1⃣ 11/11/1899 - Os proprietários da canôa Fidalga, filiada ao C. R. Vasco da Gama, realisaram domingo ultimo o baptismo do elegante barco, sendo para esse fim preparada uma encantadora festa, na qual tomou parte grande numero de senhoras e cavalheiros da nossa melhor sociedade.
2⃣Á 1 1/2 hora da tarde o modesto barracão da rua Santo Christo n. 20, vistosamente embandeirado e decorado com gosto, regorgitava de convidados, que se agrupavam junto do barco, então collocado sobre cavalletes na parte interna do edificio.
3⃣Desse grupo fez parte o nosso representante, que por longo tempo examinou a Fidalga, admirando o seu talho e construção, de elegancia aprimorada.
4⃣A Fidalga é uma canôa para quatro remos, toda confeccionada de cedro da Bahia, sendo o fundo liso, de duas oitavas de grossura, e as cavernas de genipapo, possante madeira donorte do Brasil. Mede 10m,05 de comprimento sobre 8m,83 de largura e 0m,26 de pontal.
5⃣É uma das poucas embarcações no genero que temos visto fechada de arruélas. Possue um talha-mar de bronze, de primeira ordem, e parece estar reservada para grandes victorias nas lutas nauticas.
6⃣Foi construida pelo habil artista Antonio José Adriano, sob fiscalisação de um dos seus proprietarios, sendo que no genero é a primeira é a primeira embarcação feita por aquelle artista até hoje.
7⃣A sua tripolação compõe-se dos Srs. Antonio J. Soeiro (patrão), J. A. Brito, F. T. de Oliveira, J.S. Carneiro e A. M. de Castro.
8⃣Ás 3 horas o Revm. padre Jacomo Vincenzi procedeu ao Baptismo da Fidalga, que eve como padrinhos os innocentes Alberto Rodrigues Barroca e Estephania Mallet Soares.
9⃣Em seguida foram atiradas braçadas de flores e confetti sobre o sacerdote e convidados, sendo a embarcação festivamente carregada até a ponte ali existente, onde todos se agruparam para serem fotografados.
🔟Pouco depois trocaram calorosos brindes no profuso buffet, onde as amabiolidades repetiam-se reciprocamente, sendo esta folha saudada pelo Sr. Elpidio Cesar Borges, brinde este correspondido pelo nosso companheiro.
1⃣1⃣Terminados os brindes, valtaram todos para a ponte, de onde a Fidalga foi lançada ao mar, sendo então rodeada dos seguíntes barcos: Noemia, Odette e Tacy, do Club de Natação e Regatas; Venus, Vivaz, Vaidosam Visão, Vespertina, Vindicta e Varina, do C.R. Vasco da Gama.
1⃣2⃣O Club Flamengo foi representado pelo Sr. Laport e o Botafogo pelo Sr. João Mello.
📰Revista da Semana/BN Digital
🎖️Acervo Pessoal #MemoVas #Vasco #VascodaGama
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Nossa função?
"O Vasco da Gama do chá das sextas-feiras, do Grupo dos 13, das excursões à Ilha do Engenho, das batucadas de Santa Luzia, dos Bailes do Lasca-o-Pau, dos trens especiais para São Paulo, Belo Horizonte e Juiz de Fora, do Grupo dos Supimpas, vive apenas na saudade."
A evolução, que deveria trazer em seu bojo a tradição, transporta apenas o esquecimento.
São chamados de saudosistas os que ainda mantém viva a chama da tradição!
GB Álvaro do Nascimento Filho na sua coluna Zé de São Januário - Uma Pedrinha na Chuteira no Jornal dos Sports
Vamos explicar cada foto dos tt anteriores.. (1) Chá das sextas-feiras tradição iniciada na antiga sede da Travessa do Maia mostrada na imagem:
05/03/1902 - Falecia o 1.º presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, Francisco Gonçalves do Couto Junior, fundador e sócio n.º 1 Extra por aprovação da assembleia geral.
Foto: acervo Newton Santiago (bisneto do presidente Couto Junior) #MemoVas
Entusiasta do esporte náutico, inovou com a adoção dos remos curvos que levaram o Vasco à sua primeira vitória logo na sua estreia na primeira regata em que participou.
Esteve à frente do clube em 3 mandatos, sendo o último logo após à 2.ª cisão, o que foi fundamental para o soerguimento do clube em 1901, quando retornou com sua flotilha de barcos.
1920/1922 - Campo da Rua Barão de Itapagipe - Alugado na presidência de Marcilio Telles, fez com que o Vasco desenvolve-se rapidamente seu futebol em razão do seu uso exclusivo. No local se fez vários torneios internos entre os sócios. Hoje é o Hospital da Aeronáutica. #MemoVas
(foto 1) No inicio do ano de 1920, o Vasco da Gama alugou o campo que fora do Atlas F. C., sendo proprietária a Baronesa de Mesquita. Situado no então n.º 119 da rua Barão de Itapagipe, no terreno hoje se ergue o Hospital da Aeronáutica.
(foto 1) O vestiário do campo da Barão de Itapagipe era "confortável", pois possuía um chuveiro de água "quente" pelo processo mais simples, a caixa d'água, mandada construir pelo Vasco, ficava exposta ao sol. Quando não havia sol, o banho era com água fria