✨Divulgação Científica (DC) e Ensino de Ciências (EC) são a mesma coisa?✨
Apesar da resposta parecer simples, existem vários pequenos detalhes (e outros nem tão pequenos assim) que aproximam e afastam estas duas áreas!
Se esse assunto te interessa, segue o fio!
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Já de saída é importante situar que não! Não se trata da mesma coisa.
Divulgação científica é do campo da COMUNICAÇÃO
Ensino de ciências (ou educação em ciências) é do campo da EDUCAÇÃO.
E há profissionais e formações distintas para cada um deles! De modo geral, temos que:
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Claro que "pessoas não acadêmicas", no caso da DC, pode querer dizer "pessoas fora da nossa área".
Quer dizer: se eu, por exemplo, estiver lendo materiais de engenharia, física, letras pode ser DC para mim! Enquanto para estes profissionais, ler biologia pode ser DC também!
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Mas o que é, afinal Divulgação Científica?
Não existe só um conceito e existem diferentes modos de pensar a própria DC e como se faz divulgação. Então eu trouxe um pouco de como tenho pensado e debatido a DC no meu cotidiano!
E Ensino em Ciências?
Tomando como ação escolarizada, trata-se de uma atividade institucional, realizada a partir de estratégias didáticas para um público específico, ao longo de um tempo determinado.
Profissão com formação em licenciaturas de ciências (inclui bio/quim/fis)
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Em resumo, há algumas diferenças sim entre as duas áreas!
Mesmo que tenhamos como objetivo que 'pessoas sem formação acadêmica' ou 'pessoas fora da minha área' compreendam o que é e como se faz ciência, isso se dá com estratégias e objetivos diferentes!
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✨Mas será que tem como trabalhar estas áreas conjuntamente?✨
🗣️Claro que sim, né! hehehe
Abaixo tem algumas sugestões com pesquisas que apontam possibilidades (os links estarão ao final)
Claro que são apenas 4 exemplos e nem tem como dar conta disso em um tweet né gentes...
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E aqui, antes de mandar os links dos estudos, um jabazinho:
gostou? Compartilha, salva, espalha por aí :-p
Este material foi baseado no livro
Bessa, E, Franca, C e Arnt, A. (2015) Divulgação científica e redação para professores. Editora Ideias. cutt.ly/DCeredacao
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Estudos citados:
Coutinho-Silva, R, et al. Interação museu de ciências-universidade: contribuições para o ensino não-formal de ciências. cutt.ly/AEQm6ol
Lima, GS e Giordan, M (2017) Propósitos da Divulgação Científica no planejamento de ensino. cutt.ly/XEQQyrR
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Santos, PRC et al (2021) Coleção Didática Zoológica: DC e auxílio para o ensino e aprendizagem de ciências. cutt.ly/NEQQuRv
Carvalho, FB (2020) A Divulgação Científica a partir de HQ para o ensino de ciências no 6º ano. cutt.ly/rEQQpm2
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Faz DÉCADAS que cientistas questionam não só a noção de gênero, como a própria definição de sexo biológico como binário.
Se biologues até hoje veem o mundo pelo viés do binarismo, estudando qualquer outra forma dentro do espaço clínico, estamos absolutamente mal na história.
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Mal especialmente por negar a EXISTÊNCIA de diversidade na formação dos corpos de seres humanos, e tudo o que sai fora desse enquadramento binário, vira capítulo da patologia - e estudo da medicina por consequência.
E qual a relevância desse debate?
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A exclusão da diversidade de corpos, formas, estruturas anatômicas e fisiológicas, historicamente marginaliza pessoas - muitas vezes as colocando como “menos humanas”
(oi, eugenia, ainda por aí??? /ironia, porém depende)
✨Qual caminho devo tomar?
A pergunta é de Alice para o Gato Cheshire, que responde que sem saber qual o destino, qualquer caminho serve
Essa ideia serve para a divulgação científica também?
Hoje eu resolvi falar um pouco sobre a importância do planejamento e estudo na DC!
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Ao contrário do que pode parecer, Gato Cheshire não está falando de chegar em algum lugar, mas sobre caminhar sem destino. Pode ser legal no início, se teu interesse é apreciar o caminho.
Mas numa trajetória profissional, em algum momento precisamos de algo + específico.
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Sempre sou surpreendida por esta pergunta de estudantes (de graduação e pós) da unicamp ou de outros espaços (gente que falo aqui no tt, p.ex.).
Isso sempre vem com falas de depreciação sobre si mesmo!
E resolvi escrever sobre isso
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Uma das grandes questões nas falas é:
em que momento da vida normalizamos o fato de alguém em início de carreira acadêmica sentir-se um fracasso por não ter a mesma compreensão (e experiência) de alguém que tem uma longa trajetória no campo de atuação?
Tem sentido isso?
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Tava escrevendo um texto sobre aprendizado e carreira acadêmica, fui atrás da referência do Iván Izquierdo.
Achei um texto dele e colo aqui a conclusão final.
E eu to chorando pq, sinceramente... Que privilégio ter tido aula com um neurocientista que nas palavras, tinha poesia.
sorry, to sensível pela clássica noção de que a pandemia nos roubou Izquierdo e to lendo artigos dele e me sentindo absolutamente um ser privilegiado de ter conhecido esse professor.
Ele tem vários livros MUITO legais sobre aprendizado, memória, esquecimento, acessíveis
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