Em setembro de 1966, policiais militares derrubaram o portão da Faculdade Nacional de Medicina (atual #UFRJ), na #PraiaVermelha, e invadiram o prédio onde estavam cercados desde a véspera cerca de 600 estudantes. ⬇️
Foto: Kaoru/CPDoc JB
Concentrados no 3º andar, os jovens foram obrigados a atravessar um corredor polonês e espancados indiscriminadamente até a saída da faculdade.
O #MassacreDaPraiaVermelha foi o 1º grande confronto entre forças da repressão e estudantes depois do golpe de 1964.
Foto: CPDoc JB
O confronto havia começado na véspera, quando a polícia reprimiu a passeata pelo Dia Nacional de Luta convocado pela @uneoficial, entidade considerada ilegal pela ditadura. #MassacreDaPraiaVermelha
Foto: Iconographia
@uneoficial Em várias capitais, os universitários protestaram contra a cobrança de anuidades nas universidades públicas, o projeto de reforma universitária inspirado pelo governo dos EUA e a ditadura que se institucionalizava no país. #MassacreDaPraiaVermelha
Foto: Iconographia
@uneoficial Acuados pela polícia, os estudantes se refugiaram no prédio da Praia Vermelha, que foi cercado pelas tropas. Cerca de 600 manifestantes decidiram passar a noite no local. A tropa invadiu a faculdade às 3h45 da madrugada e agrediu centenas de estudantes. #MassacreDaPraiaVermelha
@uneoficial Apesar da repercussão política negativa para a ditadura, o massacre serviu para intimidar novas manifestações estudantis, que só voltariam a ocorrer em grande escala no ano de 1968.
🔴Em um dia como hoje, há 54 anos, era decretado o Ato Institucional nº 5 – uma lista de 12 artigos brutais que liquidava de vez com os resquícios do Estado de Direito e das liberdades democráticas no país. ⤵️
A partir do anúncio,feito em rede nacional de rádio e TV, o general presidente Costa e Silva passava a ter poderes para fechar o Congresso, as Assembleias e as Câmaras Municipais, de intervir nos governos estaduais e prefeituras e de afastar ministros do Supremo Tribunal Federal.
O AI-5 não tinha prazo de vigência. Vigorou por dez anos, período em que cerca de 1.500 pessoas sofreram cassação e afastamento do serviço público. 950 filmes e peças foram proibidos. Mais de 10 mil cidadãos foram presos, milhares torturados e pelo menos 390 foram assassinados.
Em setembro de 1956, entrou em cartaz, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, “Orfeu da Conceição”, história da mitologia grega adaptada para as favelas cariocas, em parceria inédita do poeta Vinícius de Moraes com o músico Tom Jobim: bit.ly/3zMGs6Y
O Municipal recebeu cenários de Oscar Niemeyer, que ocupou o palco com rampas e escadas para representar as subidas e descidas dos morros do Rio, onde se passava a história de amor de Orfeu e Eurídice.
Os atores eram negros: Haroldo Costa interpretou Orfeu, Lea Garcia deu vida a Mira, Dirce Paiva foi Eurídice, e Abdias Nascimento, Aristeu. A peça ficaria em cartaz durante uma semana, com casa lotada todos os dias — mas a temporada foi curta demais para cobrir os gastos.