a morte. Em humanos ela causa lesões que podem ser extensas e dolorosas. Vem conhecer um pouco mais dos sintomas da esporotricose:
Antes de iniciar gostaria de destacar que este é i primeiro conteúdo de uma série sobre a esporotricose, ainda iremos falar sobre a epidemiologia e historia da doença, das formas de interação fungo/hospedeiro e do tratamento. Agora iremos nos focar nos sinais clínicos em humanos e gatos. E tentei selecionar as imagens menos chocantes possíveis e estão todas marcadas com a tag de sensível.
A esporotricose é uma micose causada pelos fungos do gênero Sporothrix, q incluem várias espécies. A espécie mais comum no mundo é o Sporothrix schenckii, porém no Brasil o Sporothrix brasiliensis tem se tornado uma grande preocupação a saúde pública, por ser uma espécie mais patogênica que as outras.