O que acho mais legal nesse choro da turma sobre São Paulo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Vasco… é que a turma tenta encontrar justificativas para o fracasso. Como se os outros clubes, que não fazem parte do g12, não pudessem crescer e montar um ótimo time.
Por muito tempo, acharam que camisa não deixava o time cair. Depois, acharam que clube com dinheiro não seria rebaixado. Aí, foram para o elenco, um grupo forte e de qualidade não cai…
A turma acha que times como Fortaleza e Ceará, pra ficar apenas nesses 2, estão bem há 4, 5 anos, por que? Pelo sucesso deles ou pelo fracasso dos outros?
Infelizmente, até fora do campo, os caras acham que os “menores” ganham pela incompetência dos adversários e não por mérito!
O exemplo do Athletico é o melhor que há. O clube cresceu em todos os fundamentos. Por mérito próprio. Será se Santos ou Flamengo (clubes que participaram da Sula ou da Copa do Brasil) foram incompententes por terem sido eliminados da competição, ou o Furacão foi melhor?
Quando essa mesma análise chegar ao Nordeste, aos clubes nordestinos, quando perceberem que o G12 já não é mais o mesmo de 1980, 1990, quem sabe o debate seja ampliado e possamos ver que há vida mesmo quando o São Paulo ou Grêmio sofre e Fortaleza ou Ceará cresce.
Ah e esse olhar acompanhado de uma frase incrédula: como é que um time lá do “Nordeste” (qualquer coisa a cima de Minas a indicação é a região e não o estado ou a cidade) permanece na série A ou vai pra Libertadores ou disputa uma Sul-Americana e o “time grande não vai”?
É só mais uma visão elitista, típica da Casa Grande (jamais das Senzalas). Isso é o mesmo para um estudante cearense de escola pública que passa no ITA.
Ou de um empreendedor baiano que tem uma startup de sucesso.
Ou um influencer piauiense com milhões de inscritos no YouTube!
Como diria o filósofo Vanderlei Luxemburgo:
O futebol, dentro e fora de campo, é o retrato da nossa sociedade.
Muito obrigado a todos pelos elogios, curtidas e retuites.
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