Desenvolvimento econômico e preservação do cerrado podem caminhar juntos? É o que estamos debatendo neste momento na CLDF. Tenho agumas ideias. Segue o fio 👇 
Começo destacando a importância do desenvolvimento rural sustentável. O território do DF é quase 70% rural. Fortalecer os agricultores familiares é uma das principais estratégias de preservação. Eles são produtores de água, geradores emprego, renda e segurança alimentar.
Em parceria com a @ematerdf, nosso mandato possibilitou o acesso ao saneamento rural para mais de 300 famílias. Agora partiremos para a ampliação do acesso à produção de energia fotovoltaica. Boa parte dessa rede produtiva é agroecológica e liderada por mulheres.
Uma grande dificuldade da agricultura familiar é o escoamento da produção. Precisamos investir em logística, cooperação e ampliação de espaços para comercialização. Assim, saúdo o esforço de empreendedores que investem nos produtos sustentáveis do cerrado. Precisamos apoiá-los.
Quanto ao poder público, além de legislações inovadoras como a 6364/2019, precisamos de orçamento, estrutura para garantir as políticas . Da fiscalização aos programas de educação ambiental, profissionalização e investimento em instrumentos de gestão são essenciais.
Recentemente, a SEMA @meioambientedf lançou o Sistema Distrital de Informações Ambientais (SISDIA),viabilizado com R$300 mil destinados pelo nosso mandato. Esta será uma ferramenta importantíssima para a execução da lei 6.269/2019, que estebelece o Zonamento Ecológico-Econômico.
Também vale destacar o papel de instituições como o Jardim Botânico de Brasília e o IBRAM em programas que conectam a sociedade com o cerrado brasiliense. Porém, precisamos urgentemente combater a maior ameaça ao nosso bioma aqui no DF: a grilagem de terras.
A indústria da grilagem leva à indústria da regularização desordenada, feita sem planejamento e investimentos em equipamentos públicos. É urgente adotarmos uma política integrada de fiscalização e exigir o rigor do Poder Judiciário na responsabilização dos criminosos.
Nada será possível sem uma "educação cerratense", conectando nossas crianças e adolescentes ao cerrado por meio de programas e projetos que valorizem a biodiversidade, para que os seus projetos pessoais e profissionais tenham como essência a responsabilidade com a vida.
Por fim, há um terreno fértil para o incentivo à economia criativa e ao ecoturimo sustentáveis. Festivais, trilhas ecológicas, literatura, música, cinema e muitas atividades carregam grande potencial econômico. Basta vontade politica e pactuação.
No que depender de nós, o cerrado permanecerá de pé com geração de emprego, renda e dignidade para o nosso povo! #euAcreditoDF
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