Existem figurinhas carimbadas atualmente na vacinação, personagens que vem sendo reconhecidas como
Sommeliers de eficácia, altruístas do rolê, fiscais de PNI.
Vem saber um pouco mais sobre pq isto não faz sentido nesta postagem aqui: blogs.unicamp.br/covid-19/perso…
Recomendo ler esta postagem ouvindo este som, para ambientar melhor:
Sommeliers de eficácia:
Aqueles que acham que precisam tomar a melhor vacina, aquela feita especialmente para si.
Acha que é isto que vai salvá-lo da COVID-19 e, ao invés de tomar logo a vacina, corre o risco de se contaminar circulando para achar a queridinha do momento.
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Altruísta do rolê:
sabe que a vacinação em massa é fundamental, acredita na ciência, mas não acredita que merece tomar a vacina pois tem muita gente não vacinado.
Esquece que a vacina é um processo de massa e em momentos de crise, quanto mais gente vacinada (e rápido) melhor.
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Fiscais do PNI:
São os que têm certeza que todos os que estão se vacinando não deveriam estar se vacinando pois há pessoas não vacinadas ainda.
Deixam todos constrangidos por terem direito à vacina. Ao invés de cobrar por MAIS VACINAS do governo, apontam o amiguinho mais próximo.
Nossa defesa constante é por mais e mais vacinas em nosso país. Temos vacinado devagar e muito pouco. Colabore, quando chegar tua vez: TE VACINE. Há alguém inseguro sobre ser ou não justo se vacinar: indique este texto e fio.
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Agora, se tu achas que o PNI deveria contemplar outras pessoas e não as que tem sua vez neste momento, existem duas saídas:
ou tu compras um PNI só para chamar de teu, ou tu também podes integrar o grupo de pessoas que vêm cobrando mais vacina para TODOS...
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E cobrar mais vacinas para todos é uma postura por políticas públicas seguras para todos nós, que diminuam a circulação do vírus na população, que tragam segurança alimentar, que pare de lotar UTIS e matar pessoas :-)
Colabore e parem de desencorajar pessoas a se vacinarem!
Faz DÉCADAS que cientistas questionam não só a noção de gênero, como a própria definição de sexo biológico como binário.
Se biologues até hoje veem o mundo pelo viés do binarismo, estudando qualquer outra forma dentro do espaço clínico, estamos absolutamente mal na história.
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Mal especialmente por negar a EXISTÊNCIA de diversidade na formação dos corpos de seres humanos, e tudo o que sai fora desse enquadramento binário, vira capítulo da patologia - e estudo da medicina por consequência.
E qual a relevância desse debate?
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A exclusão da diversidade de corpos, formas, estruturas anatômicas e fisiológicas, historicamente marginaliza pessoas - muitas vezes as colocando como “menos humanas”
(oi, eugenia, ainda por aí??? /ironia, porém depende)
✨Qual caminho devo tomar?
A pergunta é de Alice para o Gato Cheshire, que responde que sem saber qual o destino, qualquer caminho serve
Essa ideia serve para a divulgação científica também?
Hoje eu resolvi falar um pouco sobre a importância do planejamento e estudo na DC!
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Ao contrário do que pode parecer, Gato Cheshire não está falando de chegar em algum lugar, mas sobre caminhar sem destino. Pode ser legal no início, se teu interesse é apreciar o caminho.
Mas numa trajetória profissional, em algum momento precisamos de algo + específico.
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Sempre sou surpreendida por esta pergunta de estudantes (de graduação e pós) da unicamp ou de outros espaços (gente que falo aqui no tt, p.ex.).
Isso sempre vem com falas de depreciação sobre si mesmo!
E resolvi escrever sobre isso
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Uma das grandes questões nas falas é:
em que momento da vida normalizamos o fato de alguém em início de carreira acadêmica sentir-se um fracasso por não ter a mesma compreensão (e experiência) de alguém que tem uma longa trajetória no campo de atuação?
Tem sentido isso?
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Tava escrevendo um texto sobre aprendizado e carreira acadêmica, fui atrás da referência do Iván Izquierdo.
Achei um texto dele e colo aqui a conclusão final.
E eu to chorando pq, sinceramente... Que privilégio ter tido aula com um neurocientista que nas palavras, tinha poesia.
sorry, to sensível pela clássica noção de que a pandemia nos roubou Izquierdo e to lendo artigos dele e me sentindo absolutamente um ser privilegiado de ter conhecido esse professor.
Ele tem vários livros MUITO legais sobre aprendizado, memória, esquecimento, acessíveis
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